Prescrever tratamento placebo, com medicamentos que não têm indicação para cura, mas que deixam o paciente mais confiante, está cada vez mais comum entre os médicos estrangeiros. No Brasil, a prática é vista com ressalvas
Receitar um tratamento placebo (usando medicamentos que não possuem indicações específicas para curar uma doença e que fazem o paciente se sentir mais confiante) pode beirar a loucura, mas não para vários médicos estrangeiros e até para alguns profissionais brasileiros. Uma pesquisa publicada no British Medical Journal mostrou que, nos Estados Unidos, pelo menos 50% dos médicos prescrevem estes tratamentos a seus pacientes. E isso não acontece só lá. Um índice similar foi verificado em outros países, como Dinamarca, Israel, Suécia, Reino Unido e Nova Zelândia.
Entre os americanos, os medicamentos prescritos variam de comprimidos para dor de cabeça a vitaminas, além de antibióticos e sedativos. Os médicos receitam estes remédios em busca do chamado “efeito placebo”. Ou seja, eles estão atrás das consequências do uso da droga sobre a mente do paciente e não do resultado químico da utilização do medicamento no organismo.
E, por mais controverso que seja o uso deste método, esses médicos encontram respaldo científico no que estão fazendo. Estudos internacionais sugerem que 60% a 90% das drogas prescritas pelos médicos dependem do efeito placebo para serem efetivas, o que significa que a cura também está na cabeça do paciente.
“Há uma expectativa do sistema nervoso em relação ao efeito das medicações: ele pode anular, reverter ou ampliar as ações farmacológicas de certos medicamentos, o que faz com que até substâncias inertes [o placebo puro] provoquem efeitos”, explica o psiquiatra e secretário da Associação Brasileira de Psiquiatria na Região Sul, Cláudio Meneghello Martins.
Embora não se tenha conhecimento para explicar cientificamente como e por que acontece o efeito placebo, sabe-se que o estímulo gerado pelo uso de um remédio pode alterar a percepção cerebral da dor e causar impactos físicos e emocionais. “As hipóteses giram em torno de uma alteração nos neurotransmissores como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina”, diz Martins. Essas três substâncias são responsáveis pelas nossas variações de humor, disposição e energia.
“O paciente tem a sensação de que alguém realmente se interessou pelo seu problema. Nesses casos, o tratamento placebo dá um apoio psicológico fantástico e faz com que a pessoa se sinta melhor e mais segura”, esclarece o presidente do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, o urologista Renato Tâmbara. “Mas essa prática não deve ser usada indiscriminadamente”, adverte.
Neste ponto, a discussão sobre esta prática expõe seu ponto frágil, já que no tratamento placebo a droga é receitada sem que o paciente saiba que, na verdade, ela não possui ação efetiva contra o seu mal. “Se o profissional perceber que não há necessidade do uso de medicações, ele não deve receitar nada. Esse tipo de conduta não possui amparo ético: não se pode enganar o paciente”, critica o cardiologista, especialista em bioética, membro do Conselho Federal de Medicina e um dos revisores da última versão do código de ética médica brasileiro, José Eduardo de Siqueira.
Brasil proíbe o uso em pesquisas quando há alternativas
A comparação da eficácia de novos medicamentos com uma substância inerte, o placebo puro, é restrita no Brasil. Este recurso é autorizado somente quando uma doença ainda não possui tratamentos descobertos contra ela – segundo os médicos, uma situação cada vez mais rara.
“Não aceitamos que, em um estudo, um grupo receba uma droga ativa e o outro fique sem tratamento. Isso contribuiria para a piora de pessoas que já estão em situação vulnerável. Se um paciente tem uma doença com tendência à progressão, ele tem direito a um tratamento efetivo durante uma pesquisa”, afirma a especialista em neurociência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Comissão Nacional de Ética em Pesquisas (Conep), Margareth Priel.
Esta posição brasileira, porém, entra em rota de colisão com a Declaração de Helsinque, que autoriza a comparação de medicamentos novos com substâncias inertes, mesmo que já existam tratamentos estabelecidos. Esta declaração é responsável por normatizar universalmente a ética em pesquisas com seres humanos.
“Esse foi o único ponto da declaração que o Brasil não aceitou. A última revisão do nosso código de ética médica incluiu o artigo 106, que proíbe o profissional de manter qualquer vínculo com pesquisas médicas que usem placebos em seus experimentos quando já houver um tratamento eficaz em uso”, explica o especialista em bioética, José Eduardo Siqueira.
A explicação para esta relutância é simples. Segundo os médicos, utilizar o placebo seria mais vantajoso para os laboratórios farmacêuticos, não para o paciente. “Não tem cabimento comparar uma droga com uma substância inerte, pois é claro que a substância ativa terá efeito mais benéfico do que o placebo”, diz Siqueira.
Nocebo
Tratamento com resultados ruins
O efeito placebo também tem o seu reverso: o efeito colateral a substâncias inertes ou a tratamentos aos quais um paciente sente rejeição ou temor caracteriza o chamado efeito nocebo. De acordo com o artigo “Novos dados sobre o efeito nocebo”, da Harvard Health Publications, enquanto o efeito placebo libera endorfinas que aliviam a dor, o nocebo ativa receptores que estimulam a produção de hormônios relacionados ao estresse, como o cortisol, afetando a percepção de incômodos.
“Se existe uma expectativa negativa por parte do paciente, a tendência é que o tratamento não corra bem. As consequências seriam o aparecimento de queixas, efeitos colaterais e o abandono do acompanhamento médico”, diz o psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria Cláudio Meneghello Martins.
O efeito nocebo traz à tona até mesmo maus momentos do passado. “Experiências negativas ou efeitos colaterais ocorridos anteriormente podem se repetir diante de visões, sons ou outros sinais associados a um tratamento. Este ‘condicionamento’ ajuda a explicar por que cerca de uma a cada três pessoas sente náusea e até mesmo vomita ao entrar no local onde fez quimioterapia”, diz o artigo da universidade americana.
Bê-á-bá
Para ler com seu filho
Placebo
é um termo técnico utilizado em pesquisas clínicas que comparam a ação de uma substância ativa com outra inerte – o medicamento placebo.
Tratamento placebo
é usado na medicina, fora da pesquisa, quando um médico receita uma droga ciente de que ela não possui ação farmacológica contra uma doença específica.
Efeito placebo
é o resultado esperado quando se faz um tratamento placebo. Sob o efeito placebo o paciente se sente mais confiante e até a apresenta melhoras em seus sintomas.
Aspas
“Há uma expectativa do sistema nervoso em relação ao efeito das medicações: ele pode anular, reverter ou ampliar as ações farmacológicas, o que faz com que até substâncias inertes provoquem efeitos que não dependem delas.”
“Não aceitamos que em um estudo, um grupo receba uma droga ativa e o outro fique sem tratamento.”
Fonte:Margareth Priel, especialista em neurociência da Universidade Federal de São Paulo e membro da Comissão Nacional de Ética em Pesquisas (Conep)
Cláudio Meneghello Martins, psiquiatra e secretário da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) na região Sul.
O Blog visa divulgar informações importantes, assuntos polêmicos, legislações que influenciam o varejo farmacêutico e cuidados referente a utilização de medicamentos.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Unicamp revela os poderes medicinais de mais três frutas do cerrado
Elas são desconhecidas da maioria da população, sobretudo dos jovens. Passam ignoradas pela cadeia produtiva e comercial e raramente entram na dieta brasileira. Costumam crescer, aleatoriamente, em áreas de cerrado, caatinga e em regiões de transição — como as do semiárido e do Sudeste — que se limitam com o Centro-Oeste. Suas espécies são alvo frequente da destruição promovida pela mecanização agrícola. Ao mesmo tempo em que sofrem essas agressões, contudo, a guapeva, o murici e a gabiroba, entre outras frutas do cerrado, chamam a atenção de estudiosos de diversas universidades por seu incontestável poder de se defender e de se adaptar a situações adversas, além de manter as qualidades funcionais.
Foram exatamente as características nutritivas e medicinais desses frutos que levaram a aluna de doutorado Luciana Malta, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a investigar as atividades biológicas de suas cascas, sementes e polpas. O trabalho comprovou o alto potencial antioxidante e anticarcinogênico das três espécies. “Na primeira etapa do projeto, in vitro, fizemos um mapeamento para conhecer qual dos extratos das frutas era mais eficiente, mas em todas elas foram identificadas substâncias de potencial bioativo (veja infografia), com destaque para a gabiroba, que apresentou um alto poder de ação antioxidante”, explica Luciana.
Na segunda fase das pesquisas, in vivo, compostos bioativos encontrados na gabiroba e na casca da guapeva testados em camundongos revelaram efeitos positivos, como propriedades anti-inflamatórias, antimutagênicas e antigenotóxicas (para barrar a ação tóxica em genes que poderiam sofrer danos irreversíveis). A última etapa do doutorado de Luciana foi executada na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde ela testou o potencial antioxidante celular e antiproliferativo dos extratos das frutas em um banco de células no Departamento de Ciência de Alimentos.
