quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pesquisa aponta perfil dos Usuários de Anabolizantes em São Paulo

Os substitutos sintéticos do hormônio masculino testosterona, popularmente conhecidos como anabolizantes, promovem o crescimento dos músculos esqueléticos - efeito anabólico - e o desenvolvimento das características sexuais masculinas - efeito androgênico. Daí, também advém o nome esteróides anabolizantes androgênicos (EAA). Terapeuticamente, são utilizados em várias patologias e, com maior freqüência, em pacientes com deficiência de testosterona. Essas drogas vêm sendo utilizadas de forma abusiva, principalmente por adolescentes do sexo masculino que buscam a "construção" do corpo e o ganho de força, o que supostamente melhoraria seu desempenho físico.
No Brasil, há poucos dados sobre a utilização indevida de anabolizantes. O que se sabia era procedente de relatos na imprensa leiga que levavam a crer no uso abusivo dessas substâncias por brasileiros. A partir dessa constatação, desenvolvemos um estudo por amostragem para conhecer o comportamento de 40 jovens não atletas da cidade de São Paulo, usuários de anabolizantes. Uma abordagem qualitativa permitiu investigar fatores ligados ao consumo dos anabolizantes, possibilitando entendê-los sob a ótica do usuário.
A faixa etária prevalente na amostra situou-se abaixo de 30 anos, constituída na sua imensa maioria por homens (Tabela 1). O uso entre homens é de duas a cinco vezes maior do que entre mulheres. Eles têm escolaridade alta e desempenham funções variadas como instrutor em academias de ginástica, seguranças, atendentes, dançarinos, músicos, vendedores etc. Entre os principais motivos que os levaram a iniciar o uso dos anabolizantes, apontaram a baixa auto-estima, dificuldade de relacionamento devido a um corpo inadequado e, algumas vezes, a discriminação que sofreram por esses fatores, como ilustra o seguinte comentário: "meu corpo era péssimo, gordo, usava calça 48. Minha primeira namorada aconteceu só com meus 19 anos. Ninguém queria namorar comigo, era uma tristeza, era o gordinho da turma. Eu era assim, desprezado no último... gordo, mole, aquela coisa de molecada."
Conforme relataram, o uso de anabolizante foi iniciado quando ainda eram jovens, em geral tinham menos de 18 anos. Esse primeiro contato aconteceu por meio da academia de ginástica, do instrutor ou de amigos, dos quais souberam dos "benefícios" dos anabolizantes. Citaram a "procura de um corpo adequado" como o motivo do uso. O instrutor da academia de ginástica foi o facilitador para a compra da substância que, aproveitando-se do desconhecimento do comprador, oferecia a droga a preços superiores que outras "fontes", como descreve um dos usuários: "comprei na própria academia, de um instrutor. Inclusive, paguei bem mais caro; hoje em dia não compraria dele, tenho outros acessos por aí".
Os medicamentos mais citados foram os de uso parenteral e disponíveis no mercado brasileiro (Tabela 2). Com alguma freqüência, também utilizaram preparações veterinárias. Deca-Durabolin e Winstrol foram os mais comuns, sendo que essa preferência deu-se unicamente pela indicação de amigos ou instrutores. A declaração a seguir dá uma idéia de como isso acontece: "foi um fisioculturista que me 'receitou'. Ele já fazia uso há sete anos..., entendia muito e eu confiei."
É difícil inferir alguma lógica na posologia recomendada. Observa-se que para um mesmo medicamento há uma grande variação de possibilidades posológicas "criadas" pelo amigo/instrutor, baseando-se no seu "conhecimento" e "experiência". Outro relato a seguir identifica essa situação: "tomei quatro Dequinhas (Deca-Durabolin) de 25 mg em quatro meses."
As doses são muito mais altas do que as recomendada terapeuticamente. Estudos divulgados pela American Medical Association (AMA) apontam que as mesmas podem ser até 100 vezes maiores do que as indicadas. Porém, o receio do desconhecido faz com que, na primeira vez, esses usuários não associem EAA a outras substâncias.
Da primeira vez que utilizaram as susbtâncias, tinham baixo grau de conhecimento sobre os efeitos adversos (Tabela 3). Quase a metade das pessoas pesquisadas na amostra não tinha a menor idéia do que seria administrado e também não se interessou em saber algo a respeito. A alta escolaridade dos entrevistados poderia pressupor um nível de informação adequado sobre EAA. Mas, ao contrário, nem mesmo tiveram curiosidade em ler a bula do medicamento, parecendo que o desinteresse era proposital, principalmente em relação às informações negativas. A frase a seguir descreve bem esse comportamento: "pouca coisa assim, nem sabia e nem queria saber, eu queria crescer". A confiança nos amigos e o fato de os mesmos terem aparência saudável, mesmo fazendo uso de anabolizantes, foram motivos suficientes para a despreocupação. Os que detinham alguma informação sobre os efeitos dos EAA, minimizavam sua gravidade. O usuário a seguir demonstra uma total abstração em relação aos efeitos: "eu sabia pouca coisa, pouquíssima coisa; por exemplo que podia dar câncer no fígado, aumentar a pressão arterial, insônia. Basicamente era só isso que eu sabia."
A negação dos efeitos negativos, característica de usuários de drogas, também foi identificada nos discursos dos entrevistados. As informações parciais sobre os efeitos dos EAA não foram suficientes para inibir seu uso. As informações que enfocam somente o lado negativo, alteraram muito pouco o comportamento dos usuários. Todos tinham expectativas muito positivas sobre o uso de anabolizantes. Ganho de massa muscular, definição de formas e força foram os objetivos mais citados, porém, a maioria não demonstrou entusiasmo com os resultados obtidos. Alguns efeitos colaterais da droga ficaram evidentes mesmo no primeiro ciclo, mascarando ainda mais os resultados esperados.
Mesmo insatisfeitos com os resultados obtidos no primeiro ciclo, continuaram utilizando-os, pois acreditavam que os efeitos "positivos" surgiriam, já que aqueles que recomendaram seu uso apresentavam mudanças em seus corpos. Outros tentaram parar, mas voltaram a consumir tão logo começaram a apresentar perda da massa muscular adquirida. Sobre esse sentimento de perda um dos pesquisados comentou: "eu estava perdendo demais. O que eu consegui, em questão de dois meses, eu estava praticamente sumindo."
Confirmando as observações de Komoroski and Rickert, também foi possível perceber uma insatisfação contínua com o corpo e a busca de um ideal inatingível. "Quando eu tinha 70 quilos, queria chegar nos 80, agora eu quero chegar nos 90. Os caras olham o braço, eu tenho 40 centímetros, mas agora quero 45", declarou um dos usuários.

