Todos os medicamentos e produtos de saúde devem ser transportados em condições ideais de temperatura para que seu princípio ativo não sofra alterações, comprometendo, posteriormente, a efetividade do fármaco.
Em um País com variações de temperatura como o Brasil, o transporte de medicamentos é um desafio para transportadoras, distribuidoras e farmacêuticos. O primeiro passo para garantir a integridade dos produtos de saúde, como material para diagnósticos, medicamentos e vacinas, é o cuidado com as embalagens térmicas em que a carga é armazenada. Tal prática reflete um compromisso com a indústria que fabrica o medicamento e com o usuário que precisa confiar na integridade e eficácia do fármaco.
Esse é meu trabalho, relatado resumidamente, como farmacêutica supervisora de uma empresa especializada em qualificação de embalagens térmicas. No ramo há quatro anos, sou uma das responsáveis pelos processos de qualificação e manutenção térmica de embalagens. A diretoria comercial ressalta que “devemos falar a mesma língua do mercado de trabalho. Como trabalhamos com indústrias farmacêuticas, nada melhor do que a presença de uma profissional dessa área”.
Estudos de Qualificação Térmica
A qualificação térmica do transporte de produtos perecíveis tem por objetivo principal fornecer dados técnicos que comprovem o desempenho térmico de determinada embalagem destinada aos despachos de produtos perecíveis. Somente por meio dos estudos de qualificação é possível estabelecer um padrão de qualidade que supra às necessidades de toda a cadeia fria do medicamento e a preservação de suas características. Cadeia fria é um sistema de conservação, manejo, transporte e distribuição dos medicamentos perecíveis, desde sua saída do laboratório fabricante até o cliente final, tendo assegurada sua conservação em temperatura ideal. A cadeia fria assegura a manutenção da qualidade do medicamento, bem como a eficácia, a estabilidade e as características físicoquímicas pertinentes ao mesmo. Além de orientar a climatização das cargas que são transportadas nacionalmente, tenho recebido o suporte necessário para desenvolver estudos sobre o desenvolvimento de embalagens térmicas.
Esses estudos procuram analisar o comportamento de cada carga em situações diferentes, como altas variações de temperatura, além de mostrar a quantidade de gelo (próprio para este fim) necessária para cada embalagem. O estudo envolve testes, como descrito a seguir:
• Carga em campo
A simulação é realizada com um pequeno lote de medicamentos, em suas devidas embalagens térmicas, percorrendo o trajeto traçado.
• Câmaras climatizadas e estufa
O procedimento é efetuado dentro do laboratório. Esses estudos auxiliam a indústria farmacêutica a fazer o transporte dessa carga, considerando a temperatura ideal para cada produto transportado.
Ao final dos estudos é redigido um relatório com as especificidades de cada carga, como as variações de temperatura e o tempo que ela pode suportar com a quantidade de gelo ideal. A partir desse ponto, é efetuado contato com o farmacêutico da empresa-cliente e explicada toda a qualificação do processo, e ocorre um alinhamento de informações para concluir o projeto. A qualificação térmica é realizada em total parceria com os clientes para que possam ser traçados e definidos parâmetros ideais e documentados para cada tipo de embalagem e transporte.
Devida à falta de normatização por parte dos órgãos competentes, os procedimentos adotados pela empresa tornaram-se referência nos desenvolvimentos e qualificações de embalagens térmicas, apresentando soluções eficientes e abordando diferentes parâmetros para a realização destes estudos.
Essa preocupação de manter os produtos sob níveis de temperatura ideais ainda parece ser novidade no Brasil, mas essa tendência está mudando. As empresas estão mais preocupadas em qualificar a embalagem térmica para o transporte.
Houve uma consolidação do mercado, pois, cada vez mais, há problemas para atingir a climatização ideal para os produtos transportados. E o farmacêutico é o único profissional habilitado e que pode agregar conhecimento a esse tipo de atividade.
Fonte: Liana Papapietro G. Montemor é Supervisora Técnica da Polar Ténica, formada pela Universidade Anhembi-Morumbi em Farmácia Industrial com ênfase em Cosmetologia e pós-graduação em Cosmetologia pela Faculdades Oswaldo Cruz.
O Blog visa divulgar informações importantes, assuntos polêmicos, legislações que influenciam o varejo farmacêutico e cuidados referente a utilização de medicamentos.
domingo, 30 de maio de 2010
POR QUE NÃO HÁ UMA BIG FARMA BRASILEIRA?
As Bigs são empresas de ação global. Nos Estados Unidos costumam pertencer a cidadãos comuns e fundos de pensão ou de investimento, beneficiários de rendimentos sobre valor de suas ações e lucros das empresas. Na Ásia, ao Estado, grupos privados, empreendedores autônomos. Na Europa, a famílias, grupos privados, Estado, fundos de pensão ou de investimento.
Não importa o modelo. O fato é que são indústrias, comércio e serviços com atuação mundial. Atuação mundial não somente nos aspectos comerciais. Atuação mundial em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Na área farmacêutica, representam alguns bilhões de dólares em pesquisas científicas nas mais diversas áreas associadas à saúde e medicina. Com um diferencial: além da importância financeira, econômica, uma Big farma traz independência para o país que a tem, num setor absolutamente estratégico. Nenhum país desenvolvido abre mão de ter sua Big farma.
O Brasil tem sua Big de cerveja e refrigerantes. Tem também em petróleo, minério. Talvez se possa dizer que tem de cimento, laranja processada, soja, carne. De fármacos e medicamentos, não. É curioso que não tenha, sobretudo quando se sabe das faltas e deficiências que o país apresenta na pesquisa, desenvolvimento e inovação de fármacos e medicamentos. Um país curioso, com 200 milhões de habitantes que não produz insulina, medicamento essencial para a doença que, ao lado da hipertensão, mais mata no mundo.
Dois exemplos simples. A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, VIGITEL, do Ministério as Saúde, diz: mais de 6,2 milhões de pessoas no Brasil acima de 18 anos declaram-se diabéticas. A coordenadoria de Política Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde acredita que esse número está bem abaixo da realidade, por falta de controle, acompanhamento e diagnóstico. Também nada fazemos com o plasma do sangue humano, depois que separamos os elementos que serão usados nas transfusões, jogando toneladas no lixo, quando poderiam ser medicamentos vitais aos brasileiros, na produção de biofármacos - 100% importados.
No entendimento dos órgãos financiadores do Brasil, cito em especial o BNDES, para haver uma Big Farma, o mais importante são paredes, patrimônio físico e o volume de recursos que a empresa venha a operar. Qualquer banqueiro dirá que é assim mesmo. Mas o BNDES é parte da política industrial brasileira que previa o setor de fármacos e medicamentos com um dos 4 pilares de projeção no mercado interno e de expansão global. O BNDES é um dos representantes oficiais da realização da Lei de Inovação.
Para o setor de fármacos e medicamentos, uma Big farma só se faria com a inclusão de inovação tecnológica e um programa de pesquisa que permita criar medicamentos novos para oferecer ao país e ao mundo. E até aqui não se estaria fazendo nada de novo, apenas tentando correr atrás do bonde, que há muito não é bonde: é trem bala. Se o país quer dotar seus 4 pilares e formadores de futuro de oportunidades globais, a hora é essa, agora, já. Não há, neste momento, alternativas visíveis para que venhamos ter uma Big Farma. As soluções que o mercado encontrou até aqui são, simplesmente, comerciais, produtos de balcão, agrupados aos montes e misturados a cosméticos, alimentos e produtos de limpeza. Se for isso que interessa e é gestado nas mentes que decidem, então ficamos por aqui.
O BNDES tentou juntar grandes empresas nacionais para criar a Big Farma. Até agora não funcionou. Por que não? Primeiro: para haver uma fusão inteligente é preciso primeiro saber se há possibilidades emocionais. Todas as grandes empresas nacionais farmacêuticas são familiares. Segundo: é necessário complementaridade de portfólio de produtos (existem pouquíssimas possibilidades nessa segunda possibilidade no Brasil - e na primeira praticamente não há).
Uma questão a mais é que o Brasil não definiu seu programa de Estado para a área de pesquisa em geral e de fármacos em particular - apesar do esforço, em especial, do Ministério da Saúde e, em particular, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Por que o Brasil ainda não tem um programa de Estado para pesquisa em geral e fármacos em particular, se o Ministério da Saúde se empenha em ver resultados aí? Não vamos pensar que faz parte dos mistérios insondáveis, não, que é mera fantasia.
