sexta-feira, 23 de julho de 2010

Unesp desenvolve novo curativo à base de sangue

Ainda indisponível no mercado, produto acelera processo de cicatrização de feridas de difícil tratamento

Em seu trabalho no Hemocentro do Hospital das Clínicas de Botucatu, a professora Elenice Deffune , da Universidade Estadual Paulista (Unesp), se incomodava com o grande volume descartado de plasma e plaquetas, dois dos componentes do sangue, para os quais há pequena demanda e prazo de validade baixo. Em 2001, ela começou a pesquisar sobre o tema para poder aproveitar esse material. E o projeto começa a se concretizar em 2010.
A partir das pesquisas nasceu uma linha de curativos bioativos, que interagem com a pele e criam um procedimento de cicatrização natural. São três os produtos desenvolvidos: a cola de fibrina, batizado de Biofibrin, o gel de plaquetas e o Gel Mix, que se destina a pacientes com feridas de difícil tratamento. O elevado poder de cicatrização é uma das vantagens dos novos curativos, que, além de recuperarem totalmente a pele machucada, também são de fácil aplicação.
Existem feridas crônicas, que demoram décadas para cicatrizar. Com o tratamento frequente e a ineficácia dos curativos disponíveis, muitos doentes acabam recorrendo a produtos caseiros. “Temos pacientes com doenças crônicas há 47 anos, que já haviam tentado de tudo. Quando passaram a usar nosso produto, conseguiram a cicatrização em 13 meses”, diz Mariele Gobo, enfermeira do Hemocentro de Botucatu.
Todo sangue coletado é separado em três partes: hemácias, ou glóbulos vermelhos, plasma (a parte líquida do sangue) e plaquetas (fragmentos de células que participam do processo de coagulação). As hemácias são as primeiras a serem utilizadas, o que não acontece com as outras, que permanecem congeladas. Se não houver aproveitamento após cinco dias, as plaquetas são descartadas; em um ano, o mesmo ocorre com o plasma. “A parte branca (plasma e plaquetas) não é muito coletada. Pelo menos 40% do volume vai para o lixo”, diz Elenice.

Todo tipo de sangue

A produção dos cicatrizantes pode ser feita com qualquer tipo sanguíneo, já que o tipo está relacionado à parte vermelha do sangue (hemácias ou glóbulos vermelhos), que não é utilizada na técnica. Para pacientes que apresentaram histórico de rejeição a alguns tipos de sangue, os pesquisadores utilizam o tipo AB (que é receptor universal) ou O (doador universal).
Antes da fabricação dos curativos, o sangue passa por uma série de exames. Por meio deles é possível atestar a ausência de doenças como mal de Chagas, sífilis e hepatite. “Não aproveitamos sangue contaminado nem para o uso do próprio paciente infectado, já que pode haver contaminação dos instrumentos”, afirma a pesquisadora.

Doação de sangue

Chamado de Biofibrin, a “cola de fibrinas” possui formato e consistência de pomada. Em sua composição há grande quantidade de óleo de amêndoas doce, e em seu princípio ativo estão presentes proteínas do plasma humano. Ele é usado antes do processo de cicatrização propriamente dito, já que tem uma característica de “desbridamento”, que remove naturalmente os tecidos mortos da ferida, fazendo com que se preguem à gaze. O Biofibrin deve ser trocado diariamente e destina-se aos pacientes que precisam constantemente de curativos.
Apesar de sua eficácia, as pesquisadoras observaram que 25% dos casos não se resolviam com sua utilização. Isso fez com que fosse desenvolvido o segundo produto nascido das pesquisas. Chamado de gel de plaquetas, ele é usado quando as feridas não cicatrizavam com facilidade. Durante a produção, as plaquetas são “destruídas” e geram um “caldo” formado por mais de uma dezena de hormônios. Essas substâncias fazem com que “cresçam” vasos sanguíneos e pele na ferida, cicatrizando-a. O curativo tem efeito durante quatro dias e é totalmente absorvido.