Segundo a pesquisadora, outra vez a casca da guapeva se destacou. De acordo com Luciana, as conclusões de sua tese abriram perspectivas para que sejam feitos, no futuro, testes em humanos. Como numa corrida de revezamento, a aluna de pós-doutorado da Unicamp Aline Castaldi Sampaio será responsável pelas investigações com pacientes de câncer de mama, numa primeira fase. “Os extratos de gabiroba e de casca de guapeva, por exemplo, se revelaram nos testes feitos em Cornell como agentes que atuam na diminuição da proliferação celular de tumores de mama”, justifica Luciana Malta.
Voluntários
A nutricionista Elisa Goulart, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, comemora a comprovação de benefícios de mais frutas do cerrado. “As substâncias presentes na composição dessas frutas impedem a liberação dos radicais livres e é claro que, se uma pessoa consumi-las diariamente, elas agem de forma preventiva.” Elisa explica que a oxidação causa desgaste no DNA e que o poder antioxidante de algumas frutas já foi comprovado em diversos estudos científicos. “É muito bom que existam agora mais três frutas daqui da região para oferecer qualidade de vida melhor às pessoas. É preciso divulgar essa pesquisa”, afirma a especialista, que também integra a equipe do Laboratório Sabin.
A professora Gláucia Pastore, da FEA/Unicamp, orientadora de Luciana e de Aline, explica que está em fase de negociações com o corpo médico do Hospital das Clínicas da Unicamp para a seleção de pacientes voluntários. Em seguida, a ideia é apresentar a proposta à Comissão de Ética da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela espera que a nova etapa do projeto comece em março de 2012. “Além dos efeitos terapêuticos, pensamos em trabalhar também na prevenção, porque sabemos que o acesso regular a essas frutas vai causar efeitos benéficos. O problema no Brasil é que não há uma mobilização mais intensa em termos de prevenção. A visão aqui é mais clínica”, observa Gláucia.
Conhecimento escasso
A professora da Unicamp explica ainda que atualmente existe uma linha de pesquisa muito forte na instituição com frutas do cerrado — pouco conhecidas, mas altamente resistentes em condições ambientais adversas e “muito ricas” em compostos bioativos. “Embora pouco estudadas, sabemos que existe um conhecimento popular, sobretudo das gerações mais velhas, quanto às qualidades funcionais dessas frutas. O que estamos fazendo é procurar identificar essas propriedades e tornar mais fácil o acesso a elas pela população”, diz a especialista.
Luciana Malta acrescenta que o potencial anticâncer dessas frutas pode ser aumentado com o fracionamento dos extratos, com o uso de diferentes solventes, para que outros compostos bioativos sejam revelados. Ela explica que o poder desses extratos é medido primeiramente em ensaios antiproliferativos testando-se diferentes linhagens de células cancerígenas humanas, tais como melanoma, mama, rim, fígado, pulmão, próstata, ovário, leucemia. Elas são incubadas com os extratos das frutas e, em seguida, é observada capacidade de redução da divisão celular desordenada.
“As melhores frações dos extratos da guapeva e da gabiroba serão avaliadas também como agentes que induzem a apoptose (morte celular) em células tumorais”, destaca. A pesquisadora lembra que a experiência na universidade norte-americana serviu também para que ela agregasse conhecimento e pudesse ter a oportunidade de usar no Laboratório de Bioaromas da Unicamp, pela primeira vez no Brasil, a técnica de determinação do potencial antioxidante em células humanas, baseada em uma descoberta da Universidade de Cornell. Foi possível observar, segundo Luciana, que o potencial antioxidante do murici, da gabiroba e da guapeva é maior que o de frutas consumidas nos Estados Unidos, como blueberry e ameixa, entre outras.
Riqueza regional
Não é de hoje que a professora Gláucia Pastore e a doutoranda Luciana Malta se debruçam sobre propriedades funcionais de plantas do cerrado. Em 2005, uma parceria entre a Unicamp e a Universidade Católica de Goiás permitiu às pesquisadoras investigar o potencial antioxidante de outras cinco frutas típicas da savana brasileira — araticum, pequi, cagaita, banha-de-galinha e lobeira.
Do mesmo modo que se observa hoje com o murici, a guapeva e a gabiroba, as frutas da pesquisa anterior são praticamente desconhecidas do grande público, consumidas apenas por uma parte da população local. Um dos resultados da pesquisa mostrou, naquela época, que a casca e a semente do pequi e do araticum apresentaram grande concentração de substâncias antioxidantes. Ao analisar as condições em que essas frutas nascem, crescem e resistem, Gláucia Pastore observa a necessidade de difusão dessas espécies como forma também de preservá-las e ampliar o acesso a elas tanto por parte da população, quanto da própria indústria alimentícia e farmacêutica.
A professora também expressa preocupação com a riqueza do bioma e a devastação do cerrado. Ela lembra que o deslocamento das fronteiras agrícolas para o Centro-Oeste, nas décadas de 1970 e 1980, provocou a mudanças em mais de 60% das áreas de cerrado. “Hoje, apenas 20% da área original de cerrado permanece preservada”, ressalta. (CT)
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/
Foram exatamente as características nutritivas e medicinais desses frutos que levaram a aluna de doutorado Luciana Malta, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a investigar as atividades biológicas de suas cascas, sementes e polpas. O trabalho comprovou o alto potencial antioxidante e anticarcinogênico das três espécies. “Na primeira etapa do projeto, in vitro, fizemos um mapeamento para conhecer qual dos extratos das frutas era mais eficiente, mas em todas elas foram identificadas substâncias de potencial bioativo (veja infografia), com destaque para a gabiroba, que apresentou um alto poder de ação antioxidante”, explica Luciana.
Na segunda fase das pesquisas, in vivo, compostos bioativos encontrados na gabiroba e na casca da guapeva testados em camundongos revelaram efeitos positivos, como propriedades anti-inflamatórias, antimutagênicas e antigenotóxicas (para barrar a ação tóxica em genes que poderiam sofrer danos irreversíveis). A última etapa do doutorado de Luciana foi executada na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde ela testou o potencial antioxidante celular e antiproliferativo dos extratos das frutas em um banco de células no Departamento de Ciência de Alimentos.
Segundo a pesquisadora, outra vez a casca da guapeva se destacou. De acordo com Luciana, as conclusões de sua tese abriram perspectivas para que sejam feitos, no futuro, testes em humanos. Como numa corrida de revezamento, a aluna de pós-doutorado da Unicamp Aline Castaldi Sampaio será responsável pelas investigações com pacientes de câncer de mama, numa primeira fase. “Os extratos de gabiroba e de casca de guapeva, por exemplo, se revelaram nos testes feitos em Cornell como agentes que atuam na diminuição da proliferação celular de tumores de mama”, justifica Luciana Malta.
Voluntários
A nutricionista Elisa Goulart, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, comemora a comprovação de benefícios de mais frutas do cerrado. “As substâncias presentes na composição dessas frutas impedem a liberação dos radicais livres e é claro que, se uma pessoa consumi-las diariamente, elas agem de forma preventiva.” Elisa explica que a oxidação causa desgaste no DNA e que o poder antioxidante de algumas frutas já foi comprovado em diversos estudos científicos. “É muito bom que existam agora mais três frutas daqui da região para oferecer qualidade de vida melhor às pessoas. É preciso divulgar essa pesquisa”, afirma a especialista, que também integra a equipe do Laboratório Sabin.
A professora Gláucia Pastore, da FEA/Unicamp, orientadora de Luciana e de Aline, explica que está em fase de negociações com o corpo médico do Hospital das Clínicas da Unicamp para a seleção de pacientes voluntários. Em seguida, a ideia é apresentar a proposta à Comissão de Ética da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela espera que a nova etapa do projeto comece em março de 2012. “Além dos efeitos terapêuticos, pensamos em trabalhar também na prevenção, porque sabemos que o acesso regular a essas frutas vai causar efeitos benéficos. O problema no Brasil é que não há uma mobilização mais intensa em termos de prevenção. A visão aqui é mais clínica”, observa Gláucia.
Conhecimento escasso
A professora da Unicamp explica ainda que atualmente existe uma linha de pesquisa muito forte na instituição com frutas do cerrado — pouco conhecidas, mas altamente resistentes em condições ambientais adversas e “muito ricas” em compostos bioativos. “Embora pouco estudadas, sabemos que existe um conhecimento popular, sobretudo das gerações mais velhas, quanto às qualidades funcionais dessas frutas. O que estamos fazendo é procurar identificar essas propriedades e tornar mais fácil o acesso a elas pela população”, diz a especialista.