Do lado da parte decisiva para proporcionar financiamento, ainda falta entender em que estágio estão a sociedade e a economia do mundo e atentar para algo bem simples: a formação de riquezas e acumulação de capital, hoje em dia, são formadas por informação e conhecimento aplicado. Enquanto outros países tratam pesquisa e conhecimento como questões de defesa e segurança, o Brasil empresta dinheiro e financia produção de automóveis. Isto é, pensa imediatamente local, sem nenhum plano de médio e longo prazo. O trem bala da história há muito já saiu da estação, Brasil.
Fonte: Josimar Henrique é Presidente da Hebron Farmacêutica - www.hebron.com.br e do Conselho da ALANAC - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais - www.alanac.org.br. E-mail:presidencia@hebron.com.br
Não importa o modelo. O fato é que são indústrias, comércio e serviços com atuação mundial. Atuação mundial não somente nos aspectos comerciais. Atuação mundial em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Na área farmacêutica, representam alguns bilhões de dólares em pesquisas científicas nas mais diversas áreas associadas à saúde e medicina. Com um diferencial: além da importância financeira, econômica, uma Big farma traz independência para o país que a tem, num setor absolutamente estratégico. Nenhum país desenvolvido abre mão de ter sua Big farma.
O Brasil tem sua Big de cerveja e refrigerantes. Tem também em petróleo, minério. Talvez se possa dizer que tem de cimento, laranja processada, soja, carne. De fármacos e medicamentos, não. É curioso que não tenha, sobretudo quando se sabe das faltas e deficiências que o país apresenta na pesquisa, desenvolvimento e inovação de fármacos e medicamentos. Um país curioso, com 200 milhões de habitantes que não produz insulina, medicamento essencial para a doença que, ao lado da hipertensão, mais mata no mundo.
Dois exemplos simples. A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, VIGITEL, do Ministério as Saúde, diz: mais de 6,2 milhões de pessoas no Brasil acima de 18 anos declaram-se diabéticas. A coordenadoria de Política Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde acredita que esse número está bem abaixo da realidade, por falta de controle, acompanhamento e diagnóstico. Também nada fazemos com o plasma do sangue humano, depois que separamos os elementos que serão usados nas transfusões, jogando toneladas no lixo, quando poderiam ser medicamentos vitais aos brasileiros, na produção de biofármacos - 100% importados.
No entendimento dos órgãos financiadores do Brasil, cito em especial o BNDES, para haver uma Big Farma, o mais importante são paredes, patrimônio físico e o volume de recursos que a empresa venha a operar. Qualquer banqueiro dirá que é assim mesmo. Mas o BNDES é parte da política industrial brasileira que previa o setor de fármacos e medicamentos com um dos 4 pilares de projeção no mercado interno e de expansão global. O BNDES é um dos representantes oficiais da realização da Lei de Inovação.
Para o setor de fármacos e medicamentos, uma Big farma só se faria com a inclusão de inovação tecnológica e um programa de pesquisa que permita criar medicamentos novos para oferecer ao país e ao mundo. E até aqui não se estaria fazendo nada de novo, apenas tentando correr atrás do bonde, que há muito não é bonde: é trem bala. Se o país quer dotar seus 4 pilares e formadores de futuro de oportunidades globais, a hora é essa, agora, já. Não há, neste momento, alternativas visíveis para que venhamos ter uma Big Farma. As soluções que o mercado encontrou até aqui são, simplesmente, comerciais, produtos de balcão, agrupados aos montes e misturados a cosméticos, alimentos e produtos de limpeza. Se for isso que interessa e é gestado nas mentes que decidem, então ficamos por aqui.
O BNDES tentou juntar grandes empresas nacionais para criar a Big Farma. Até agora não funcionou. Por que não? Primeiro: para haver uma fusão inteligente é preciso primeiro saber se há possibilidades emocionais. Todas as grandes empresas nacionais farmacêuticas são familiares. Segundo: é necessário complementaridade de portfólio de produtos (existem pouquíssimas possibilidades nessa segunda possibilidade no Brasil - e na primeira praticamente não há).
Uma questão a mais é que o Brasil não definiu seu programa de Estado para a área de pesquisa em geral e de fármacos em particular - apesar do esforço, em especial, do Ministério da Saúde e, em particular, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Por que o Brasil ainda não tem um programa de Estado para pesquisa em geral e fármacos em particular, se o Ministério da Saúde se empenha em ver resultados aí? Não vamos pensar que faz parte dos mistérios insondáveis, não, que é mera fantasia.
Do lado da parte decisiva para proporcionar financiamento, ainda falta entender em que estágio estão a sociedade e a economia do mundo e atentar para algo bem simples: a formação de riquezas e acumulação de capital, hoje em dia, são formadas por informação e conhecimento aplicado. Enquanto outros países tratam pesquisa e conhecimento como questões de defesa e segurança, o Brasil empresta dinheiro e financia produção de automóveis. Isto é, pensa imediatamente local, sem nenhum plano de médio e longo prazo. O trem bala da história há muito já saiu da estação, Brasil.
Fonte: Josimar Henrique é Presidente da Hebron Farmacêutica - www.hebron.com.br e do Conselho da ALANAC - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais - www.alanac.org.br. E-mail:presidencia@hebron.com.br
SP PRECISA DE 20 VOLUNTÁRIAS PARA TESTAR NOVO TRATAMENTO CONTRA CÂNCER DE MAMA
Estudo sugere nova droga e nova forma de aplicação de quimioterapia
O hospital estadual Pérola Byington, da Secretaria de Estado da Saúde (SP), está precisando de mais 20 voluntárias para participar de estudo internacional desenvolvido em vários continentes para testar uma nova droga contra o câncer de mama. Doze pacientes em tratamento no hospital já estão participando da pesquisa.
O estudo prevê também uma forma mais racional de aplicação da quimioterapia em mulher com câncer de mama em estágio avançado. O tratamento é realizado por meio de uma injeção subcutânea, aplicada no braço. A vantagem desta nova droga seria seu curto tempo de aplicação, entre dois e cinco minutos, e a diminuição dos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico.
“Esta nova forma de tratamento está sendo estudada em mulheres com câncer de mama avançado. Além da diminuição dos efeitos colaterais, com a nova droga o tumor é reduzido antes da realização da cirurgia. Com isso, evitamos a retirada completa da mama”, afirma o médico Roberto Hegg, responsável pela pesquisa.
Atualmente, o tratamento de quimioterapia contra o câncer de mama leva de três a seis horas para ser aplicado. É dolorido e causa muito incômodo à paciente.
As mulheres interessadas em participar do estudo devem procurar o próprio hospital. Devem ter câncer de mama em estágio avançado e ainda não ter iniciado nenhum tipo de tratamento. Mais informações podem ser obtidas através do telefone 11 3248 8145. O estudo deve terminar no primeiro semestre de 2011.
Fonte: SNIFBrasil
O hospital estadual Pérola Byington, da Secretaria de Estado da Saúde (SP), está precisando de mais 20 voluntárias para participar de estudo internacional desenvolvido em vários continentes para testar uma nova droga contra o câncer de mama. Doze pacientes em tratamento no hospital já estão participando da pesquisa.
O estudo prevê também uma forma mais racional de aplicação da quimioterapia em mulher com câncer de mama em estágio avançado. O tratamento é realizado por meio de uma injeção subcutânea, aplicada no braço. A vantagem desta nova droga seria seu curto tempo de aplicação, entre dois e cinco minutos, e a diminuição dos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico.
“Esta nova forma de tratamento está sendo estudada em mulheres com câncer de mama avançado. Além da diminuição dos efeitos colaterais, com a nova droga o tumor é reduzido antes da realização da cirurgia. Com isso, evitamos a retirada completa da mama”, afirma o médico Roberto Hegg, responsável pela pesquisa.
Atualmente, o tratamento de quimioterapia contra o câncer de mama leva de três a seis horas para ser aplicado. É dolorido e causa muito incômodo à paciente.
As mulheres interessadas em participar do estudo devem procurar o próprio hospital. Devem ter câncer de mama em estágio avançado e ainda não ter iniciado nenhum tipo de tratamento. Mais informações podem ser obtidas através do telefone 11 3248 8145. O estudo deve terminar no primeiro semestre de 2011.