Quarto produto a caminho

Diferentemente dos outros dois, o Gel Mix é um curativo que possui em sua composição plasma e plaquetas. A principal diferença é sua indicação: ele se destina aos pacientes com pequenas infecções.
As pesquisadoras também estudam outro curativo, que permanece em fase de desenvolvimento. Nele serão encontradas nanopartículas, liberarão os hormônios e outros princípios ativos de maneira gradual na ferida. Com isso, a troca do curativo não precisará ser feita com tanta frequência, como ocorre atualmente.
Os produtos já foram testados em aproximadamente dois mil pacientes das regiões de Botucatu, São Paulo, Brotas e Uberaba (MG). Desde 2008 funciona no Hemocentro de Botucatu um ambulatório destinado apenas a oferecer o tratamento aos moradores da região. “Até agora não encontramos nenhuma contraindicação nos curativos desenvolvidos”, diz Mariele. “Entretanto, quando o paciente tem uma lesão causada por tumor, não usamos o gel de plaquetas porque ele libera fatores de crescimento que podem aumentar o problema. Nesses casos, preferimos usar a cola”.

Segundo as pesquisadoras, os curativos foram eficazes em 85% dos casos. “Há ainda algumas doenças como o mal de Hansen (conhecida no passado como lepra), em que não conseguimos obter 100% de sucesso, mas a ferida melhorou muito”, afirma a professora.


Etapa da produção dos curativos

Outros biocurativos

Os resultados também foram satisfatórios na cicatriz pós-regeneração. Diferentemente dos produtos já disponíveis, os curativos bioativos não deixam coloração diferente no local da ferida e nem alteram a consistência da pele. Ao contrário: a interação do curativo fornece um grau de naturalidade à cicatriz. “Os curativos comuns se limitam a higienizar a ferida ou promover o conforto do doente. O nosso interage diretamente”, diz Elenice.
Ainda em processo de obtenção da patente, os produtos não estão disponíveis no mercado. As pesquisadoras querem oferecê-los ao sistema público de saúde por um preço baixo. Já foi feito contato com a Fundação para o Remédio Popular do Estado de São Paulo (FURP). O processo está em fase de análise.
Existem outros biocurativos no mercado, como o americano Regranex. Ele é feito à base de proteínas recombinantes (produzidas artificialmente), em que bactérias são “cultivadas” com os hormônios humanos de crescimento. Entretanto, diferentemente do Biofibrin, o Regranex é líquido e tem preço elevado.


Fonte: Portal IG
Notícia publicada em: 23/07/2010
Autor: Bruna Bessi

Medicamentos exigem cuidados no armazenamento

Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente. , não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro. "Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico". Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar". Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão". A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".

Este pó é para o resfriado. As gotas são para a dor de barriga provocada pelo pó e . ...

e a pomada é para a coceira provocada pelas gotas... Um jovem ficou com dor de garganta. Foi ao médico, que receitou penicilina para a inflamação. A dor de garganta desapareceu. Três dias depois, no entanto, ficou com coceira e vergões vermelhos em todo o corpo. Um médico diagnosticou corretamente uma alergia à penicilina e receitou anti-histamínicos. A alergia desapareceu. Os anti-histamínicos fizeram o jovem ficar sonolento e ele cortou a mão no trabalho. A enfermeira da empresa colocou pomada antibacteriana no ferimento. A pomada tinha penicilina e a alergia voltou. Achando que havia a possibilidade de uma grave reação anafilática, já que a alergia acontecia pela segunda vez, o médico receitou cortisona. A alergia desapareceu de novo. Infelizmente, o paciente ficou com dores abdominais e reparou que suas fezes continham sangue. O diagnóstico foi hemorragia por úlcera péptica, causada pela cortisona. Não foi possível controlar a hemorragia por métodos normais e o próximo passo foi uma gastrectomia parcial (retirada cirúrgica de parte do estômago). A operação foi um sucesso. As dores desapareceram e a hemorragia acabou. O paciente perdeu tanto sangue com as hemorragias e a cirurgia, que foi indicada uma transfusão. Tomou um litro de sangue e logo contraiu hepatite, em decorrência da transfusão. Jovem e cheio de energia, recuperou-se da hepatite. No entanto, no local da transfusão, apareceu um inchaço vermelho e doloroso, indicando uma provável infecção. Como já havia o problema anterior com a penicilina, o medicamento usado foi a tetraciclina. A infecção melhorou imediatamente. A flora intestinal foi afetada pela tetraciclina e apareceram espasmos abdominais dolorosos e uma diarréia muito forte. O paciente recebeu um antiespasmódico e, tanto a diarréia quanto os espasmos, desapareceram. Infelizmente, esse medicamento era da fórmula da beladona, um sedativo que contém atropina, que alivia espasmos e dilata a pupila. Esse efeito prejudicou a visão do rapaz, que bateu com o carro numa árvore e morreu instantaneamente. Esta é uma história verdadeira Fonte: Artigo do Dr. Leonard Tishkin, em The Myth of Modern Medicine ( O Mito da Medicina Moderna ).