Luciana Malta acrescenta que o potencial anticâncer dessas frutas pode ser aumentado com o fracionamento dos extratos, com o uso de diferentes solventes, para que outros compostos bioativos sejam revelados. Ela explica que o poder desses extratos é medido primeiramente em ensaios antiproliferativos testando-se diferentes linhagens de células cancerígenas humanas, tais como melanoma, mama, rim, fígado, pulmão, próstata, ovário, leucemia. Elas são incubadas com os extratos das frutas e, em seguida, é observada capacidade de redução da divisão celular desordenada.
“As melhores frações dos extratos da guapeva e da gabiroba serão avaliadas também como agentes que induzem a apoptose (morte celular) em células tumorais”, destaca. A pesquisadora lembra que a experiência na universidade norte-americana serviu também para que ela agregasse conhecimento e pudesse ter a oportunidade de usar no Laboratório de Bioaromas da Unicamp, pela primeira vez no Brasil, a técnica de determinação do potencial antioxidante em células humanas, baseada em uma descoberta da Universidade de Cornell. Foi possível observar, segundo Luciana, que o potencial antioxidante do murici, da gabiroba e da guapeva é maior que o de frutas consumidas nos Estados Unidos, como blueberry e ameixa, entre outras.
Riqueza regional
Não é de hoje que a professora Gláucia Pastore e a doutoranda Luciana Malta se debruçam sobre propriedades funcionais de plantas do cerrado. Em 2005, uma parceria entre a Unicamp e a Universidade Católica de Goiás permitiu às pesquisadoras investigar o potencial antioxidante de outras cinco frutas típicas da savana brasileira — araticum, pequi, cagaita, banha-de-galinha e lobeira.
Do mesmo modo que se observa hoje com o murici, a guapeva e a gabiroba, as frutas da pesquisa anterior são praticamente desconhecidas do grande público, consumidas apenas por uma parte da população local. Um dos resultados da pesquisa mostrou, naquela época, que a casca e a semente do pequi e do araticum apresentaram grande concentração de substâncias antioxidantes. Ao analisar as condições em que essas frutas nascem, crescem e resistem, Gláucia Pastore observa a necessidade de difusão dessas espécies como forma também de preservá-las e ampliar o acesso a elas tanto por parte da população, quanto da própria indústria alimentícia e farmacêutica.
A professora também expressa preocupação com a riqueza do bioma e a devastação do cerrado. Ela lembra que o deslocamento das fronteiras agrícolas para o Centro-Oeste, nas décadas de 1970 e 1980, provocou a mudanças em mais de 60% das áreas de cerrado. “Hoje, apenas 20% da área original de cerrado permanece preservada”, ressalta. (CT)
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/
Pesquisadores europeus anunciam estar mais próximos da "partícula de Deus"
Este ano, as grandes estrelas da ciência, ironicamente, pertencem ao mundo das minúsculas partículas. Depois de pesquisa-dores italianos terem medido neutrinos viajando mais rápido do que a luz, estruturas menores que os átomos voltaram a causar alvoroço na comunidade científica. Pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciaram ontem ter “encurralado” o bóson de Higgs, ou “partícula de Deus”, hipoteticamente responsável pela matéria, logo pela existência da gravidade e de todo o Universo.
Segundo o Modelo Padrão de Partículas, principal teoria que explica a formação dos átomos, o bóson seria uma estrutura subatômica, ou seja, menor que um átomo, formada durante o big bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos.
Pelo modelo, o bóson teria a capacidade de interagir com o campo magnético que permeia todas as partículas existentes no mundo. Dependendo de como acontece essa interação, as demais partículas ganham ou permanecem sem massa, como ocorre com a luz, por exemplo. Embora a teoria se encaixe na maioria dos experimentos existentes até hoje, ela nunca foi comprovada.
Para encontrar o rastro dessa espécie de “tijolo” do cosmos, proposto pelo pesquisador britânico Peter Higgs na década de 1960, os pesquisadores precisaram investir tempo e recursos, além de contar um pouco com a sorte.
A ocorrência do bóson é extremamente rara. Dentro do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), um gigantesco equipamento com 27km de diâmetro, instalado no subsolo da fronteira entre a França e a Suíça, os cientistas enviaram em direções opostas prótons que, ao se chocarem, liberavam uma série de partículas.
Cada minúscula estrutura possuiu uma massa, medida na forma de energia por giga elétron-volts (GeV). O LHC tenta então encontrar os bósons observando aquelas partículas com massa entre 100 GeV a 600 GeV. Os dois grupos (Atlas e CMS) que pesquisam no laboratório europeu chegaram às mesmas conclusões.
“Nossas análises confirmam a exclusão do bóson de Higgs em um intervalo de massa de 127 a 600 GeV, mas ao mesmo tempo mostram pela primeira vez alguns indícios, ainda não conclusivos, de que o bóson de Higgs pode existir com uma massa ao redor de 125 GeV”, contou o pesquisador do Cern Rogerio Rosenfeld, também ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Rastros importantes
Além de descartar uma ampla gama de possibilidades de faixas de localização, os cientistas determinaram na faixa dos 127GeV a provável localização das ditas partículas divinas. “O que vemos hoje são apenas ‘rastros’ do que podem ser os bósons. Os resultados ainda são muito tênues para determinar conclusivamente a existência da partícula, mas dão uma pista importantíssima de onde procurá-la”, conta o também pesquisador do Cern e da Unesp Sérgio Novaes. “É como se fosse um rádio chiando. Conseguimos, em meio a todo o barulho, encontrar um sinal do que estamos procurando. Agora, precisamos tentar fazer esse sinal ocorrer novamente para confirmar sua existência.”
A expectativa dos especialistas é de que o próximo ano seja histórico para a física. Seguindo o planejamento de experiências, até o final de 2012 os pesquisadores já terão realizado colisões de prótons suficientes para ter observado a liberação dos bósons. “O próximo passo agora é repetir os experimentos várias vezes para tentar localizar novamente essas alterações na faixa dos 127GeV, o que esperamos ter conseguido até o final do próximo ano, se tudo correr bem”, conta Novaes. “Somente resultados mais robustos podem confirmar a existência destas partículas, mas o apresentado hoje (ontem) mostra que estamos no caminho certo”, completa.
Há dois anos em funcionamento, o LHC foi concebido justamente para confirmar a existência e compreender melhor essa partícula, que há décadas se esconde dos pesquisadores. Ela seria uma das últimas — e talvez a mais importante — peças do quebra-cabeça que explica o surgimento da matéria.
Embora o restante do Modelo Padrão de Partículas e Interações já tenha sido desvendado, ainda faltava confirmar a existência da partícula e determinar sua massa. “Ao longo das últimas décadas, a massa de outras partículas elementares da matérias, os quarks e os léptons, foram determinadas. Mas, para confirmar essa teoria, ainda falta entender a cola que une essas informações: o bóson”, conta Eduardo do Couto e Silva, físico do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT).
Para ele, embora ainda não seja possível determinar com exatidão a existência da partícula, este é um momento “extraordinário” para a física. “O homem foi capaz de criar condições para entender alguns dos processos que mais desafiam o nosso entendimento”, afirma Eduardo, que já trabalhou no Cern e é membro afiliado do Kavli Institute of Particle Astrophysics and Cosmology, da Universidade de Stanford. “Se ficar comprovada a existência do bóson, será uma descoberta importantíssima. Mas, se ficar comprovada a sua não existência, será ainda mais importante, pois veremos que existe algo que ainda não foi entendido”, completa.
Maldição
Embora o termo “partícula de Deus” tenha sido consagrado, ele desagrada muitos cientistas, que consideram a designação exagerada. A origem do apelido não se deve a um pesquisador, mas a uma editora de livros. Quando o vencedor no Nobel de Física de 1988, Leon Lederman, terminou de escrever, em 1993, um livro sobre o assunto, nomeou-o como the goddamn particle (expressão em inglês que pode ser traduzida como maldita partícula), em função da dificuldade que os cientistas enfrentam para localizá-la. No entanto, o editor do livro achou o termo agressivo e de pouco impacto, e sugeriu o título The God particle (A partícula de Deus), termo do qual os cientistas nunca mais conseguiram se livrar.
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br
Segundo urologistas, homens se preocupam pouco com hábitos saudáveis
Todo mundo sabe que fumo e obesidade aumentam o risco de disfunção erétil e de doenças cardiovasculares. Da mesma forma, o álcool em excesso e uma dieta imprudente, à base de alimentos ricos em gordura saturada e condimentos, acionam o gatilho desses problemas de saúde. Mas os homens brasileiros parecem não se preocupar. Foi essa uma das conclusões de especialistas que participaram do 33º Congresso Brasileiro de Urologia, em Florianópolis (SC).