Fonte: SNIFBrasil
EXERCÍCIOS PARA MEMÓRIA EVITAM DOENÇA DE ALZHEIMER
Pesquisas revelam que mais de 1 milhão de brasileiros sofrem de Alzheimer, uma doença degenerativa que causa déficit de memória e é associada a outras deficiências na fala, pensamento e raciocínio. Como não se sabe o que causa a doença, não há prevenção e nem medicamentos que combatam o aparecimento do problema.
Contudo, especialistas da saúde recomendam manter uma vida saudável e ativa para que o cérebro continue em atividade permanente. O mais indicado é que pessoas com mais de 50 anos pratiquem esportes, leiam livros e assistam a filmes regularmente. Atividades sociais também devem fazer parte do cotidiano.
Exercitar a região do cérebro responsável pela memória é a melhor arma contra a doença de Alzheimer, e pode ser realizada através de atividades simples, como dançar e praticar exercícios que condicionem a pessoa a relembrar determinadas coisas ou situações. Os pesquisadores explicam que quando dançam, os idosos fazem um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e mostram concentração acima do normal para não invadirem o espaço do parceiro. Além disso, se lembram de experiências e sensações vividas no passado quando a música os remete à juventude.
A Uati (Universidade Aberta da Terceira Idade) da Universidade Guarulhos (UnG), na Grande São Paulo, oferece diversas atividades com a finalidade de proporcionar uma vida mais saudável e equilibrada para o idoso. As aulas de dança e as oficinas da memória são dedicadas especialmente para quem deseja evitar a doença de Alzheimer, além das diversas disciplinas oferecidas, como gastronomia, informática, direito e massoterapia, entre outras.
A partir do dia 01 de junho, a Uati-UnG abre inscrições para cursos nas cidades de Guarulhos e Itaquaquecetuba, que serão ministrados no próximo semestre.
Fonte: SNIFBrasil
Contudo, especialistas da saúde recomendam manter uma vida saudável e ativa para que o cérebro continue em atividade permanente. O mais indicado é que pessoas com mais de 50 anos pratiquem esportes, leiam livros e assistam a filmes regularmente. Atividades sociais também devem fazer parte do cotidiano.
Exercitar a região do cérebro responsável pela memória é a melhor arma contra a doença de Alzheimer, e pode ser realizada através de atividades simples, como dançar e praticar exercícios que condicionem a pessoa a relembrar determinadas coisas ou situações. Os pesquisadores explicam que quando dançam, os idosos fazem um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e mostram concentração acima do normal para não invadirem o espaço do parceiro. Além disso, se lembram de experiências e sensações vividas no passado quando a música os remete à juventude.
A Uati (Universidade Aberta da Terceira Idade) da Universidade Guarulhos (UnG), na Grande São Paulo, oferece diversas atividades com a finalidade de proporcionar uma vida mais saudável e equilibrada para o idoso. As aulas de dança e as oficinas da memória são dedicadas especialmente para quem deseja evitar a doença de Alzheimer, além das diversas disciplinas oferecidas, como gastronomia, informática, direito e massoterapia, entre outras.
A partir do dia 01 de junho, a Uati-UnG abre inscrições para cursos nas cidades de Guarulhos e Itaquaquecetuba, que serão ministrados no próximo semestre.
Fonte: SNIFBrasil
sábado, 29 de maio de 2010
Deixar de escovar dentes 2 vezes por dia aumenta risco de doenças cardíacas
Pesquisa britânica afirma que má higiene dental aumenta em 70% chances de doenças
Pessoas que não escovam os dentes ao menos duas vezes por dia aumentam em 70% as chances de ter doenças cardíacas, de acordo com um estudo da University College London, publicado na última edição da revista especializada British Medical Journal.
O estudo feito nos últimos oito anos com mais de 11 mil adultos da Escócia confirmou pesquisas anteriores que associavam doenças na gengiva a problemas cardíacos.
Já se sabia que inflamações na boca e nas gengivas têm um papel importante no entupimento de artérias, um dos fatores que levam a doenças cardíacas.
No entanto, esta foi a primeira vez que se confirmou que a frequência da escovação tem influência no risco de doenças cardíacas.
Os participantes do estudo deram informações sobre seus hábitos de higiene oral, bem como se fumavam, faziam atividades físicas e visitas frequentes ao dentista.
Histórico
Além disso, também foram coletadas amostras de sangue e informações sobre o histórico de cada paciente e de doenças cardíacas na família.
Ao todo, seis em cada dez pessoas afirmaram ir ao dentista uma vez a cada seis meses, e sete em dez afirmaram escovar os dentes duas vezes por dia.
Ao longo dos oito anos de pesquisa foram registrados 555 "eventos cardiovasculares", como infartes, dos quais 170 foram fatais.
Levando em conta fatores que aumentam o risco de doenças cardíacas, como classe social, obesidade, fumo e histórico familiar, os pesquisadores descobriram que aqueles que escovam os dentes duas vezes por dia correm menos riscos.
A pesquisa foi coordenada por Richard Watt, da University College London. Ele afirma que ainda são necessários mais estudos para verificar se a relação entre higiene oral e doenças cardiovasculares é "causal ou meramente um marcador de risco".
O assessor científico da Associação Dentária Britânica, Damien Walmsley, afirmou que ainda não está claro se existe uma relação definitiva de causa e efeito entre higiene oral e doenças cardíacas.
"Qualquer que seja a posição verdadeira, pode-se dizer com certeza que se as pessoas escovarem os dentes duas vezes por dia com pasta de dente com flúor, visitar o dentista regularmente e restringir o consumo de doces à hora da refeição, vai ajudar muito a manter as gengivas e dentes em bom estado por toda a vida." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Estadão.com.br
Pessoas que não escovam os dentes ao menos duas vezes por dia aumentam em 70% as chances de ter doenças cardíacas, de acordo com um estudo da University College London, publicado na última edição da revista especializada British Medical Journal.
O estudo feito nos últimos oito anos com mais de 11 mil adultos da Escócia confirmou pesquisas anteriores que associavam doenças na gengiva a problemas cardíacos.
Já se sabia que inflamações na boca e nas gengivas têm um papel importante no entupimento de artérias, um dos fatores que levam a doenças cardíacas.
No entanto, esta foi a primeira vez que se confirmou que a frequência da escovação tem influência no risco de doenças cardíacas.
Os participantes do estudo deram informações sobre seus hábitos de higiene oral, bem como se fumavam, faziam atividades físicas e visitas frequentes ao dentista.
Histórico
Além disso, também foram coletadas amostras de sangue e informações sobre o histórico de cada paciente e de doenças cardíacas na família.
Ao todo, seis em cada dez pessoas afirmaram ir ao dentista uma vez a cada seis meses, e sete em dez afirmaram escovar os dentes duas vezes por dia.
Ao longo dos oito anos de pesquisa foram registrados 555 "eventos cardiovasculares", como infartes, dos quais 170 foram fatais.
Levando em conta fatores que aumentam o risco de doenças cardíacas, como classe social, obesidade, fumo e histórico familiar, os pesquisadores descobriram que aqueles que escovam os dentes duas vezes por dia correm menos riscos.
A pesquisa foi coordenada por Richard Watt, da University College London. Ele afirma que ainda são necessários mais estudos para verificar se a relação entre higiene oral e doenças cardiovasculares é "causal ou meramente um marcador de risco".
O assessor científico da Associação Dentária Britânica, Damien Walmsley, afirmou que ainda não está claro se existe uma relação definitiva de causa e efeito entre higiene oral e doenças cardíacas.