A segunda vez
Na segunda vez, fizeram uso de anabolizantes por períodos que duraram de seis a 12 semanas, iniciando-o por doses baixas que foram aumentadas ao longo do ciclo (pirâmide). Também associaram vários anabolizantes, em diferentes concentrações e vias de administração (stack), chegando a utilizar até oito EAAs concomitantemente. Entre os ciclos, intercalavam tempo semelhante sem utilizar a droga. Acreditavam que isto daria tempo para o corpo ajustar-se às altas doses e que um período de abstinência garantiria a recuperação do sistema hormonal. Também achavam que a interação de vários EAA produziria um maior efeito no aumento muscular do que aquele obtido individualmente. Tanto o sistema de ciclos, como a pirâmide ou o stack, são teorias empíricas, criadas pelos próprios usuários e que são repassadas aos iniciantes. Também revelaram o aparecimento de efeitos colaterais, alguns graves, sendo os mais citados listados na Tabela 4.
Há na literatura descrição de casos consistentes de associação de comportamento violento com o uso de EAA - efeito mais citado pela amostra. O aumento da agressividade é acompanhado por uma diminuição da tolerância à frustração ou a situações provocativas. Esses efeitos são agravados por um aumento da confiança e do senso de invulnerabilidade que passam a sentir (Levandowski).
A ginecomastia é a conseqüência dos efeitos feminilizantes produzidos pelos estrógenos estradiol e estrona, produtos do metabolismo dos hormônios androgênicos (Wilson et al, 1980). Os níveis de estradiol em usuários que associam vários EAA chegam a ser sete vezes superiores aos níveis normais da fase estrogênica de uma mulher (Alen et al., 1985). O desenvolvimento de mamas em homens nem sempre é totalmente reversível, necessitando, algumas vezes, de remoção cirúrgica (Landry and Primos, 1990). Alguns usuários de EAA utilizam Tamoxifeno - bloqueador de estrógeno - na tentativa de impedir o aparecimento desse efeito.
Não está claro se esse agente é eficaz para esse propósito (Friedl and Yesalis, 1989). O aparecimento desse efeito perturba os usuários, mas o maior transtorno parece ser a possibilidade de parar de usar EAA ou de fazer exercícios físicos, no caso de uma cirurgia. A fala de um usuário traduz esse receio: "A pior coisa que eu tive foi ginecomastia. Todo mundo diz para tomar Novaldex (tamoxifeno). Mas na bula diz que é para ovular. Tem gente que diz que baixa o hormônio feminino, eu não acredito em nada disso, então eu prefiro não tomar. Também não procuro médico. Tenho medo que ele me diga que eu tenho que operar e aí eu vou ter que ficar parado. Eu sou viciado em musculação, não consigo ficar parado, treino todo dia."
Evidências clínicas e experimentais sugerem que os EAA alteram a função imunológica (Grossman, 1985) dos usuários que têm níveis significantemente mais baixos de imunoglobulina, especialmente IgA (Landry and Primos, 1990). Durante as entrevistas, foi possível observar que os voluntários apresentavam algum tipo de queda de resistência: "você fica totalmente desprotegido... peguei um resfriado que não consigo me livrar".
Entre os efeitos dermatológicos, a acne é resultante da estimulação das glândulas sebáceas, mais responsivas na presença de hormônios androgênicos (Johnson, 1990; Landry and Primos, 1990). Perda de cabelo é relatada tanto por homens como mulheres. É consequência da morte dos folículos pela presença de hormônios androgênicos. É uma situação irreversível, muito mais problemática para as mulheres. (Johnson, 1990). "Era eu tomar Durateston e amanhecia todo empipocado, parecia que eu estava com sarampo, principalmente nas costas e peito", relatou um dos entrevistados.
Há também um significante decréscimo do colesterol HDL e um aumento do LDL nos usuários de EAA. Isso os coloca em situação de risco aumentado para doenças cardíacas (Cohen et al., 1988). Os entrevistados (Tabela 4) relataram alterações cardíacas. "Sentia que meu coração disparava quando eu tomava anabolizante, eu percebia uma alteração nos batimentos e uma dor de cabeça insuportável", declarou um deles.
Também perceberam o aparecimento de problemas hepáticos, conforme o exemplo: "fiquei mal, tive problema no fígado. Perdi uns 10 kg e fui internado. Tudo que eu ganhei, perdi por causa desse problema."
São efeitos graves típicos das formas orais dos EAA, os que na posição 17-a são alquilados (ex: Dianabol, Winstrol). Necessitam um intenso metabolismo hepático para serem excretados, causando danos hepatocelulares, os quais resultam num aumento dos níveis das transaminases séricas. Entre outras patologias hepáticas, os EAA estão associados ao desenvolvimento de cistos hepáticos com sangue, os quais podem romper-se causando hemorragia hepática fatal. Além disso, tanto hepatoadenomas como hepatocarcinomas podem surgir em função do uso de EAA. (Johnson, 1990).