Durante o evento, realizado no mês passado, foram debatidas questões revisionais em torno de uma das mais respeitadas pesquisas sobre a impotência masculina. O Estudo de Massachusetts sobre envelhecimento masculino (MMAS, sigla inglês), publicado em janeiro no The American Journal of Cardiology, investigou, durante décadas, a relação do problema com idade, diabetes, obesidade e males cardiovasculares. “Essa pesquisa mostra que, dependendo do estilo de vida do indivíduo, o processo de morte celular (apoptose) é acelerado, as células envelhecem, a pessoa envelhece, e passa a ser mais contemplada com doenças como hipertensão arterial, infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, analisa o urologista Cláudio Telöken, chefe do Departamento de Urologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS).
De acordo com o médico, o problema é a falta de autocuidado: o fumante não acredita que o cigarro faz mal, as pessoas não acreditam que o álcool diário é prejudicial, e os jovens que usam cocaína não acreditam que a droga é nociva. “A verdade é que quase ninguém pensa em controlar o colesterol, fazer caminhadas, dormir mais de seis horas por dia”, lamenta o especialista.
Exemplo claro de uma doença cardiovascular anunciada por disfunção erétil é o do empresário gaúcho L.G.A*, 64 anos, fumante, obeso (98kg) e adepto de bebidas destiladas. Ele foi atendido este ano, de madrugada, em um hospital de Porto Alegre. Chegou acompanhado da mulher, suava muito, queixava-se de cefaleia e dor no peito. Disse que há dois anos perdera a libido, não tinha mais ereção matinal e que, há um ano, não praticava sexo.
A mulher contou ao médico que as últimas tentativas foram “trágicas”. Após os exames, identificou-se obstrução das coronárias e foram colocados dois stents para aliviar o fluxo sanguíneo. Seis meses depois do tratamento — que incluiu dieta, caminhadas semanais, exercícios com pilates, controle de colesterol e de triglicerídeos —, L.G.A perdeu 16kg e resgatou a atividade sexual de modo regular.
Um país doente
Dezenas de milhares de casos semelhantes ao do empresário colaboram para que o Brasil venha a ser uma das nações mais debilitadas do planeta em termos de saúde humana. Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que até 2040 o índice de doenças cardiovasculares no país deve aumentar em 250%. Hoje, 300 mil brasileiros morrem anualmente por causa desses problemas. Além disso, 30% dos brasileiros são hipertensos, e, de cada 100 pessoas, um grupo de apenas 25 a 30 consegue controlar a doença.
Na outra face da moeda, o país caminha para o topo do ranking das nações com população de baixa atividade sexual devido à impotência masculina. Pesquisas recentes mostram que mais de 150 milhões de homens em todo o mundo possuem algum nível de disfunção erétil, e estima-se que um número acima de 11 milhões de brasileiros conviva com a dificuldade de ereção. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) feito em Salvador (BA) com 77 mil homens de 24 estados apontou que 65,6% dos entrevistados apresentavam algum grau de disfunção erétil.
Segundo o urologista Eriston Ulmann, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, as pesquisas em discussão no congresso de Santa Catarina apenas consolidam uma certeza: “A disfunção erétil é um dos mais importantes sintomas de que algo não vai bem no sistema circulatório e serve para orientar o paciente a procurar ajuda”. De acordo com o urologista, o indivíduo que apresenta o problema tem três vezes mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral. “A medicina já definiu claramente que o aparecimento da disfunção erétil pode ser um indício de um futuro quadro de isquemia ou um infarto do miocárdio”, atesta Ulmann. A disfunção está presente em cerca de 64% de homens com infarto agudo do miocárdio, em 57% dos candidatos a angioplastia ou cirurgia cardíaca, em 40% dos fumantes e em 68% dos hipertensos.
Ajuda aos 60
Na primeira etapa da pesquisa de saúde masculina de Massachusetts, conduzida entre 1987 e 1989 em áreas ao redor de Boston, nos Estados Unidos, os cientistas analisaram 1.290 homens com idades entre 40 e70 anos. Eles observaram que 52% dos indivíduos apresentaram disfunção erétil leve, moderada ou completa. De acordo com o urologista Cláudio Telöken, o estudo envolveu mais de 27 mil homens, até a última revisão, em 2010. “Ele confirma que, a partir dos 40 anos, a cada década o homem perde parte de sua capacidade de ereção. Por exemplo, 50% dos homens acima dos 60 anos vão precisar de alguma ajuda para ter atividade sexual.” Segundo as investigações americanas, a disfunção sexual era mais provável entre homens de saúde física e emocional ruins.
Para Telöken, a medicina não avançou apenas na descoberta de medicamentos nos últimos 20 anos, mas também nas pesquisas que levaram a importantes conclusões. “Por exemplo, em se sabendo que a doença crônica nos ataca e provoca a disfunção erétil, nós vamos, paulatinamente, mudando uma realidade atualmente complicada, que é a de convencer as pessoas de que elas precisam cuidar dos níveis da glicose, que temos de caminhar, alterar o estilo de vida para serem saudáveis etc.”
Paralelamente, segundo o médico, foram descobertos princípios ativos fundamentais para o tratamento da disfunção erétil, como o sildenafil, a tadalafila, entre outros. “Essas drogas liberam o óxido nítrico, que é uma substância vasodilatadora indispensável para a ereção”, explica Telöken. Segundo o urologista, a tendência, hoje, é usar os fármacos de forma fixa, alternando-se os dias, ou duas vezes por semana, para manter a saúde do indivíduo e resgatar a ereção.
* Nome não divulgado por questões éticas
Relaxamento
Os princípios ativos que ajudam a ereção liberam o óxido nítrico, substância que provoca relaxamento do músculo liso da parede do vaso e faz com que este se dilate, aumentando o fluxo sanguíneo, ao mesmo tempo em que diminui a pressão arterial. O óxido nítrico tem sido usado também para reduzir amputações do chamado pé diabético e melhorar as condições de pacientes com insuficiência respiratória.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/12/16/interna_ciencia_saude,283093/segundo-urologistas-homens-se-preocupam-pouco-com-habitos-saudaveis.shtml
Durante o evento, realizado no mês passado, foram debatidas questões revisionais em torno de uma das mais respeitadas pesquisas sobre a impotência masculina. O Estudo de Massachusetts sobre envelhecimento masculino (MMAS, sigla inglês), publicado em janeiro no The American Journal of Cardiology, investigou, durante décadas, a relação do problema com idade, diabetes, obesidade e males cardiovasculares. “Essa pesquisa mostra que, dependendo do estilo de vida do indivíduo, o processo de morte celular (apoptose) é acelerado, as células envelhecem, a pessoa envelhece, e passa a ser mais contemplada com doenças como hipertensão arterial, infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, analisa o urologista Cláudio Telöken, chefe do Departamento de Urologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS).
De acordo com o médico, o problema é a falta de autocuidado: o fumante não acredita que o cigarro faz mal, as pessoas não acreditam que o álcool diário é prejudicial, e os jovens que usam cocaína não acreditam que a droga é nociva. “A verdade é que quase ninguém pensa em controlar o colesterol, fazer caminhadas, dormir mais de seis horas por dia”, lamenta o especialista.
Exemplo claro de uma doença cardiovascular anunciada por disfunção erétil é o do empresário gaúcho L.G.A*, 64 anos, fumante, obeso (98kg) e adepto de bebidas destiladas. Ele foi atendido este ano, de madrugada, em um hospital de Porto Alegre. Chegou acompanhado da mulher, suava muito, queixava-se de cefaleia e dor no peito. Disse que há dois anos perdera a libido, não tinha mais ereção matinal e que, há um ano, não praticava sexo.
A mulher contou ao médico que as últimas tentativas foram “trágicas”. Após os exames, identificou-se obstrução das coronárias e foram colocados dois stents para aliviar o fluxo sanguíneo. Seis meses depois do tratamento — que incluiu dieta, caminhadas semanais, exercícios com pilates, controle de colesterol e de triglicerídeos —, L.G.A perdeu 16kg e resgatou a atividade sexual de modo regular.
Um país doente
Dezenas de milhares de casos semelhantes ao do empresário colaboram para que o Brasil venha a ser uma das nações mais debilitadas do planeta em termos de saúde humana. Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que até 2040 o índice de doenças cardiovasculares no país deve aumentar em 250%. Hoje, 300 mil brasileiros morrem anualmente por causa desses problemas. Além disso, 30% dos brasileiros são hipertensos, e, de cada 100 pessoas, um grupo de apenas 25 a 30 consegue controlar a doença.
Na outra face da moeda, o país caminha para o topo do ranking das nações com população de baixa atividade sexual devido à impotência masculina. Pesquisas recentes mostram que mais de 150 milhões de homens em todo o mundo possuem algum nível de disfunção erétil, e estima-se que um número acima de 11 milhões de brasileiros conviva com a dificuldade de ereção. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) feito em Salvador (BA) com 77 mil homens de 24 estados apontou que 65,6% dos entrevistados apresentavam algum grau de disfunção erétil.