"Qualquer que seja a posição verdadeira, pode-se dizer com certeza que se as pessoas escovarem os dentes duas vezes por dia com pasta de dente com flúor, visitar o dentista regularmente e restringir o consumo de doces à hora da refeição, vai ajudar muito a manter as gengivas e dentes em bom estado por toda a vida." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Estadão.com.br
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Analgésico pode levar a "vício" psíquico
Uso abusivo de comprimidos causa danos sérios - como o efeito rebote
Somente durante o ano de 2009, os brasileiros destinaram mais de R$ 1,5 bilhão para a compra de dipirona, aspirina e ibuprofeno, alguns dos analgésicos mais vendidos em farmácias e drogarias. Segundo o IMS Helath, que acompanha o mercado farmacêutico, esse montante equivale a mais de 120 milhões de embalagens. O uso abusivo de analgésicos por brasileiros e a automedicação, que preocupavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), levaram a Agência a suspender a exposição dessas drogas nas gôndolas (RDC 44). No caso da dor de cabeça, o problema é mais grave, porque os medicamentos específicos para o incômodo, quando tomados em grande escala, às vezes apresentam efeito rebote: quanto mais a pessoa toma, mais dor tem. Uma análise de estudos publicada no "British Medical Journal" mostra que a ingestão do medicamento em 15 dias do mês já é suficiente para causar o efeito. Cerca de 7% da população tem cefaleia crônica. Este grupo, que sofre de dor mais de 15 dias ao mês, é exatamente quem está sujeito ao abuso de analgésicos. Além disso, o efeito rebote parece ser desencadeado pelo uso regular dessas drogas: tomar um comprimido todos os dias é mais arriscado do que ingerir três uma só vez por semana.
Fonte: Folha de S. Paulo - SP
Somente durante o ano de 2009, os brasileiros destinaram mais de R$ 1,5 bilhão para a compra de dipirona, aspirina e ibuprofeno, alguns dos analgésicos mais vendidos em farmácias e drogarias. Segundo o IMS Helath, que acompanha o mercado farmacêutico, esse montante equivale a mais de 120 milhões de embalagens. O uso abusivo de analgésicos por brasileiros e a automedicação, que preocupavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), levaram a Agência a suspender a exposição dessas drogas nas gôndolas (RDC 44). No caso da dor de cabeça, o problema é mais grave, porque os medicamentos específicos para o incômodo, quando tomados em grande escala, às vezes apresentam efeito rebote: quanto mais a pessoa toma, mais dor tem. Uma análise de estudos publicada no "British Medical Journal" mostra que a ingestão do medicamento em 15 dias do mês já é suficiente para causar o efeito. Cerca de 7% da população tem cefaleia crônica. Este grupo, que sofre de dor mais de 15 dias ao mês, é exatamente quem está sujeito ao abuso de analgésicos. Além disso, o efeito rebote parece ser desencadeado pelo uso regular dessas drogas: tomar um comprimido todos os dias é mais arriscado do que ingerir três uma só vez por semana.
Fonte: Folha de S. Paulo - SP
Anvisa recebe nota máxima da OMS
Trabalho brasileiro é reconhecido
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) concedeu nota máxima à atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira. Uma equipe formada por profissionais do México, Colômbia, Chile, Venezuela e Portugal, após passar uma semana conhecendo e avaliando o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), divulgou os resultados da auditoria. O processo, conhecido como pré-qualificação, reconhece a qualidade do trabalho desenvolvido pelo Brasil e amplia o mercado mundial para os produtos produzidos no País. Com o reconhecimento da Opas, a Agência pode participar dos processos licitatórios do Fundo estratégico da Organização Mundial da Saúde. Este fundo assegura um fluxo constante de medicamentos e insumos a um custo reduzido para os programas prioritários de saúde pública dos países associados. Além da Anvisa, foram avaliados o Instituto Octavio Magalhães (Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais) e a vigilância sanitária de Goiás, que representaram os estados e municípios do Sistema. Um laboratório do pólo farmoquímico de Anápolis (GO) representou os fabricantes de medicamentos. O sistema de vigilância sanitária brasileiro recebeu nível IV (o maior possível) em todos os critérios avaliados: sistema regulador, autoridade reguladora nacional (Anvisa), registro sanitário, licenciamento de produtos, vigilância de mercado, farmacovigilância, estudos clínicos, inspeção e fiscalização e laboratório nacional.
Fonte: Anvisa - DF
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) concedeu nota máxima à atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira. Uma equipe formada por profissionais do México, Colômbia, Chile, Venezuela e Portugal, após passar uma semana conhecendo e avaliando o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), divulgou os resultados da auditoria. O processo, conhecido como pré-qualificação, reconhece a qualidade do trabalho desenvolvido pelo Brasil e amplia o mercado mundial para os produtos produzidos no País. Com o reconhecimento da Opas, a Agência pode participar dos processos licitatórios do Fundo estratégico da Organização Mundial da Saúde. Este fundo assegura um fluxo constante de medicamentos e insumos a um custo reduzido para os programas prioritários de saúde pública dos países associados. Além da Anvisa, foram avaliados o Instituto Octavio Magalhães (Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais) e a vigilância sanitária de Goiás, que representaram os estados e municípios do Sistema. Um laboratório do pólo farmoquímico de Anápolis (GO) representou os fabricantes de medicamentos. O sistema de vigilância sanitária brasileiro recebeu nível IV (o maior possível) em todos os critérios avaliados: sistema regulador, autoridade reguladora nacional (Anvisa), registro sanitário, licenciamento de produtos, vigilância de mercado, farmacovigilância, estudos clínicos, inspeção e fiscalização e laboratório nacional.
Fonte: Anvisa - DF
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Prescrição farmacêutica a um passo de ser aprovada
Uma discussão acalorada em torno da prescrição farmacêutica, um dos temas mais polêmicos relacionados à profissão, movimentou, hoje (26.05.10), segundo e último dia da Plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada, em Porto Alegre. A discussão envolveu o Presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Raposo de Mello; Diretores do CFF e de várias entidades da Farmácia. Foi praticamente consensual a opinião favorável à aprovação da Consulta Pública número 01/10, do CFF, que propõe a regulamentação da prescrição de medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs). O Presidente do órgão, Jaldo de Souza Santos, previu que, na Plenária de junho, que será realizada, em São Paulo, a matéria será votada, “e aprovada”.
A Consulta Pública do CFF prevê a prescrição farmacêutica exclusivamente para os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) médica. Os farmacêuticos defendem que esse seu serviço qualificará o uso dos medicamentos isentos de prescrição médica, gerando segurança para os pacientes, vez que os protege contra possíveis interações medicamentosas, reações adversas etc.
Foi quase um consenso entre os participantes da Plenária de que a prescrição é inevitável e que os farmacêuticos não poderiam mais conviver com a “humilhação” de ser penalizados, ao indicar um MIP. Logo eles, que são as excelências em medicamentos. “A sociedade não pode deixar de contar com a prescrição farmacêutica, porque ela é um anteparo contra as reações indesejáveis provocadas pelos medicamentos”, enfatizou o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos. Souza Santos declarou que farmacêuticos de todo o País vem pressionando o CFF, no sentido de que aprovem a prescrição farmacêutica.
O Diretor-Presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, observou que os medicamentos são isentos de prescrição médica, mas não de orientação. Ele falou dos avanços conquistados no setor farmacêutico, com as normas emanadas da Agência. Citou a RDC 44/09, que resgata o sentido de saúde das farmácias e valoriza os serviços profissionais farmacêuticos, e pediu que a votação da Consulta Pública do CFF esperasse um pouco mais. Em vários países, lembrou Raposo de Mello, a prescrição farmacêutica é uma prática corriqueira, tanto nas farmácias, quanto nos hospitais.
A Diretora Secretária-Geral do CFF, Lérida Vieira, pediu a aprovação da matéria, já, e alertou que se não for garantido o direito de o farmacêutico indicar medicamentos (MIPs), nas farmácias, outros profissionais virão reivindicar esse direito. “Os farmacêuticos atuam, em estabelecimentos onde existem medicamentos isentos de prescrição médica, e não tem responsabilidades junto aos usuários desses produtos? Como pode isso? Ele tem direito, assegurado pela RDC 44/10, a um espaço privativo, nas farmácias, para poder atender o paciente, mas não pode indicar um MIP? Isso é uma contradição que só prejudica os usuários de medicamentos”, enfatizou Lérida Vieira.
O Conselheiro Federal por São Paulo, Ely Saranz Camargo, alertou que, se o Plenário do CFF não regulamentar, logo, a prescrição farmacêutica, futuramente, estará se lamentando por não ter tomado essa iniciativa que tanto ajudará a sociedade. Já a Conselheira Federal pelo Rio Grande do Norte, Lenira da Silva Costa, disse que essa discussão já está atrasada e que os farmacêuticos, que são excelências em Farmacologia, não podem ter medo de discutir o assunto e muito menos de exercer a indicação de medicamentos isentos (MIPs).
