segunda-feira, 24 de maio de 2010

Copiar não é tão fácil quanto parece

Laboratórios nacionais levam anos e investem milhões para criar versão de drogas campeãs de venda que estão prestes a perder a patente

Nos próximos sete anos, as patentes de 25 importantes medicamentos vão expirar no Brasil. Diante da perspectiva de entrar em um mercado de R$ 2,8 bilhões, os fabricantes nacionais de genéricos projetam taxas fantásticas de crescimento. A EMS, maior fabricante nacional, espera crescer 30% em 2010 e 2011 (contra 21% no ano passado). O Aché diz que, sozinhas, suas novas drogas serão responsáveis por uma expansão de 50% até 2013. Mas, para chegar a expectativas como essas, as empresas tiveram de enfrentar um processo longo e complexo. Copiar, no caso das farmacêuticas, não é uma tarefa exatamente fácil.
"É a primeira vez que a indústria nacional tem os medicamentos prontos para lançar no dia seguinte em que a patente vence. Significa que o trabalho começou anos antes", diz Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos. "Entramos para o pelotão de elite da indústria mundial."
A EMS já tem pronta a sua versão do Viagra, medicamento para disfunção erétil da americana Pfizer cuja patente deve vencer em 20 de junho. Ao todo, a brasileira passou três anos desenvolvendo o produto e investiu R$ 20 milhões (veja quadro abaixo). A parte mais demorada do processo, que começou na análise da viabilidade comercial da cópia e passou por dezenas de testes, foi encontrar um composto que se comportasse de modo equivalente ao medicamento original.
A fórmula de um genérico não é exatamente a mesma do medicamento original. O princípio ativo da droga (no caso, o citrato de sildenafila) precisa ser igual ao do Viagra, assim como outras características, como sua concentração. O que muda são os componentes da droga que não têm efeito sobre o organismo, mas que servem para ligar ou dissolver substâncias. As quantidades dessas componentes não estão descritas na bula. Para chegar a um genérico, portanto, é preciso passar por tentativas e erros. No caso do seu Viagra, a EMS fez cerca de 20 ensaios.
O cenário desse périplo foi a sede da empresa, em Hortolândia (SP). Desde 2009, o laboratório da EMS passou a funcionar 24 horas sem parar para dar conta do trabalho extra. O Aché, que deve investir R$ 142 milhões até 2013 para copiar 15 drogas, também decifra as fórmulas de seus genéricos em casa. Prevendo o excesso de demanda, porém, o laboratório estabeleceu uma parceria com uma empresa indiana para terceirizar o serviço.
Enquanto os técnicos se ocupam com os testes em série, nos escritórios os advogados das farmacêuticas se embrenham em uma verdadeira saga para assegurar que o genérico resultante desse vai e vem não infringe nenhuma patente. Ocorre que a proteção intelectual da molécula em questão tem data certa para se encerrar - são 20 anos após o depósito da patente. O problema é que as fabricantes costumam proteger, também, o processo para se chegar ao medicamento e até mesmo o seu formato. "Os laboratórios multinacionais criam manobras para atrasar a entrada dos genéricos no mercado", diz José Ricardo Mendes da Silva, presidente do Aché.
Tome-se o caso do medicamento Lipitor, da Pfizer, para redução do colesterol. O Aché já tem pronta a sua cópia, mas ainda não sabe exatamente quando vai lançá-la (a expectativa é 2011). A patente da molécula do Lipitor vence em dezembro, mas há outras proteções que ainda pesam sobre o produto. Ao todo, há 120 patentes relacionadas ao Lipitor. Se fosse esperar pelo vencimento de todas elas, o Aché levaria mais dez anos para fabricar o genérico (a farmacêutica não informou como conseguiu contornar as restrições à cópia da droga - se por meio de caminhos alternativos para a criação da fórmula ou pela contestação jurídica das patentes).
Além do imbróglio jurídico e do científico, há, ainda, a dificuldade de vender um produto que é exatamente igual ao dos concorrentes - e são vários os concorrentes. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já emitiu o registro para sete medicamentos contendo o princípio ativo do Viagra e outros oito casos estão em análise. Com a ambição de conquistar metade do mercado de disfunção erétil até o ano que vem, a EMS trabalha em duas frentes. A primeira é um genérico tradicional e a segunda, um similar, ou genérico com marca. Sua estratégia será promovê-los entre os médicos e escolher uma faixa de preço competitiva, mas que ainda garanta margens à altura do investimento. "Estamos em fase de definição do preço e das demais estratégias", diz o vice-presidente de mercado da EMS, Waldir Eschberger Júnior. "Para começar, queremos ser os primeiros a chegar nas farmácias." Se criar um genérico não é fácil, se diferenciar nas prateleiras da farmácia, então...