Segundo o urologista Eriston Ulmann, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, as pesquisas em discussão no congresso de Santa Catarina apenas consolidam uma certeza: “A disfunção erétil é um dos mais importantes sintomas de que algo não vai bem no sistema circulatório e serve para orientar o paciente a procurar ajuda”. De acordo com o urologista, o indivíduo que apresenta o problema tem três vezes mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral. “A medicina já definiu claramente que o aparecimento da disfunção erétil pode ser um indício de um futuro quadro de isquemia ou um infarto do miocárdio”, atesta Ulmann. A disfunção está presente em cerca de 64% de homens com infarto agudo do miocárdio, em 57% dos candidatos a angioplastia ou cirurgia cardíaca, em 40% dos fumantes e em 68% dos hipertensos.
Ajuda aos 60
Na primeira etapa da pesquisa de saúde masculina de Massachusetts, conduzida entre 1987 e 1989 em áreas ao redor de Boston, nos Estados Unidos, os cientistas analisaram 1.290 homens com idades entre 40 e70 anos. Eles observaram que 52% dos indivíduos apresentaram disfunção erétil leve, moderada ou completa. De acordo com o urologista Cláudio Telöken, o estudo envolveu mais de 27 mil homens, até a última revisão, em 2010. “Ele confirma que, a partir dos 40 anos, a cada década o homem perde parte de sua capacidade de ereção. Por exemplo, 50% dos homens acima dos 60 anos vão precisar de alguma ajuda para ter atividade sexual.” Segundo as investigações americanas, a disfunção sexual era mais provável entre homens de saúde física e emocional ruins.
Para Telöken, a medicina não avançou apenas na descoberta de medicamentos nos últimos 20 anos, mas também nas pesquisas que levaram a importantes conclusões. “Por exemplo, em se sabendo que a doença crônica nos ataca e provoca a disfunção erétil, nós vamos, paulatinamente, mudando uma realidade atualmente complicada, que é a de convencer as pessoas de que elas precisam cuidar dos níveis da glicose, que temos de caminhar, alterar o estilo de vida para serem saudáveis etc.”
Paralelamente, segundo o médico, foram descobertos princípios ativos fundamentais para o tratamento da disfunção erétil, como o sildenafil, a tadalafila, entre outros. “Essas drogas liberam o óxido nítrico, que é uma substância vasodilatadora indispensável para a ereção”, explica Telöken. Segundo o urologista, a tendência, hoje, é usar os fármacos de forma fixa, alternando-se os dias, ou duas vezes por semana, para manter a saúde do indivíduo e resgatar a ereção.
* Nome não divulgado por questões éticas
Relaxamento
Os princípios ativos que ajudam a ereção liberam o óxido nítrico, substância que provoca relaxamento do músculo liso da parede do vaso e faz com que este se dilate, aumentando o fluxo sanguíneo, ao mesmo tempo em que diminui a pressão arterial. O óxido nítrico tem sido usado também para reduzir amputações do chamado pé diabético e melhorar as condições de pacientes com insuficiência respiratória.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/12/16/interna_ciencia_saude,283093/segundo-urologistas-homens-se-preocupam-pouco-com-habitos-saudaveis.shtml
Cientistas brasileiros defendem novo método para o uso de estatinas
Popularmente conhecido como “ataque do coração”, o infarto do miocárdio é hoje responsável por 10,28% das 742.779 mortes por doenças crônicas não transmissíveis, segundo dados do Ministério da Saúde. A dor e a sensação de aperto no peito que precedem o problema vêm acompanhadas de náuseas, vômitos e vertigem, e podem durar por longos 20 minutos. Durante o ataque, parte do músculo cardíaco é perdido, por falta de oxigênio e irrigação sanguínea. Para minimizar as lesões dos tecidos atingidos e reduzir as chances de complicações fatais no futuro, a ciência está constantemente em busca de novos métodos e tratamentos. Dois estudos, feitos pelo Grupo Brasileiro de Estudo do Coração (Coorte Brasil) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), descobriram que o uso de estatinas (lipoproteínas utilizadas para controlar níveis altos de colesterol no sangue) pode ajudar a conter a inflamação durante e após o infarto — e que ter um alto nível de de HDL (conhecido popularmente como colesterol “bom”) ajuda a prevenir a hiperglicemia durante a fase aguda do infarto, uma das principais causas de mortalidade entre esses pacientes.
Andrei Sposito, cardiologista e professor da Unicamp que liderou os estudos, explica que cerca de 50% das pessoas infartadas não conseguem ser atendidas. Dos pacientes que chegam ao hospital, até 15% morrem. “Mesmo depois que recebem alta, uma grande parte deles vai ter outro infarto nos primeiros dois anos”, completa o médico. “É uma doença que hoje mata mais que câncer ou infecções.” Sposito frisa que praticar atividade física e manter hábitos saudáveis, como não fumar e ter uma alimentação balanceada, ainda são atitudes essenciais para prevenir o infarto. Quando ele ocorre, contudo, um dos principais desafios da medicina é saber o que fazer quando o paciente chega ao hospital — e como evitar que ele sofra novas complicações.
Para tentar responder a essas perguntas e aliviar os sintomas do infarto, o grupo de pesquisadores focou, em um primeiro momento, nas doses de estatina — capaz de diminuir em 1% a 2% o risco anual de infarto em pacientes crônicos, uma vez que, além de reduzir o colesterol, também diminui a formação de trombos e a atividade inflamatória do coração. De acordo com os estudos existentes até então, acreditava-se que o tratamento com o remédio deveria começar em até 12 horas após o início dos sintomas. Sabe-se, contudo, que é nas primeiras 24 horas que a atividade inflamatória tem seu ápice — e um tratamento tardio pode significar sequelas sérias, como a cicatrização irreversível do músculo cardíaco.
Os pesquisadores resolveram, então, refazer os estudos com 125 pacientes infartados. As pessoas foram divididas em quatro grupos, que receberam, respectivamente, zero, 20, 40 e 80 miligramas do remédio assim que começaram os sintomas. Os médicos descobriram, então, que o coração daqueles que receberam altas doses do medicamento quase não apresentou inflamação, enquanto os tratados sem a estatina sofreram o maior aumento da atividade inflamatória. Nos outros grupos, quanto maior foi a dose do medicamento, mais a inflamação retrocedeu. “Essa pesquisa muda a maneira com que a gente trata os pacientes infartados”, comenta Andrei Sposito. “O que os estudos anteriores não sabiam é que a maneira correta de usar a estatina é com altas doses logo que o paciente chega, e não na pré-alta.”
Estresse
Luiz Sérgio de Carvalho, um dos principais autores do segundo estudo, explica que a ideia central foi analisar como o HDL, também conhecido como o “colesterol bom”, ajuda na diminuição da glicose em pacientes infartados. Segundo o médico, após o infarto, hormônios sinalizam para o corpo que existe uma situação de estresse — e isso faz com que o nível glicêmico aumente. “No estresse agudo, logo depois que acontece o infarto, de 90% a 100% dos pacientes desenvolvem hiperglicemia”, reforça. Quando a tensão passa, o corpo volta ao normal. Partindo desse pressuposto, a equipe médica estudou 183 pacientes infartados e não diabéticos. A partir de amostras do sangue, foram medidos os níveis de glicose, colesterol total, triglicérides, HDL, proteína C reativa e insulina nas primeiras 24 horas e no quinto dia após o infarto.
Os pesquisadores descobriram, então, que aqueles pacientes com níveis de HDL alto tinham uma recuperação melhor e mais rápida, já que esse tipo de colesterol acelera a recuperação da sensibilidade à insulina e estimula a secreção do hormônio pelo pâncreas. “O infarto tem que ser entendido como se fosse uma espinha dentro do vaso sanguíneo”, compara Carvalho. “Se ela aumenta demais, explode dentro do vaso e, com isso, o material necrótico rico em espécies inflamatórias se espalha e ocasiona a trombogênese. As plaquetas vão para lá tentar tirar essas células inflamatórias, o que causa o infarto.” Ele explica que, enquanto o LDL (o colesterol “ruim”) aumenta a quantidade dessas plaquetas — o que causa um “engarrafamento” ainda maior no vaso sanguíneo —, o HDL age como um anti-inflamatório, reduzindo a oxidação do LDL e parte da trombogênese.
Daniel Branco de Araújo, diretor do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), diz que a dúvida sobre qual o melhor momento para receitar estatina a pacientes infartados já vem de muito tempo. “Já tínhamos a ideia de que o início imediato melhora os resultados, mas ainda faltavam pesquisas como essa para confirmar”, reforça. Contudo, ele acredita que esse é apenas o primeiro passo em direção à uma mudança efetiva no tratamento.