As palavras de Lenira Costa reverberaram no pronunciamento do Vice-Presidente do CFF, Walter Jorge João: “Os farmacêuticos não podem ficar medrosos diante de coisas como a prescrição. Ele deve abraçar essa causa – e já está abraçando –, e a Consulta Pública deve, sim, ser aprovada e a prescrição deve fazer parte dos serviços farmacêuticos”, defendeu Walter Jorge. Ele aproveitou para lembrar que esse tema tornou-se central nas discussões travadas, em Plenário, graças ao Presidente do órgão, Jaldo de Souza Santos.
O Diretor da Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos), Ronald Ferreira dos Santos, disse que a entidade “não é contra o CFF cumprir o seu papel de por o tema em discussão e aprovar a prescrição farmacêutica”. Mas pediu um esforço de todos para garantir a presença dos farmacêuticos, nas farmácias e drogarias, para prestar orientação ao paciente não apenas sobre os MIPs, mas sobre todos os medicamentos.
Outro representante de entidade farmacêutica, Danilo Caser, Presidente da Feifar (Federação Interestadual de Farmacêuticos), disse que tem andado por todo o País, e que os farmacêuticos reivindicam o direito de prescrição. “Trago, aqui, esta mensagem: os farmacêuticos querem ter o direito de prescrever”, sublinhou.
A Presidente da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), Maria do Carmo Garcez, manifestou o seu contentamento com o fato de as discussões acerca do assunto iniciarem-se e ganharem densidade em Plenário do CFF. Ela pediu mais qualificação profissional para que os farmacêuticos exerçam, com segurança, a indicação de medicamentos.
Fonte: CFF
Autor: Pelo jornalista Aloísio Brandão, Assessor de Imprensa do CFF
A Consulta Pública do CFF prevê a prescrição farmacêutica exclusivamente para os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) médica. Os farmacêuticos defendem que esse seu serviço qualificará o uso dos medicamentos isentos de prescrição médica, gerando segurança para os pacientes, vez que os protege contra possíveis interações medicamentosas, reações adversas etc.
Foi quase um consenso entre os participantes da Plenária de que a prescrição é inevitável e que os farmacêuticos não poderiam mais conviver com a “humilhação” de ser penalizados, ao indicar um MIP. Logo eles, que são as excelências em medicamentos. “A sociedade não pode deixar de contar com a prescrição farmacêutica, porque ela é um anteparo contra as reações indesejáveis provocadas pelos medicamentos”, enfatizou o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos. Souza Santos declarou que farmacêuticos de todo o País vem pressionando o CFF, no sentido de que aprovem a prescrição farmacêutica.
O Diretor-Presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, observou que os medicamentos são isentos de prescrição médica, mas não de orientação. Ele falou dos avanços conquistados no setor farmacêutico, com as normas emanadas da Agência. Citou a RDC 44/09, que resgata o sentido de saúde das farmácias e valoriza os serviços profissionais farmacêuticos, e pediu que a votação da Consulta Pública do CFF esperasse um pouco mais. Em vários países, lembrou Raposo de Mello, a prescrição farmacêutica é uma prática corriqueira, tanto nas farmácias, quanto nos hospitais.
A Diretora Secretária-Geral do CFF, Lérida Vieira, pediu a aprovação da matéria, já, e alertou que se não for garantido o direito de o farmacêutico indicar medicamentos (MIPs), nas farmácias, outros profissionais virão reivindicar esse direito. “Os farmacêuticos atuam, em estabelecimentos onde existem medicamentos isentos de prescrição médica, e não tem responsabilidades junto aos usuários desses produtos? Como pode isso? Ele tem direito, assegurado pela RDC 44/10, a um espaço privativo, nas farmácias, para poder atender o paciente, mas não pode indicar um MIP? Isso é uma contradição que só prejudica os usuários de medicamentos”, enfatizou Lérida Vieira.
O Conselheiro Federal por São Paulo, Ely Saranz Camargo, alertou que, se o Plenário do CFF não regulamentar, logo, a prescrição farmacêutica, futuramente, estará se lamentando por não ter tomado essa iniciativa que tanto ajudará a sociedade. Já a Conselheira Federal pelo Rio Grande do Norte, Lenira da Silva Costa, disse que essa discussão já está atrasada e que os farmacêuticos, que são excelências em Farmacologia, não podem ter medo de discutir o assunto e muito menos de exercer a indicação de medicamentos isentos (MIPs).
As palavras de Lenira Costa reverberaram no pronunciamento do Vice-Presidente do CFF, Walter Jorge João: “Os farmacêuticos não podem ficar medrosos diante de coisas como a prescrição. Ele deve abraçar essa causa – e já está abraçando –, e a Consulta Pública deve, sim, ser aprovada e a prescrição deve fazer parte dos serviços farmacêuticos”, defendeu Walter Jorge. Ele aproveitou para lembrar que esse tema tornou-se central nas discussões travadas, em Plenário, graças ao Presidente do órgão, Jaldo de Souza Santos.
O Diretor da Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos), Ronald Ferreira dos Santos, disse que a entidade “não é contra o CFF cumprir o seu papel de por o tema em discussão e aprovar a prescrição farmacêutica”. Mas pediu um esforço de todos para garantir a presença dos farmacêuticos, nas farmácias e drogarias, para prestar orientação ao paciente não apenas sobre os MIPs, mas sobre todos os medicamentos.
Outro representante de entidade farmacêutica, Danilo Caser, Presidente da Feifar (Federação Interestadual de Farmacêuticos), disse que tem andado por todo o País, e que os farmacêuticos reivindicam o direito de prescrição. “Trago, aqui, esta mensagem: os farmacêuticos querem ter o direito de prescrever”, sublinhou.
A Presidente da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), Maria do Carmo Garcez, manifestou o seu contentamento com o fato de as discussões acerca do assunto iniciarem-se e ganharem densidade em Plenário do CFF. Ela pediu mais qualificação profissional para que os farmacêuticos exerçam, com segurança, a indicação de medicamentos.
Fonte: CFF
Autor: Pelo jornalista Aloísio Brandão, Assessor de Imprensa do CFF
Paulistanos dormem cada vez menos
Pesquisa comparou médias de sono nas duas últimas décadas; consumo de remédios para dormir aumenta
Noite perdeu meia hora em 20 anos; perda é pior nos fins de semana, quando, em tese, se pode descansar mais
O paulistano está dormindo quase meia hora a menos por noite do que há 20 anos. Seu tempo médio na cama, hoje, é de sete horas e meia nos dias úteis e perto de oito horas e meia aos domingos.
A taxa dos que usam drogas para dormir em no mínimo três noites por semana subiu de 3,9% para 4,6% no período. Aqui, as mulheres são o dobro dos homens.
O estudo, que pode ser extrapolado para grandes cidades do país, mostra que a pessoa tem mais dificuldade em pegar no sono e em mantê-lo. Cresceram as queixas de despertar precoce.
"São Paulo é uma cidade "24 horas", cheia de atividades sociais e profissionais. Isso pode colaborar para a redução das horas de sono", diz o biólogo Rogério Santos-Silva, da Universidade Federal de São Paulo, um dos autores do estudo, que será publicado na "Sleep Medicine".
A empresária Deborah Sollito Ventura, 47, trocou o dia pela noite. "Comecei a levar trabalho para casa porque gosto da madrugada. Faz anos que não durmo as oito horas recomendadas", diz.
O pior é que a redução de horas de sono é maior nos fins de semana.
"Hoje, as pessoas vão ao supermercado de madrugada. Há muitas opções de baladas, bares. Ninguém sacrifica o lazer, é mais fácil sacrificar o sono", diz o pneumologista Maurício Bagnato, responsável pelo setor de medicina do sono do Hospital Sírio-Libanês.
Não é possível "recuperar" uma noite perdida, mas dormir mais no fim de semana ajuda a compensar, em parte, o deficit, dizem os autores.
Para chegar ao resultado, eles aplicaram questionários que avaliavam as queixas das pessoas em 1987, 1995 e 2007. Em cada etapa, foram ouvidos mil voluntários com idades entre 20 e 80 anos.