Efeitos masculinizantes
Uma grave masculinização pode ocorrer em mulheres como o crescimento de pelos faciais, alopécia, engrossamento da voz, diminuição dos seios, aumento do clitóris, atrofia uterina e irregularidades no ciclo menstrual (Johnson, 1990). Uma usuária fez essa queixa: "minha menstruação ficou atrapalhada. Algumas vezes não vinha."
Os anabolizantes inibem a liberação de hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) da hipófise, podendo resultar em atrofia testicular e diminuição da produção da testosterona natural (Lamb, 1994). Em consequência, também pode ocorrer uma diminuição da produção de esperma. A libido também parece ser alterada (Wilson, 1980). Este parece ser o problema que mais os aflige e em consequência buscam ajuda médica. "Eu tive um atrofiamento do testículo, parei de produzir esperma. Eu ficava com a minha namorada, tudo ía bem, eu sentia desejo, mas na hora de ejacular... era o mínimo, mínimo mesmo. Não saía quase nada. Eu ficava traumatizado. Fui procurar um médico", contou um voluntário.
Os usuários de anabolizantes desenvolvem uma dismorfia corporal. Passam a ter uma imagem distorcida de seu corpo. Acham-se pequenos e franzinos quando, na verdade, são musculosos. Uma personalidade narcisista (Porccerelli and Sandler, 1995), associada a mensagens poderosas da mídia e da sociedade enfatizando uma imagem herculiana, podem ser fatores desencadeantes dessa discrepância entre o que vêm no espelho e o que buscam desesperadamente (Pope et al., 2000b). Ficam de tal forma musculosos, que há uma rejeição dessa silhueta por parte das mulheres. "A mulherada sabe quando o cara toma bomba... têm uns que são fortes e a mulherda faz ironia com eles. Chamam os caras de ridículos, porque pode estar o maior frio e o cara está de camisa regata, dizem que é bombado...", declarou um dos entrevistados.
Essa opinião não os incomoda, continuam querendo um corpo maior e essa decisão é reforçada pela opinião de amigos. Algumas declarações deixaram claro que a opinião dos homens é o que mais os preocupa. Não se percebe nenhuma tendência homossexual por essa preferência, mas um sentimento de competitividade: "as mulheres até olham, mas quem fala mais são os homens. Eles dizem que o meu corpo está ficando legal, mais definido. É sempre bom ouvir...".
A característica de consumo com fins estéticos mascara a possibilidade de ser encarado como abuso. O fato de se constituírem como drogas lícitas gera também um desinteresse das autoridades em coibir seu uso. Informações mais precisas sobre o consumo desses medicamentos deveriam ser disponibilizadas aos jovens, assim como alternativas mais saudáveis de alcançar um corpo adequado. O estereótipo de homem musculoso deveria ter uma abordagem crítica pela mídia, academias e sociedade em geral, de forma a alertar sobre as conseqüências nocivas e a preservar a integridade física e psíquica de jovens que acreditam ser este o referencial de aceitação na sociedade.