“É um estudo que precisa ser feito a longo prazo. Não sabemos se vai mudar a mortalidade dos pacientes, mas é importante para a gente ajustar a conduta em relação a isso.” O médico frisa que o “colesterol bom” tem ainda uma função restauradora das células envolvidas. “A dúvida que tínhamos era se prescrever medicamentos para diminuir o colesterol seria bom para o paciente, já que, depois do infarto, há o ‘machucado’ que precisa ser reparado”, detalha. “Com a pesquisa, vimos que isso não acontece.”
Um dos diretores da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Carlos Magalhães explica que, embora ainda iniciais, os estudos feitos pela Unicamp representam novos caminhos para as pesquisas em cardiologia. “A coisa mais importante do primeiro estudo foi ter sido feito com pacientes não diabéticos”, completa. Para o médico, a análise sobre o colesterol embasa a necessidade de manter medicamentos que melhorem a inflamação endotelial e a atividade vascular. “A estatina é um remédio que precisa ser usado a vida toda, mas algumas pessoas não tomam. Os vasos sanguíneos não relaxam e há o aumento da produção de óxido nítrico”, justifica. “Um dos grandes desafios é descobrir como aumentar o HDL. É um problema que ainda não tem um tratamento definitivo.”
Suprimento interrrompido
No infarto do miocárdio, há a interrupção do suprimento de sangue ocasionada por uma obstrução da artéria. A falta de irrigação sanguínea faz com que a região do músculo cardíaco que costumava ser atendida por essa artéria morra. Além da dor, acontece a instabilidade do sistema de transmissão e de geração de impulsos elétricos que fazem o coração bater, que podem ocasionar a fibrilação ventricular (arritmia cardíaca grave em que há contrações ventriculares rápidas, porém fracas). Se o ritmo dos batimentos não for revertido rapidamente, podem ocorrer danos irreparáveis ao cérebro ou a morte do paciente.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/12/15/interna_ciencia_saude,282984/cientistas-brasileiros-defendem-novo-metodo-para-o-uso-de-estatinas.shtml
Andrei Sposito, cardiologista e professor da Unicamp que liderou os estudos, explica que cerca de 50% das pessoas infartadas não conseguem ser atendidas. Dos pacientes que chegam ao hospital, até 15% morrem. “Mesmo depois que recebem alta, uma grande parte deles vai ter outro infarto nos primeiros dois anos”, completa o médico. “É uma doença que hoje mata mais que câncer ou infecções.” Sposito frisa que praticar atividade física e manter hábitos saudáveis, como não fumar e ter uma alimentação balanceada, ainda são atitudes essenciais para prevenir o infarto. Quando ele ocorre, contudo, um dos principais desafios da medicina é saber o que fazer quando o paciente chega ao hospital — e como evitar que ele sofra novas complicações.
Para tentar responder a essas perguntas e aliviar os sintomas do infarto, o grupo de pesquisadores focou, em um primeiro momento, nas doses de estatina — capaz de diminuir em 1% a 2% o risco anual de infarto em pacientes crônicos, uma vez que, além de reduzir o colesterol, também diminui a formação de trombos e a atividade inflamatória do coração. De acordo com os estudos existentes até então, acreditava-se que o tratamento com o remédio deveria começar em até 12 horas após o início dos sintomas. Sabe-se, contudo, que é nas primeiras 24 horas que a atividade inflamatória tem seu ápice — e um tratamento tardio pode significar sequelas sérias, como a cicatrização irreversível do músculo cardíaco.
Os pesquisadores resolveram, então, refazer os estudos com 125 pacientes infartados. As pessoas foram divididas em quatro grupos, que receberam, respectivamente, zero, 20, 40 e 80 miligramas do remédio assim que começaram os sintomas. Os médicos descobriram, então, que o coração daqueles que receberam altas doses do medicamento quase não apresentou inflamação, enquanto os tratados sem a estatina sofreram o maior aumento da atividade inflamatória. Nos outros grupos, quanto maior foi a dose do medicamento, mais a inflamação retrocedeu. “Essa pesquisa muda a maneira com que a gente trata os pacientes infartados”, comenta Andrei Sposito. “O que os estudos anteriores não sabiam é que a maneira correta de usar a estatina é com altas doses logo que o paciente chega, e não na pré-alta.”
Estresse
Luiz Sérgio de Carvalho, um dos principais autores do segundo estudo, explica que a ideia central foi analisar como o HDL, também conhecido como o “colesterol bom”, ajuda na diminuição da glicose em pacientes infartados. Segundo o médico, após o infarto, hormônios sinalizam para o corpo que existe uma situação de estresse — e isso faz com que o nível glicêmico aumente. “No estresse agudo, logo depois que acontece o infarto, de 90% a 100% dos pacientes desenvolvem hiperglicemia”, reforça. Quando a tensão passa, o corpo volta ao normal. Partindo desse pressuposto, a equipe médica estudou 183 pacientes infartados e não diabéticos. A partir de amostras do sangue, foram medidos os níveis de glicose, colesterol total, triglicérides, HDL, proteína C reativa e insulina nas primeiras 24 horas e no quinto dia após o infarto.
Os pesquisadores descobriram, então, que aqueles pacientes com níveis de HDL alto tinham uma recuperação melhor e mais rápida, já que esse tipo de colesterol acelera a recuperação da sensibilidade à insulina e estimula a secreção do hormônio pelo pâncreas. “O infarto tem que ser entendido como se fosse uma espinha dentro do vaso sanguíneo”, compara Carvalho. “Se ela aumenta demais, explode dentro do vaso e, com isso, o material necrótico rico em espécies inflamatórias se espalha e ocasiona a trombogênese. As plaquetas vão para lá tentar tirar essas células inflamatórias, o que causa o infarto.” Ele explica que, enquanto o LDL (o colesterol “ruim”) aumenta a quantidade dessas plaquetas — o que causa um “engarrafamento” ainda maior no vaso sanguíneo —, o HDL age como um anti-inflamatório, reduzindo a oxidação do LDL e parte da trombogênese.
Daniel Branco de Araújo, diretor do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), diz que a dúvida sobre qual o melhor momento para receitar estatina a pacientes infartados já vem de muito tempo. “Já tínhamos a ideia de que o início imediato melhora os resultados, mas ainda faltavam pesquisas como essa para confirmar”, reforça. Contudo, ele acredita que esse é apenas o primeiro passo em direção à uma mudança efetiva no tratamento.
“É um estudo que precisa ser feito a longo prazo. Não sabemos se vai mudar a mortalidade dos pacientes, mas é importante para a gente ajustar a conduta em relação a isso.” O médico frisa que o “colesterol bom” tem ainda uma função restauradora das células envolvidas. “A dúvida que tínhamos era se prescrever medicamentos para diminuir o colesterol seria bom para o paciente, já que, depois do infarto, há o ‘machucado’ que precisa ser reparado”, detalha. “Com a pesquisa, vimos que isso não acontece.”
Um dos diretores da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Carlos Magalhães explica que, embora ainda iniciais, os estudos feitos pela Unicamp representam novos caminhos para as pesquisas em cardiologia. “A coisa mais importante do primeiro estudo foi ter sido feito com pacientes não diabéticos”, completa. Para o médico, a análise sobre o colesterol embasa a necessidade de manter medicamentos que melhorem a inflamação endotelial e a atividade vascular. “A estatina é um remédio que precisa ser usado a vida toda, mas algumas pessoas não tomam. Os vasos sanguíneos não relaxam e há o aumento da produção de óxido nítrico”, justifica. “Um dos grandes desafios é descobrir como aumentar o HDL. É um problema que ainda não tem um tratamento definitivo.”
Suprimento interrrompido
No infarto do miocárdio, há a interrupção do suprimento de sangue ocasionada por uma obstrução da artéria. A falta de irrigação sanguínea faz com que a região do músculo cardíaco que costumava ser atendida por essa artéria morra. Além da dor, acontece a instabilidade do sistema de transmissão e de geração de impulsos elétricos que fazem o coração bater, que podem ocasionar a fibrilação ventricular (arritmia cardíaca grave em que há contrações ventriculares rápidas, porém fracas). Se o ritmo dos batimentos não for revertido rapidamente, podem ocorrer danos irreparáveis ao cérebro ou a morte do paciente.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/12/15/interna_ciencia_saude,282984/cientistas-brasileiros-defendem-novo-metodo-para-o-uso-de-estatinas.shtml
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
HIPOTIREOIDISMO
O que é HIPOTIREOIDISMO ?
Hipotiroidismo é a condição em que a quantidade de hormônios produzidos pela tireóide, em nosso organismo, está abaixo do normal.
A diminuição da quantidade de hormônios pode ocorrer devido a uma doença tiroideana congênita, após uma inflamação da tireóide, cirurgia de tireóide, tratamento da tireóide com iodo radioativo, após tratamento medicamentoso do hipertiroidismo ou por carência severa de iodo na dieta.