PROBLEMAS
A falta de sono crônica gera aumento da irritabilidade, queda na concentração e alterações no metabolismo, como maior predisposição à obesidade e ao diabetes. "A privação do sono, mesmo de poucos minutos, é suficiente para alterar todo o relógio biológico", diz Bagnato.
A pesquisa também constatou um aumento das queixas dos distúrbios de sono em geral, como ronco, insônia, pesadelos, bruxismo e sonambulismo.
"Problemas como a insônia estão muito ligados à ansiedade e as pessoas, de fato, andam mais estressadas", nota Santos-Silva.
Fonte:Folha de S. Paulo
Noite perdeu meia hora em 20 anos; perda é pior nos fins de semana, quando, em tese, se pode descansar mais
O paulistano está dormindo quase meia hora a menos por noite do que há 20 anos. Seu tempo médio na cama, hoje, é de sete horas e meia nos dias úteis e perto de oito horas e meia aos domingos.
A taxa dos que usam drogas para dormir em no mínimo três noites por semana subiu de 3,9% para 4,6% no período. Aqui, as mulheres são o dobro dos homens.
O estudo, que pode ser extrapolado para grandes cidades do país, mostra que a pessoa tem mais dificuldade em pegar no sono e em mantê-lo. Cresceram as queixas de despertar precoce.
"São Paulo é uma cidade "24 horas", cheia de atividades sociais e profissionais. Isso pode colaborar para a redução das horas de sono", diz o biólogo Rogério Santos-Silva, da Universidade Federal de São Paulo, um dos autores do estudo, que será publicado na "Sleep Medicine".
A empresária Deborah Sollito Ventura, 47, trocou o dia pela noite. "Comecei a levar trabalho para casa porque gosto da madrugada. Faz anos que não durmo as oito horas recomendadas", diz.
O pior é que a redução de horas de sono é maior nos fins de semana.
"Hoje, as pessoas vão ao supermercado de madrugada. Há muitas opções de baladas, bares. Ninguém sacrifica o lazer, é mais fácil sacrificar o sono", diz o pneumologista Maurício Bagnato, responsável pelo setor de medicina do sono do Hospital Sírio-Libanês.
Não é possível "recuperar" uma noite perdida, mas dormir mais no fim de semana ajuda a compensar, em parte, o deficit, dizem os autores.
Para chegar ao resultado, eles aplicaram questionários que avaliavam as queixas das pessoas em 1987, 1995 e 2007. Em cada etapa, foram ouvidos mil voluntários com idades entre 20 e 80 anos.
PROBLEMAS
A falta de sono crônica gera aumento da irritabilidade, queda na concentração e alterações no metabolismo, como maior predisposição à obesidade e ao diabetes. "A privação do sono, mesmo de poucos minutos, é suficiente para alterar todo o relógio biológico", diz Bagnato.
A pesquisa também constatou um aumento das queixas dos distúrbios de sono em geral, como ronco, insônia, pesadelos, bruxismo e sonambulismo.
"Problemas como a insônia estão muito ligados à ansiedade e as pessoas, de fato, andam mais estressadas", nota Santos-Silva.
Fonte:Folha de S. Paulo
Drogarias crescem com novos formatos
SÃO PAULO - A briga entre farmácias e drogarias por espaço no mercado ganha novas estratégias. Enquanto algumas empresas do ramo lançam novos formatos para cativar o cliente, outras apostam em diversificar os produtos oferecidos. Este é o caso da Ultrafarma, que anunciou ontem a criação da "Ultrafarma Medicamentos Especiais". O objetivo será atender as necessidades de pacientes da oncologia e das pessoas que precisam de hormônios específicos, como o do crescimento. A sede do novo empreendimento estará localizada na Isaías Salomão, no bairro da Saúde, em São Paulo e a data prevista para a inauguração é o mês de maio.
"Nosso objetivo é levar conforto e praticidade àqueles que passam por dificuldades devido a uma doença ou tratamento agressivo. Vamos manter os moldes da Ultrafarma e oferecer medicamentos com valores competitivos", diz Sidney Oliveira, fundador e presidente da rede.
A Pague Menos, por sua vez, pretende ter um total de 115 lojas com áreas, denominadas Espaço VIP, exclusivas para venda de dermocosméticos e itens de perfumaria fina. Esse tipo de produto representa 10% das vendas de não-medicamentos da maior varejista do setor farmacêutico do País. "Temos hoje uma classe média ávida e carente por produtos de qualidade. A melhora da renda dos brasileiros é o fator que impulsiona a ampliação no número de Espaços VIP", diz o diretor de Expansão e Novos Negócios da Pague Menos, Carlos Henrique
A Pague Menos abre, em maio, cinco novas lojas em Minas Gerais. A Farmácias Pague Menos estará agora em Montes Claros, Contagem e Araguari. Em Belo Horizonte, duas novas lojas também entram em funcionamento. "Minas Gerais está em nossa prioridade de expansão", afirma Deusmar Queirós, presidente da rede farmacêutica. Segundo previsões da empresa, até o final do ano serão abertas pelo menos 50 novas lojas, com investimento de R$ 50 milhões.
A nova empreitada da Pague Menos serve como resposta ao avanço dos supermercados na área de farmácias. Na última segunda-feira, o Carrefour, por exemplo, anunciou um novo conceito nas farmácias da rede, com foco em beleza e bem-estar. A ideia da rede francesa é conquistar principalmente o público feminino da classe C. Cada nova Drogaria Carrefour contará com um espaço exclusivo para itens e serviços de beleza, com consultores especializados, além de uma linha de produtos com mais de 2 mil itens. Para 2010, a previsão do Carrefour é inaugurar 20 drogarias com o novo conceito, além de revitalizar 20 outras.
Para Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os investimentos dos supermercadistas para ganhar espaço não são algo temerário, pois a participação das lojas de bandeira dos supermercados ainda é pequena. "Eles ainda faturam cinco vezes menos do que os nossos associados", conta o executivo. O setor de Drogarias deve registrar crescimento próximo a 25% neste ano.
Fonte: DCI
"Nosso objetivo é levar conforto e praticidade àqueles que passam por dificuldades devido a uma doença ou tratamento agressivo. Vamos manter os moldes da Ultrafarma e oferecer medicamentos com valores competitivos", diz Sidney Oliveira, fundador e presidente da rede.
A Pague Menos, por sua vez, pretende ter um total de 115 lojas com áreas, denominadas Espaço VIP, exclusivas para venda de dermocosméticos e itens de perfumaria fina. Esse tipo de produto representa 10% das vendas de não-medicamentos da maior varejista do setor farmacêutico do País. "Temos hoje uma classe média ávida e carente por produtos de qualidade. A melhora da renda dos brasileiros é o fator que impulsiona a ampliação no número de Espaços VIP", diz o diretor de Expansão e Novos Negócios da Pague Menos, Carlos Henrique
A Pague Menos abre, em maio, cinco novas lojas em Minas Gerais. A Farmácias Pague Menos estará agora em Montes Claros, Contagem e Araguari. Em Belo Horizonte, duas novas lojas também entram em funcionamento. "Minas Gerais está em nossa prioridade de expansão", afirma Deusmar Queirós, presidente da rede farmacêutica. Segundo previsões da empresa, até o final do ano serão abertas pelo menos 50 novas lojas, com investimento de R$ 50 milhões.
A nova empreitada da Pague Menos serve como resposta ao avanço dos supermercados na área de farmácias. Na última segunda-feira, o Carrefour, por exemplo, anunciou um novo conceito nas farmácias da rede, com foco em beleza e bem-estar. A ideia da rede francesa é conquistar principalmente o público feminino da classe C. Cada nova Drogaria Carrefour contará com um espaço exclusivo para itens e serviços de beleza, com consultores especializados, além de uma linha de produtos com mais de 2 mil itens. Para 2010, a previsão do Carrefour é inaugurar 20 drogarias com o novo conceito, além de revitalizar 20 outras.
Para Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os investimentos dos supermercadistas para ganhar espaço não são algo temerário, pois a participação das lojas de bandeira dos supermercados ainda é pequena. "Eles ainda faturam cinco vezes menos do que os nossos associados", conta o executivo. O setor de Drogarias deve registrar crescimento próximo a 25% neste ano.