TABELA 1 - Perfil sociodemográfico de 40 usuários/ex-usuários de anabolizantes

CARACTERÍSTICA / número
Sexo:
Masculino = 36
Feminino = 04
Idade/anos:
19 - 23 = 17
24 - 28 = 14
29 - 37 = 09
Escolaridade:
1º grau* = 02
2º grau* = 08
3º grau* = 30
Trabalho:
Academia de ginástica = 12
Não trabalha = 07
Outros** = 18
Bico *** = 3


TABELA 2 - Medicamentos mais utilizados

MEDICAMENTO ANABOLIZANTE / PRINCÍPIO ATIVO / FORMA FARMACÊUTICA

Winstrol® / Estanozolol / Injetável
Deca-Durabolin® / Decanoato de Nandrolona / Injetável
Durateston® / Sais de Testosterona** / Injetável
Primobolan® / Acetato de Metenolona / Injetável
Androxon® / Undecanoato de Testosterona / Oral
Hemogenin® / Oximetolona / Oral
Proviron® / Mesterolona / Injetável
Testex® / Cipionato de Testosterona / Injetável
Equipoise®* / Undeciclinato de Boldenona / Injetável
Deposteron® / Cipionato de Testosterona / Injetável
Anavar® / Oxandrolona / Oral

TABELA 3 - Grau de conhecimento sobre os efeitos adversos

Nº de usuários
Nada
Só efeitos positivos 19
Só efeitos negativos 13
Conhecimento adequado 6
Conhecimento adequado 2

TABELA 4 - Efeitos adversos mais citados

NÚMERO DE CITAÇÕES
Nervosismo/Irritação/Agressividade = 24
Problemas hepáticos = 8
Ginecomastia = 5
Problemas cardiovasculares = 5
Efeitos dermatológicos = 5
Problemas sexuais = 3
Diminuição da imunidade = 3
Efeitos masculinizantes em mulheres = 2
Outros (tremor, fome, aumento da temperatura etc) = 7

Fonte: www.cremesp.org.br

Medicamentos exigem cuidados no armazenamento

Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente. , não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro. "Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico". Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar". Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão". A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".

Este pó é para o resfriado. As gotas são para a dor de barriga provocada pelo pó e . ...

