
Grupo de estudo do Ministério da Saúde dá início a trabalho que pretende aumentar oferta desses medicamentos na rede pública
Criado em dezembro do ano passado por meio da Portaria 2.960/08 do Ministério da Saúde, o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos deu início esta semana aos trabalhos de avaliação e monitoramento do programa que pretende ampliar a oferta de fitoterápicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, apenas a espinheira-santa e o guaco são financiados com recursos da União, estados e municípios na assistência farmacêutica básica.
O objetivo do programa é contemplar todas as etapas de produção de um fitoterápico; desde o início, com pesquisas que demonstrem evidências científicas da planta para determinado tratamento, passando pelo cultivo, colheita, extração, produção e comercialização.
Formado por membros do governo federal e da sociedade civil, o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos conta com a participação de dez ministérios, entre os quais: Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura; Ciência e Tecnologia; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; Meio Ambiente; além da Saúde.
Durante a cerimônia que marcou o início das atividades do Comitê, o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sávio Mendonça, afirmou que a questão dos fitoterápicos é “crucial para a qualidade vida da população”.
Mendonça citou exemplos de comunidades científicas de outros países que já realizam estudos e até dispensam fitoterápicos à base de plantas de origem brasileira em suas farmácias. É o caso da graviola, na Alemanha, usada para o tratamento do câncer, além da copaíba, andiroba e unha-de-gato, que já são encontradas em farmácias norte-americanas.