Fonte: DCI
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Copiar não é tão fácil quanto parece
Laboratórios nacionais levam anos e investem milhões para criar versão de drogas campeãs de venda que estão prestes a perder a patente
Nos próximos sete anos, as patentes de 25 importantes medicamentos vão expirar no Brasil. Diante da perspectiva de entrar em um mercado de R$ 2,8 bilhões, os fabricantes nacionais de genéricos projetam taxas fantásticas de crescimento. A EMS, maior fabricante nacional, espera crescer 30% em 2010 e 2011 (contra 21% no ano passado). O Aché diz que, sozinhas, suas novas drogas serão responsáveis por uma expansão de 50% até 2013. Mas, para chegar a expectativas como essas, as empresas tiveram de enfrentar um processo longo e complexo. Copiar, no caso das farmacêuticas, não é uma tarefa exatamente fácil.
"É a primeira vez que a indústria nacional tem os medicamentos prontos para lançar no dia seguinte em que a patente vence. Significa que o trabalho começou anos antes", diz Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos. "Entramos para o pelotão de elite da indústria mundial."
A EMS já tem pronta a sua versão do Viagra, medicamento para disfunção erétil da americana Pfizer cuja patente deve vencer em 20 de junho. Ao todo, a brasileira passou três anos desenvolvendo o produto e investiu R$ 20 milhões (veja quadro abaixo). A parte mais demorada do processo, que começou na análise da viabilidade comercial da cópia e passou por dezenas de testes, foi encontrar um composto que se comportasse de modo equivalente ao medicamento original.
A fórmula de um genérico não é exatamente a mesma do medicamento original. O princípio ativo da droga (no caso, o citrato de sildenafila) precisa ser igual ao do Viagra, assim como outras características, como sua concentração. O que muda são os componentes da droga que não têm efeito sobre o organismo, mas que servem para ligar ou dissolver substâncias. As quantidades dessas componentes não estão descritas na bula. Para chegar a um genérico, portanto, é preciso passar por tentativas e erros. No caso do seu Viagra, a EMS fez cerca de 20 ensaios.
O cenário desse périplo foi a sede da empresa, em Hortolândia (SP). Desde 2009, o laboratório da EMS passou a funcionar 24 horas sem parar para dar conta do trabalho extra. O Aché, que deve investir R$ 142 milhões até 2013 para copiar 15 drogas, também decifra as fórmulas de seus genéricos em casa. Prevendo o excesso de demanda, porém, o laboratório estabeleceu uma parceria com uma empresa indiana para terceirizar o serviço.
Enquanto os técnicos se ocupam com os testes em série, nos escritórios os advogados das farmacêuticas se embrenham em uma verdadeira saga para assegurar que o genérico resultante desse vai e vem não infringe nenhuma patente. Ocorre que a proteção intelectual da molécula em questão tem data certa para se encerrar - são 20 anos após o depósito da patente. O problema é que as fabricantes costumam proteger, também, o processo para se chegar ao medicamento e até mesmo o seu formato. "Os laboratórios multinacionais criam manobras para atrasar a entrada dos genéricos no mercado", diz José Ricardo Mendes da Silva, presidente do Aché.
Tome-se o caso do medicamento Lipitor, da Pfizer, para redução do colesterol. O Aché já tem pronta a sua cópia, mas ainda não sabe exatamente quando vai lançá-la (a expectativa é 2011). A patente da molécula do Lipitor vence em dezembro, mas há outras proteções que ainda pesam sobre o produto. Ao todo, há 120 patentes relacionadas ao Lipitor. Se fosse esperar pelo vencimento de todas elas, o Aché levaria mais dez anos para fabricar o genérico (a farmacêutica não informou como conseguiu contornar as restrições à cópia da droga - se por meio de caminhos alternativos para a criação da fórmula ou pela contestação jurídica das patentes).
Além do imbróglio jurídico e do científico, há, ainda, a dificuldade de vender um produto que é exatamente igual ao dos concorrentes - e são vários os concorrentes. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já emitiu o registro para sete medicamentos contendo o princípio ativo do Viagra e outros oito casos estão em análise. Com a ambição de conquistar metade do mercado de disfunção erétil até o ano que vem, a EMS trabalha em duas frentes. A primeira é um genérico tradicional e a segunda, um similar, ou genérico com marca. Sua estratégia será promovê-los entre os médicos e escolher uma faixa de preço competitiva, mas que ainda garanta margens à altura do investimento. "Estamos em fase de definição do preço e das demais estratégias", diz o vice-presidente de mercado da EMS, Waldir Eschberger Júnior. "Para começar, queremos ser os primeiros a chegar nas farmácias." Se criar um genérico não é fácil, se diferenciar nas prateleiras da farmácia, então...
O PASSO A PASSO DA EMS PARA CRIAR SUA VERSÃO DO VIAGRA
1. Análise de mercado
O laboratório comparou o volume de vendas da droga a ser liberada da patente, no caso o Viagra, e o investimento a ser realizado. A intenção era calcular se valia a pena apostar as fichas no medicamento
2. Estudo da patente
A EMS colocou seus advogados para analisar o período de proteção ao medicamento. Eles se certificaram, caso a caso, se as várias patentes que pesavam sobre o medicamento impediam ou não a sua cópia
3. Desenvolvimento do produto
Como apenas parte da fórmula era conhecida, os técnicos se envolveram em uma série de quase 20 tentativas até chegar a um remédio com comportamento equivalente ao do Viagra
4. Controle da qualidade
No chamado "desenvolvimento analítico", os técnicos criaram métodos para avaliar se o produto está dentro das especificações. Foi analisada a quantidade de princípio ativo, por exemplo
5.Testes
A nova fórmula passou pelo escrutínio dos técnicos para descobrir se seu comportamento era mesmo semelhante ao do Viagra. Os testes são realizados tanto no laboratório como em seres humanos
6. Registro
A empresa preparou um dossiê sobre o processo de criação do genérico e encaminhou para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a fim de que a comercialização do medicamento fosse aprovada
Fonte: http://www.estadao.com.br/saude/
Nos próximos sete anos, as patentes de 25 importantes medicamentos vão expirar no Brasil. Diante da perspectiva de entrar em um mercado de R$ 2,8 bilhões, os fabricantes nacionais de genéricos projetam taxas fantásticas de crescimento. A EMS, maior fabricante nacional, espera crescer 30% em 2010 e 2011 (contra 21% no ano passado). O Aché diz que, sozinhas, suas novas drogas serão responsáveis por uma expansão de 50% até 2013. Mas, para chegar a expectativas como essas, as empresas tiveram de enfrentar um processo longo e complexo. Copiar, no caso das farmacêuticas, não é uma tarefa exatamente fácil.
"É a primeira vez que a indústria nacional tem os medicamentos prontos para lançar no dia seguinte em que a patente vence. Significa que o trabalho começou anos antes", diz Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos. "Entramos para o pelotão de elite da indústria mundial."
A EMS já tem pronta a sua versão do Viagra, medicamento para disfunção erétil da americana Pfizer cuja patente deve vencer em 20 de junho. Ao todo, a brasileira passou três anos desenvolvendo o produto e investiu R$ 20 milhões (veja quadro abaixo). A parte mais demorada do processo, que começou na análise da viabilidade comercial da cópia e passou por dezenas de testes, foi encontrar um composto que se comportasse de modo equivalente ao medicamento original.
A fórmula de um genérico não é exatamente a mesma do medicamento original. O princípio ativo da droga (no caso, o citrato de sildenafila) precisa ser igual ao do Viagra, assim como outras características, como sua concentração. O que muda são os componentes da droga que não têm efeito sobre o organismo, mas que servem para ligar ou dissolver substâncias. As quantidades dessas componentes não estão descritas na bula. Para chegar a um genérico, portanto, é preciso passar por tentativas e erros. No caso do seu Viagra, a EMS fez cerca de 20 ensaios.
O cenário desse périplo foi a sede da empresa, em Hortolândia (SP). Desde 2009, o laboratório da EMS passou a funcionar 24 horas sem parar para dar conta do trabalho extra. O Aché, que deve investir R$ 142 milhões até 2013 para copiar 15 drogas, também decifra as fórmulas de seus genéricos em casa. Prevendo o excesso de demanda, porém, o laboratório estabeleceu uma parceria com uma empresa indiana para terceirizar o serviço.