e a pomada é para a coceira provocada pelas gotas... Um jovem ficou com dor de garganta. Foi ao médico, que receitou penicilina para a inflamação. A dor de garganta desapareceu. Três dias depois, no entanto, ficou com coceira e vergões vermelhos em todo o corpo. Um médico diagnosticou corretamente uma alergia à penicilina e receitou anti-histamínicos. A alergia desapareceu. Os anti-histamínicos fizeram o jovem ficar sonolento e ele cortou a mão no trabalho. A enfermeira da empresa colocou pomada antibacteriana no ferimento. A pomada tinha penicilina e a alergia voltou. Achando que havia a possibilidade de uma grave reação anafilática, já que a alergia acontecia pela segunda vez, o médico receitou cortisona. A alergia desapareceu de novo. Infelizmente, o paciente ficou com dores abdominais e reparou que suas fezes continham sangue. O diagnóstico foi hemorragia por úlcera péptica, causada pela cortisona. Não foi possível controlar a hemorragia por métodos normais e o próximo passo foi uma gastrectomia parcial (retirada cirúrgica de parte do estômago). A operação foi um sucesso. As dores desapareceram e a hemorragia acabou. O paciente perdeu tanto sangue com as hemorragias e a cirurgia, que foi indicada uma transfusão. Tomou um litro de sangue e logo contraiu hepatite, em decorrência da transfusão. Jovem e cheio de energia, recuperou-se da hepatite. No entanto, no local da transfusão, apareceu um inchaço vermelho e doloroso, indicando uma provável infecção. Como já havia o problema anterior com a penicilina, o medicamento usado foi a tetraciclina. A infecção melhorou imediatamente. A flora intestinal foi afetada pela tetraciclina e apareceram espasmos abdominais dolorosos e uma diarréia muito forte. O paciente recebeu um antiespasmódico e, tanto a diarréia quanto os espasmos, desapareceram. Infelizmente, esse medicamento era da fórmula da beladona, um sedativo que contém atropina, que alivia espasmos e dilata a pupila. Esse efeito prejudicou a visão do rapaz, que bateu com o carro numa árvore e morreu instantaneamente. Esta é uma história verdadeira Fonte: Artigo do Dr. Leonard Tishkin, em The Myth of Modern Medicine ( O Mito da Medicina Moderna ).

Possíveis Interações Medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília-SP.

Resumo A terapêutica atual pode envolver muitos medicamentos e é comum a prescrição de dois ou mais fármacos para um mesmo indivíduo. Durante ou após o tratamento estes medicamentos acabam se acumulando nas residências, aliado a esse fator está a facilidade na aquisição de novos medicamentos de venda livre, que acabam se tornando verdadeiros arsenais, podendo incorrer em interações medicamentosas se utilizados concomitantemente ou se associados ao álcool. Assim, nosso objetivo é demonstrar as possíveis interações medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília. Para tal, foram aplicados questionários semi estruturados com informações relacionadas ao objetivo do estudo em 150 residências, no período de março a julho de 2006 . Como resultado, 98% das residências possuíam algum tipo de medicamento, que se utilizados simultaneamente poderiam resultar em 98 possíveis interações, mais de 50% destas IM ocorreram nos domicílios com mais de 6 fármacos. Das interações envolvendo medicamento x medicamento 65,71% foram frutos de prescrição médica, já as possíveis interações envolvendo álcool, 54,3% proveniente da automedicação. . Concluímos que a falta de informação da população pode provocar varias interações medicamentosas e considerando que muitos medicamentos são considerados um bem para muitos pacientes e que muitas vezes estes não se desfazem dos mesmos, a grande quantidade destes medicamentos nas residências, favorecem potencialmente as interações medicamentosas. CONCLUSÃO Os hábitos de vida da população, aliado à falta de informação sobre a farmacoterapia e sobre o medicamento em si, bem como o acúmulo destes nas residências, são apontados por este trabalho como variáveis significativas na ocorrência de possíveis IM, podendo resultar na alteração da ação terapêutica da terapia proposta, tornando-se um risco permanente para a saúde dos usuários. Orientar o usuário e desenvolver ações educativas sobre medicamentos, é um desafio para os novos profissionais de saúde. Fonte: Elias Fernando Daniel, submetida a publicação,Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009 Confira o artigo na integra, disponivel em: http://www.abf.org.br/pdf/2009/RBF_R1_2009/pag_54a58_193_ocorrencia_interacoes.pdf

Histórias que inspiram Homens e mulheres que marcaram a sua geração e até hoje são inspiração

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou. Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi. Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi. No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz. Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar. Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s. Alguns de seus ensinamentos: "Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. ’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter." "Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor”. “Todos os homens são iguais” "O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons." "Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”. "Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor.”Foram as últimas palavras de Martin Luther King."Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma". -D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr

A união faz a força

Fico agradecido pela sua presença no meu blog. Espero que gostem dos informativos e textos. Semanalmente estarei apresentando temas diferentes a respeito da prática profissional farmacêutica. Se quiserem algum material ou outras informações, basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail.

Em breve também abrirei espaço para discussão de casos sobre o mercado Farmacêutico e também questões de interesse publico

Grato pela atenção, e por favor, ajude-nos a divulgar este blog.

Elias Fernando Daniel

Farmacêutico CRF-SP

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Farmacêutico Industrial, Atua na logistica de Medicamentos e como farmacêutico Voluntário no Abrigo a Idosos Reverendo Guilherme Rodrigues

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