Normalmente, as pessoas com hipotiroidismo leve não apresentam sintomas.
Entretanto, alguns referem uma sensação de conforto ou de bem estar após tratamento com hormônio tiroideano.
Estudos realizados em pacientes com hipotiroidismo leve mostraram que muitos deles irão apresentar hipotiroidismo mais severo no futuro.
O hipotiroidismo é causado principalmente por uma inflamação da tireóide, chamada Tireoidite de Hashimoto. Esta doença auto imune faz com que o próprio corpo ataque a sua tireóide.
O exame em familiares pode revelar indivíduos com doença tiroidiana pois essas doenças tendem a ser hereditárias.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO HIPOTIROIDISMO ?
Pessoas com hipotireoidismo leve não costumam apresentar sintomas nítidos ou os mesmos podem aparecer muito lentamente.
Com a piora do hipotireoidismo, as pessoas começam a sentir-se mais lentas, deprimidas, com frio, cansadas e perdem o interesse pelas atividades diárias.
Outros sintomas incluem pele seca, perda do brilho do cabelo, constipação, fraqueza muscular e aumento do fluxo menstrual.
O QUE CAUSA O HIPOTIROIDISMO
HIPOTIROIDISMO E O IDOSO
É muito comum a mulher, após 60 anos, desenvolver hipotiroidismo.
Os idosos, homens ou mulheres, são vulneráveis à diminuição da função tireoideana portanto, é importante o exame anual para determinação do nível do TSH após os 60 anos.
Alguns dos sinais ou sintomas comuns aos idosos, como cansaço, queda do cabelo, pele seca, constipação e perda da memória podem ser curáveis se forem relacionadas ao hipotiroidismo. Pessoas que trataram hipertirodismo quando jovens, apresentam maior chance de apresentar hipotiroidismo no futuro.
TIROIDITE PÓS PARTO
Aproximadamente 5 a 11% das mulheres após o parto apresentam a tireoidite pós parto e algumas delas podem evoluir para o hipotiroidismo, Muitos sintomas atribuídos ao período de depressão pós parto pode ser consequência do hipotireoidismo.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO ?
Como qualquer outra doença, é importante que você perceba precocemente os sintomas do hipotiroidismo. Entretanto, somente o médico pode afirmar com segurança se você tem a doença.
O seu médico pode examinar a sua história e exame físico, determinar a quantidade de hormônios da tireóide, o hormônio estimulador da tireóide (TSH) e os anti-corpos anti-tireóide no sangue.
COMO É FEITO O TRATAMENTO DO HIPOTIROIDISMO ?
O hipotiroidismo é tratado com comprimidos contendo hormônio tiroideano que a glândula não é mais capaz de produzir em quantidades suficientes
.
Desta forma, os sintomas do hipertiroidismo são corrigidos em algumas semanas, sendo que o tratamento de reposição hormonal é necessário pelo resto da vida.
No Brasil, existem vários fabricantes de hormônios tiroidianos. Alguns indivíduos podem se sentir melhor com uma marca do que com outra, portanto, é recomendável que se use sempre a mesma marca.
Alguns pacientes tomam mais ou menos comprimidos que o recomendado, buscando agilizar a cura da doença mas isso pode acarretar sinais ou sintomas de hipertiroidismo, com todas as suas conseqüências.
Você deve tomar o comprimido na dosagem exata que o seu médico recomendou.
Durante a sua vida, você pode precisar de quantidades diferentes do hormônio. Visite o seu médico regularmente para ter certeza que tudo está sob controle.
HIPOTIROIDISMO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
A dose de hormônio tireoidiano deve ser aumentada durante a gravidez, pois a mãe transfere parte do hormônio (LT4) ao feto.
Os idosos necessitam de menos hormônio, portanto, as doses devem ser ajustadas de acordo com a idade.
Outra indicação para o uso do hormônio tireoidiano é a reposição nos pacientes tratados de câncer da tireóide.Nestes pacientes, a dose necessária de hormônio tiroidiano é maior para diminuir ao máximo a concentração sanguínea do TSH.
O TSH elevado pode estimular o crescimento e a disseminação do câncer da tireóide. Para se manter sempre o TSH baixo é necessário repetir freqüentemente os exames de sangue.
FALTA OU EXCESSO DE HORMÔNIO DURANTE O TRATAMENTO DE REPOSIÇÃO
Se você estiver se tratando de uma doença que necessite a reposição hormonal e se você não estiver repondo adequadamente, os sintomas como cansaço, lentidão, sonolência, frio exagerado, dores musculares poderão surgir.
Além disso o seu nível do colesterol pode estar aumentado, aumentando o risco de obstrução das artérias.
Se você estiver consumindo uma quantidade excessiva do hormônio tireoidiano, você poderá sentir nervosismo, palpitações, insônia e tremores.
O excesso de hormônio tiroideano pode levar também a uma grande perda de cálcio do osso, aumentando o risco de fratura no futuro. (osteoporose)
Para o tratamento correto procure seu médico de confiança.
Fonte: Instituto da tireóide
http://www.indatir.org.br/a_tiroide_hipo.htm
Hipotiroidismo é a condição em que a quantidade de hormônios produzidos pela tireóide, em nosso organismo, está abaixo do normal.
A diminuição da quantidade de hormônios pode ocorrer devido a uma doença tiroideana congênita, após uma inflamação da tireóide, cirurgia de tireóide, tratamento da tireóide com iodo radioativo, após tratamento medicamentoso do hipertiroidismo ou por carência severa de iodo na dieta.
Normalmente, as pessoas com hipotiroidismo leve não apresentam sintomas.
Entretanto, alguns referem uma sensação de conforto ou de bem estar após tratamento com hormônio tiroideano.
Estudos realizados em pacientes com hipotiroidismo leve mostraram que muitos deles irão apresentar hipotiroidismo mais severo no futuro.
O hipotiroidismo é causado principalmente por uma inflamação da tireóide, chamada Tireoidite de Hashimoto. Esta doença auto imune faz com que o próprio corpo ataque a sua tireóide.
O exame em familiares pode revelar indivíduos com doença tiroidiana pois essas doenças tendem a ser hereditárias.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO HIPOTIROIDISMO ?
Pessoas com hipotireoidismo leve não costumam apresentar sintomas nítidos ou os mesmos podem aparecer muito lentamente.
Com a piora do hipotireoidismo, as pessoas começam a sentir-se mais lentas, deprimidas, com frio, cansadas e perdem o interesse pelas atividades diárias.
Outros sintomas incluem pele seca, perda do brilho do cabelo, constipação, fraqueza muscular e aumento do fluxo menstrual.
O QUE CAUSA O HIPOTIROIDISMO
HIPOTIROIDISMO E O IDOSO
É muito comum a mulher, após 60 anos, desenvolver hipotiroidismo.
Os idosos, homens ou mulheres, são vulneráveis à diminuição da função tireoideana portanto, é importante o exame anual para determinação do nível do TSH após os 60 anos.
Alguns dos sinais ou sintomas comuns aos idosos, como cansaço, queda do cabelo, pele seca, constipação e perda da memória podem ser curáveis se forem relacionadas ao hipotiroidismo. Pessoas que trataram hipertirodismo quando jovens, apresentam maior chance de apresentar hipotiroidismo no futuro.
TIROIDITE PÓS PARTO
Aproximadamente 5 a 11% das mulheres após o parto apresentam a tireoidite pós parto e algumas delas podem evoluir para o hipotiroidismo, Muitos sintomas atribuídos ao período de depressão pós parto pode ser consequência do hipotireoidismo.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO ?
Como qualquer outra doença, é importante que você perceba precocemente os sintomas do hipotiroidismo. Entretanto, somente o médico pode afirmar com segurança se você tem a doença.
O seu médico pode examinar a sua história e exame físico, determinar a quantidade de hormônios da tireóide, o hormônio estimulador da tireóide (TSH) e os anti-corpos anti-tireóide no sangue.
COMO É FEITO O TRATAMENTO DO HIPOTIROIDISMO ?
O hipotiroidismo é tratado com comprimidos contendo hormônio tiroideano que a glândula não é mais capaz de produzir em quantidades suficientes
.
Desta forma, os sintomas do hipertiroidismo são corrigidos em algumas semanas, sendo que o tratamento de reposição hormonal é necessário pelo resto da vida.
No Brasil, existem vários fabricantes de hormônios tiroidianos. Alguns indivíduos podem se sentir melhor com uma marca do que com outra, portanto, é recomendável que se use sempre a mesma marca.
Alguns pacientes tomam mais ou menos comprimidos que o recomendado, buscando agilizar a cura da doença mas isso pode acarretar sinais ou sintomas de hipertiroidismo, com todas as suas conseqüências.