O PASSO A PASSO DA EMS PARA CRIAR SUA VERSÃO DO VIAGRA

1. Análise de mercado
O laboratório comparou o volume de vendas da droga a ser liberada da patente, no caso o Viagra, e o investimento a ser realizado. A intenção era calcular se valia a pena apostar as fichas no medicamento

2. Estudo da patente
A EMS colocou seus advogados para analisar o período de proteção ao medicamento. Eles se certificaram, caso a caso, se as várias patentes que pesavam sobre o medicamento impediam ou não a sua cópia

3. Desenvolvimento do produto
Como apenas parte da fórmula era conhecida, os técnicos se envolveram em uma série de quase 20 tentativas até chegar a um remédio com comportamento equivalente ao do Viagra

4. Controle da qualidade
No chamado "desenvolvimento analítico", os técnicos criaram métodos para avaliar se o produto está dentro das especificações. Foi analisada a quantidade de princípio ativo, por exemplo

5.Testes
A nova fórmula passou pelo escrutínio dos técnicos para descobrir se seu comportamento era mesmo semelhante ao do Viagra. Os testes são realizados tanto no laboratório como em seres humanos

6. Registro
A empresa preparou um dossiê sobre o processo de criação do genérico e encaminhou para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a fim de que a comercialização do medicamento fosse aprovada


Fonte: http://www.estadao.com.br/saude/

Medicamentos exigem cuidados no armazenamento

Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente. , não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro. "Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico". Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar". Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão". A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".

Este pó é para o resfriado. As gotas são para a dor de barriga provocada pelo pó e . ...

e a pomada é para a coceira provocada pelas gotas... Um jovem ficou com dor de garganta. Foi ao médico, que receitou penicilina para a inflamação. A dor de garganta desapareceu. Três dias depois, no entanto, ficou com coceira e vergões vermelhos em todo o corpo. Um médico diagnosticou corretamente uma alergia à penicilina e receitou anti-histamínicos. A alergia desapareceu. Os anti-histamínicos fizeram o jovem ficar sonolento e ele cortou a mão no trabalho. A enfermeira da empresa colocou pomada antibacteriana no ferimento. A pomada tinha penicilina e a alergia voltou. Achando que havia a possibilidade de uma grave reação anafilática, já que a alergia acontecia pela segunda vez, o médico receitou cortisona. A alergia desapareceu de novo. Infelizmente, o paciente ficou com dores abdominais e reparou que suas fezes continham sangue. O diagnóstico foi hemorragia por úlcera péptica, causada pela cortisona. Não foi possível controlar a hemorragia por métodos normais e o próximo passo foi uma gastrectomia parcial (retirada cirúrgica de parte do estômago). A operação foi um sucesso. As dores desapareceram e a hemorragia acabou. O paciente perdeu tanto sangue com as hemorragias e a cirurgia, que foi indicada uma transfusão. Tomou um litro de sangue e logo contraiu hepatite, em decorrência da transfusão. Jovem e cheio de energia, recuperou-se da hepatite. No entanto, no local da transfusão, apareceu um inchaço vermelho e doloroso, indicando uma provável infecção. Como já havia o problema anterior com a penicilina, o medicamento usado foi a tetraciclina. A infecção melhorou imediatamente. A flora intestinal foi afetada pela tetraciclina e apareceram espasmos abdominais dolorosos e uma diarréia muito forte. O paciente recebeu um antiespasmódico e, tanto a diarréia quanto os espasmos, desapareceram. Infelizmente, esse medicamento era da fórmula da beladona, um sedativo que contém atropina, que alivia espasmos e dilata a pupila. Esse efeito prejudicou a visão do rapaz, que bateu com o carro numa árvore e morreu instantaneamente. Esta é uma história verdadeira Fonte: Artigo do Dr. Leonard Tishkin, em The Myth of Modern Medicine ( O Mito da Medicina Moderna ).