Possíveis Interações Medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília-SP.

Resumo A terapêutica atual pode envolver muitos medicamentos e é comum a prescrição de dois ou mais fármacos para um mesmo indivíduo. Durante ou após o tratamento estes medicamentos acabam se acumulando nas residências, aliado a esse fator está a facilidade na aquisição de novos medicamentos de venda livre, que acabam se tornando verdadeiros arsenais, podendo incorrer em interações medicamentosas se utilizados concomitantemente ou se associados ao álcool. Assim, nosso objetivo é demonstrar as possíveis interações medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília. Para tal, foram aplicados questionários semi estruturados com informações relacionadas ao objetivo do estudo em 150 residências, no período de março a julho de 2006 . Como resultado, 98% das residências possuíam algum tipo de medicamento, que se utilizados simultaneamente poderiam resultar em 98 possíveis interações, mais de 50% destas IM ocorreram nos domicílios com mais de 6 fármacos. Das interações envolvendo medicamento x medicamento 65,71% foram frutos de prescrição médica, já as possíveis interações envolvendo álcool, 54,3% proveniente da automedicação. . Concluímos que a falta de informação da população pode provocar varias interações medicamentosas e considerando que muitos medicamentos são considerados um bem para muitos pacientes e que muitas vezes estes não se desfazem dos mesmos, a grande quantidade destes medicamentos nas residências, favorecem potencialmente as interações medicamentosas. CONCLUSÃO Os hábitos de vida da população, aliado à falta de informação sobre a farmacoterapia e sobre o medicamento em si, bem como o acúmulo destes nas residências, são apontados por este trabalho como variáveis significativas na ocorrência de possíveis IM, podendo resultar na alteração da ação terapêutica da terapia proposta, tornando-se um risco permanente para a saúde dos usuários. Orientar o usuário e desenvolver ações educativas sobre medicamentos, é um desafio para os novos profissionais de saúde. Fonte: Elias Fernando Daniel, submetida a publicação,Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009 Confira o artigo na integra, disponivel em: http://www.abf.org.br/pdf/2009/RBF_R1_2009/pag_54a58_193_ocorrencia_interacoes.pdf

Histórias que inspiram Homens e mulheres que marcaram a sua geração e até hoje são inspiração

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou. Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi. Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi. No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz. Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar. Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s. Alguns de seus ensinamentos: "Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. ’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter." "Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor”. “Todos os homens são iguais” "O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons." "Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”. "Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor.”Foram as últimas palavras de Martin Luther King."Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma". -D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr

A união faz a força

Fico agradecido pela sua presença no meu blog. Espero que gostem dos informativos e textos. Semanalmente estarei apresentando temas diferentes a respeito da prática profissional farmacêutica. Se quiserem algum material ou outras informações, basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail.

Em breve também abrirei espaço para discussão de casos sobre o mercado Farmacêutico e também questões de interesse publico

Grato pela atenção, e por favor, ajude-nos a divulgar este blog.

Elias Fernando Daniel

Farmacêutico CRF-SP

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Farmacêutico Industrial, Atua na logistica de Medicamentos e como farmacêutico Voluntário no Abrigo a Idosos Reverendo Guilherme Rodrigues

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