Você deve tomar o comprimido na dosagem exata que o seu médico recomendou.
Durante a sua vida, você pode precisar de quantidades diferentes do hormônio. Visite o seu médico regularmente para ter certeza que tudo está sob controle.
HIPOTIROIDISMO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
A dose de hormônio tireoidiano deve ser aumentada durante a gravidez, pois a mãe transfere parte do hormônio (LT4) ao feto.
Os idosos necessitam de menos hormônio, portanto, as doses devem ser ajustadas de acordo com a idade.
Outra indicação para o uso do hormônio tireoidiano é a reposição nos pacientes tratados de câncer da tireóide.Nestes pacientes, a dose necessária de hormônio tiroidiano é maior para diminuir ao máximo a concentração sanguínea do TSH.
O TSH elevado pode estimular o crescimento e a disseminação do câncer da tireóide. Para se manter sempre o TSH baixo é necessário repetir freqüentemente os exames de sangue.
FALTA OU EXCESSO DE HORMÔNIO DURANTE O TRATAMENTO DE REPOSIÇÃO
Se você estiver se tratando de uma doença que necessite a reposição hormonal e se você não estiver repondo adequadamente, os sintomas como cansaço, lentidão, sonolência, frio exagerado, dores musculares poderão surgir.
Além disso o seu nível do colesterol pode estar aumentado, aumentando o risco de obstrução das artérias.
Se você estiver consumindo uma quantidade excessiva do hormônio tireoidiano, você poderá sentir nervosismo, palpitações, insônia e tremores.
O excesso de hormônio tiroideano pode levar também a uma grande perda de cálcio do osso, aumentando o risco de fratura no futuro. (osteoporose)
Para o tratamento correto procure seu médico de confiança.
Fonte: Instituto da tireóide
http://www.indatir.org.br/a_tiroide_hipo.htm
domingo, 4 de dezembro de 2011
Alimentos que desintoxicam o organismo
Os excessos cometidos nas festas de fim de ano acabam deixando muitas pessoas se sentindo culpadas e com vontade de promover uma limpeza geral no organismo. E, para isso, nada melhor do que fazer uma dieta de desintoxicação, que promete ajudar o corpo a eliminar substâncias nocivas, consumidas em demasia nas comemorações.
Preocupada sempre com a saúde e bem-estar dos seus consumidores, o Farmacêutico Daniel preparou 5 dicas para ajudar na sua dieta de desintoxacação. Veja abaixo:
1.Evite consumir produtos industrializados e opte pelos naturais, como frutas e verduras;
2.Couve-flor e brócolis são ricos em glucosinolatos, que aumentam a produção de enzimas que participam da limpeza do fígado;
3.Os sucos de laranja, limão, as nozes, castanhas do Pará e amêndoas são alimentos que ajudam a combater os radicais livres;
4.A bebida alcoólica provoca a desidratação e a perda de potássio, portanto é importante beber água de coco, sucos e água;
5.A coca-cola, café e mate têm efeito diurético e desidratam mais, então evite bebidas que possuem cafeína em sua composição.
Importante:
A prática de atividade física também é essencial para o processo de desintoxicação, lembrando que é importante voltar à prática esportiva aos poucos depois de certo tempo parada.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!!
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Medicamentos exigem cuidados no armazenamento
Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente.
, não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro.
"Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico".
Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar".
Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão".
A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".
Este pó é para o resfriado. As gotas são para a dor de barriga provocada pelo pó e . ...
e a pomada é para a coceira provocada pelas gotas...
Um jovem ficou com dor de garganta. Foi ao médico, que receitou penicilina para a inflamação. A dor de garganta desapareceu. Três dias depois, no entanto, ficou com coceira e vergões vermelhos em todo o corpo. Um médico diagnosticou corretamente uma alergia à penicilina e receitou anti-histamínicos. A alergia desapareceu.
Os anti-histamínicos fizeram o jovem ficar sonolento e ele cortou a mão no trabalho. A enfermeira da empresa colocou pomada antibacteriana no ferimento. A pomada tinha penicilina e a alergia voltou. Achando que havia a possibilidade de uma grave reação anafilática, já que a alergia acontecia pela segunda vez, o médico receitou cortisona. A alergia desapareceu de novo.
Infelizmente, o paciente ficou com dores abdominais e reparou que suas fezes continham sangue. O diagnóstico foi hemorragia por úlcera péptica, causada pela cortisona. Não foi possível controlar a hemorragia por métodos normais e o próximo passo foi uma gastrectomia parcial (retirada cirúrgica de parte do estômago). A operação foi um sucesso. As dores desapareceram e a hemorragia acabou.
O paciente perdeu tanto sangue com as hemorragias e a cirurgia, que foi indicada uma transfusão. Tomou um litro de sangue e logo contraiu hepatite, em decorrência da transfusão. Jovem e cheio de energia, recuperou-se da hepatite. No entanto, no local da transfusão, apareceu um inchaço vermelho e doloroso, indicando uma provável infecção.
Como já havia o problema anterior com a penicilina, o medicamento usado foi a tetraciclina. A infecção melhorou imediatamente. A flora intestinal foi afetada pela tetraciclina e apareceram espasmos abdominais dolorosos e uma diarréia muito forte. O paciente recebeu um antiespasmódico e, tanto a diarréia quanto os espasmos, desapareceram.
Infelizmente, esse medicamento era da fórmula da beladona, um sedativo que contém atropina, que alivia espasmos e dilata a pupila. Esse efeito prejudicou a visão do rapaz, que bateu com o carro numa árvore e morreu instantaneamente. Esta é uma história verdadeira
Fonte: Artigo do Dr. Leonard Tishkin, em The Myth of Modern Medicine ( O Mito da Medicina Moderna ).
Possíveis Interações Medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília-SP.
Resumo
A terapêutica atual pode envolver muitos medicamentos e é comum a prescrição de dois ou mais fármacos para um mesmo indivíduo. Durante ou após o tratamento estes medicamentos acabam se acumulando nas residências, aliado a esse fator está a facilidade na aquisição de novos medicamentos de venda livre, que acabam se tornando verdadeiros arsenais, podendo incorrer em interações medicamentosas se utilizados concomitantemente ou se associados ao álcool. Assim, nosso objetivo é demonstrar as possíveis interações medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília. Para tal, foram aplicados questionários semi estruturados com informações relacionadas ao objetivo do estudo em 150 residências, no período de março a julho de 2006 . Como resultado, 98% das residências possuíam algum tipo de medicamento, que se utilizados simultaneamente poderiam resultar em 98 possíveis interações, mais de 50% destas IM ocorreram nos domicílios com mais de 6 fármacos. Das interações envolvendo medicamento x medicamento 65,71% foram frutos de prescrição médica, já as possíveis interações envolvendo álcool, 54,3% proveniente da automedicação.
. Concluímos que a falta de informação da população pode provocar varias interações medicamentosas e considerando que muitos medicamentos são considerados um bem para muitos pacientes e que muitas vezes estes não se desfazem dos mesmos, a grande quantidade destes medicamentos nas residências, favorecem potencialmente as interações medicamentosas.
CONCLUSÃO
Os hábitos de vida da população, aliado à falta de informação sobre a farmacoterapia e sobre o medicamento em si, bem como o acúmulo destes nas residências, são apontados por este trabalho como variáveis significativas na ocorrência de possíveis IM, podendo resultar na alteração da ação terapêutica da terapia proposta, tornando-se um risco permanente para a saúde dos usuários. Orientar o usuário e desenvolver ações educativas sobre medicamentos, é um desafio para os novos profissionais de saúde.
Fonte: Elias Fernando Daniel, submetida a publicação,Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009
Confira o artigo na integra, disponivel em:
http://www.abf.org.br/pdf/2009/RBF_R1_2009/pag_54a58_193_ocorrencia_interacoes.pdf
Histórias que inspiram Homens e mulheres que marcaram a sua geração e até hoje são inspiração
Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou.
Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi.
Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi.
No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz.
Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar.
Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s.
Alguns de seus ensinamentos:
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. ’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter."
"Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor”.
“Todos os homens são iguais”
"O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons."
"Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”.
"Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor.”Foram as últimas palavras de Martin Luther King."Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma". -D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr
A união faz a força
Fico agradecido pela sua presença no meu blog. Espero que gostem dos informativos e textos. Semanalmente estarei apresentando temas diferentes a respeito da prática profissional farmacêutica. Se quiserem algum material ou outras informações, basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail.
Em breve também abrirei espaço para discussão de casos sobre o mercado Farmacêutico e também questões de interesse publico
Grato pela atenção, e por favor, ajude-nos a divulgar este blog.
Elias Fernando Daniel
Farmacêutico CRF-SP
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- Farmacêutico Industrial, Atua na logistica de Medicamentos e como farmacêutico Voluntário no Abrigo a Idosos Reverendo Guilherme Rodrigues