Possíveis Interações Medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília-SP.

Resumo A terapêutica atual pode envolver muitos medicamentos e é comum a prescrição de dois ou mais fármacos para um mesmo indivíduo. Durante ou após o tratamento estes medicamentos acabam se acumulando nas residências, aliado a esse fator está a facilidade na aquisição de novos medicamentos de venda livre, que acabam se tornando verdadeiros arsenais, podendo incorrer em interações medicamentosas se utilizados concomitantemente ou se associados ao álcool. Assim, nosso objetivo é demonstrar as possíveis interações medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília. Para tal, foram aplicados questionários semi estruturados com informações relacionadas ao objetivo do estudo em 150 residências, no período de março a julho de 2006 . Como resultado, 98% das residências possuíam algum tipo de medicamento, que se utilizados simultaneamente poderiam resultar em 98 possíveis interações, mais de 50% destas IM ocorreram nos domicílios com mais de 6 fármacos. Das interações envolvendo medicamento x medicamento 65,71% foram frutos de prescrição médica, já as possíveis interações envolvendo álcool, 54,3% proveniente da automedicação. . Concluímos que a falta de informação da população pode provocar varias interações medicamentosas e considerando que muitos medicamentos são considerados um bem para muitos pacientes e que muitas vezes estes não se desfazem dos mesmos, a grande quantidade destes medicamentos nas residências, favorecem potencialmente as interações medicamentosas. CONCLUSÃO Os hábitos de vida da população, aliado à falta de informação sobre a farmacoterapia e sobre o medicamento em si, bem como o acúmulo destes nas residências, são apontados por este trabalho como variáveis significativas na ocorrência de possíveis IM, podendo resultar na alteração da ação terapêutica da terapia proposta, tornando-se um risco permanente para a saúde dos usuários. Orientar o usuário e desenvolver ações educativas sobre medicamentos, é um desafio para os novos profissionais de saúde. Fonte: Elias Fernando Daniel, submetida a publicação,Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009 Confira o artigo na integra, disponivel em: http://www.abf.org.br/pdf/2009/RBF_R1_2009/pag_54a58_193_ocorrencia_interacoes.pdf

Histórias que inspiram Homens e mulheres que marcaram a sua geração e até hoje são inspiração

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou. Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi. Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi. No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz. Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar. Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s. Alguns de seus ensinamentos: "Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. ’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter." "Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor”. “Todos os homens são iguais” "O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons." "Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”. "Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor.”Foram as últimas palavras de Martin Luther King."Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma". -D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr

A união faz a força

Fico agradecido pela sua presença no meu blog. Espero que gostem dos informativos e textos. Semanalmente estarei apresentando temas diferentes a respeito da prática profissional farmacêutica. Se quiserem algum material ou outras informações, basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail.

Em breve também abrirei espaço para discussão de casos sobre o mercado Farmacêutico e também questões de interesse publico

Grato pela atenção, e por favor, ajude-nos a divulgar este blog.

Elias Fernando Daniel

Farmacêutico CRF-SP

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Farmacêutico Industrial, Atua na logistica de Medicamentos e como farmacêutico Voluntário no Abrigo a Idosos Reverendo Guilherme Rodrigues

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