Enquanto os técnicos se ocupam com os testes em série, nos escritórios os advogados das farmacêuticas se embrenham em uma verdadeira saga para assegurar que o genérico resultante desse vai e vem não infringe nenhuma patente. Ocorre que a proteção intelectual da molécula em questão tem data certa para se encerrar - são 20 anos após o depósito da patente. O problema é que as fabricantes costumam proteger, também, o processo para se chegar ao medicamento e até mesmo o seu formato. "Os laboratórios multinacionais criam manobras para atrasar a entrada dos genéricos no mercado", diz José Ricardo Mendes da Silva, presidente do Aché.
Tome-se o caso do medicamento Lipitor, da Pfizer, para redução do colesterol. O Aché já tem pronta a sua cópia, mas ainda não sabe exatamente quando vai lançá-la (a expectativa é 2011). A patente da molécula do Lipitor vence em dezembro, mas há outras proteções que ainda pesam sobre o produto. Ao todo, há 120 patentes relacionadas ao Lipitor. Se fosse esperar pelo vencimento de todas elas, o Aché levaria mais dez anos para fabricar o genérico (a farmacêutica não informou como conseguiu contornar as restrições à cópia da droga - se por meio de caminhos alternativos para a criação da fórmula ou pela contestação jurídica das patentes).
Além do imbróglio jurídico e do científico, há, ainda, a dificuldade de vender um produto que é exatamente igual ao dos concorrentes - e são vários os concorrentes. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já emitiu o registro para sete medicamentos contendo o princípio ativo do Viagra e outros oito casos estão em análise. Com a ambição de conquistar metade do mercado de disfunção erétil até o ano que vem, a EMS trabalha em duas frentes. A primeira é um genérico tradicional e a segunda, um similar, ou genérico com marca. Sua estratégia será promovê-los entre os médicos e escolher uma faixa de preço competitiva, mas que ainda garanta margens à altura do investimento. "Estamos em fase de definição do preço e das demais estratégias", diz o vice-presidente de mercado da EMS, Waldir Eschberger Júnior. "Para começar, queremos ser os primeiros a chegar nas farmácias." Se criar um genérico não é fácil, se diferenciar nas prateleiras da farmácia, então...
O PASSO A PASSO DA EMS PARA CRIAR SUA VERSÃO DO VIAGRA
1. Análise de mercado
O laboratório comparou o volume de vendas da droga a ser liberada da patente, no caso o Viagra, e o investimento a ser realizado. A intenção era calcular se valia a pena apostar as fichas no medicamento
2. Estudo da patente
A EMS colocou seus advogados para analisar o período de proteção ao medicamento. Eles se certificaram, caso a caso, se as várias patentes que pesavam sobre o medicamento impediam ou não a sua cópia
3. Desenvolvimento do produto
Como apenas parte da fórmula era conhecida, os técnicos se envolveram em uma série de quase 20 tentativas até chegar a um remédio com comportamento equivalente ao do Viagra
4. Controle da qualidade
No chamado "desenvolvimento analítico", os técnicos criaram métodos para avaliar se o produto está dentro das especificações. Foi analisada a quantidade de princípio ativo, por exemplo
5.Testes
A nova fórmula passou pelo escrutínio dos técnicos para descobrir se seu comportamento era mesmo semelhante ao do Viagra. Os testes são realizados tanto no laboratório como em seres humanos
6. Registro
A empresa preparou um dossiê sobre o processo de criação do genérico e encaminhou para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a fim de que a comercialização do medicamento fosse aprovada
Fonte: http://www.estadao.com.br/saude/
domingo, 23 de maio de 2010
Líderes de mercado, remédios similares enfrentam resistência de médicos
Anvisa e Conselho de Farmácia dizem que esses medicamentos são eficazes
Os medicamentos similares, apesar de dominar as vendas de remédios no Brasil, com 65% do mercado, dividem a opinião dos médicos com relação a sua eficácia. Enquanto alguns especialistas dizem que esses remédios são seguros e confiáveis, outros são mais resistentes e evitam receitá-los para seus pacientes.
Os similares possuem o mesmo princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características que o medicamento original, mas somente os genéricos possuem a mesma eficácia clínica e a mesma segurança que os medicamentos de referência e, por isso, são considerados seus equivalentes terapêuticos.
Remédios como o Melhoral Infantil, do laboratório DM, e o AAS, do Sanofi Aventis, por exemplo, são similares da Aspirina, o medicamento de referência feito pelo laboratório Bayer. Já os genéricos são chamados pelo nome do princípio ativo, que, no caso, é o ácido acetilsalicílico, usado como analgésico e anti-inflamatório.
Mas enquanto os genéricos são “idênticos” aos medicamentos de marca, os similares são considerados “semelhantes”. E essa diferença se mede pelos testes a que cada um é submetido.
Os similares passam pelos testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa. Enquanto o primeiro certifica que o similar contém o mesmo princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características que o medicamento de referência, o segundo se relaciona à quantidade e à velocidade de absorção do princípio ativo na corrente sanguínea.
Já os medicamentos genéricos, além de passarem pela equivalência farmacêutica, passam também pelo teste de bioequivalência, que é mais completo que o de biodisponibilidade. A bioequivalência assegura que o medicamento genérico é o equivalente terapêutico do de referência. Isso quer dizer que o genérico tem a mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao remédio de marca.
É por esse motivo que os similares não são considerados "intercambiáveis" com os medicamentos de referência, ou seja, não podem substituir completamente os de marca, como acontece com os genéricos.
Fora da receita
O presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Clínica Médica), Antonio Carlos Lopes, que é também professor titular de Clínica Médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), admite que não prescreve medicamentos similares para seus pacientes.
- O similar não passa por todos os testes, então, tecnicamente, a qualidade dele é questionável. [Por isso] não podemos aceitar o similar.
O cardiologista José Luís Aziz, professor da Faculdade de Medicina do ABC, tem uma opinião semelhante.
- O governo não tem um controle tão grande com os similares. Tem laboratórios [que produzem similares] que você nem conhece. Além disso, muitos farmacêuticos ganham comissão em cima desses remédios. Eles vendem dois e a farmácia ganha um.
Aziz afirma que, nos pacientes que acompanha, os tratamentos à base de similares são menos eficientes do que aqueles que usam os de referência e genéricos.
- Mas existem fábricas idôneas, daí a gente receita. O paciente só não pode ficar à mercê do balcão de farmácia.
Pelo fato de os genéricos gastarem mais com esses testes de aprovação, eles acabam sendo em geral mais caros que os similares. Além disso, não há identificação na embalagem mostrando que um medicamento é similar, diferente do que ocorre com os genéricos, cujas embalagens contém uma tarja amarela e a letra "G" inscrita.
Segundo o professor José Nassute, do Departamento de Farmácia da Unesp (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho), o preço mais baixo aliado à falta de identificação dos similares favorece a venda desses medicamentos. Mas ele acredita que os similares estão “com os dias contados, pois as pessoas preferem comprar os genéricos”.
No entanto, após 11 anos da lei de genéricos, que pretendia melhorar a qualidade dos medicamentos e facilitar o acesso da população aos tratamentos, o mercado de remédios no Brasil não é favorável aos genéricos. De acordo com informações fornecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os similares representam 65,31% das vendas. Já os genéricos têm 13,23% e os de marca ficam com 20,46%. Esses são os dados mais recentes e se referem ao ano de 2008.
"Similares são eficazes"
Apesar dessa resistência, a Anvisa e o Conselho Federal de Farmácia garantem que esses medicamentos são seguros e eficazes. Segundo a agência de vigilância sanitária, os testes de biodisponibilidade são suficientes para garantir que os similares tenham eficiência clinica comparável com a do medicamento de referência.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, os testes de qualidade são eficientes e a fiscalização desses medicamentos é rigorosa.
Quando qualquer desvio é registrado, a Anvisa retira os medicamentos do mercado.
Segundo Santos, os medicamentos similares poderão ser transformados em genéricos desde que façam todos os testes exigidos e sejam registrados pela Anvisa com essa classificação. Mas isso não ocorre, segundo ele, para que o preço dos similares não suba, já que, ao incluir os gastos com todos os testes, os laboratórios terão de transferir o preço a seus produtos.
De acordo com a médica Leila Beltrami Moreira, professora do Departamento de Farmacologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e coordenadora da Comissão de Medicamentos do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, os genéricos são mesmo mais testados que os similares, mas isso não representa um risco para o tratamento dos pacientes.
Para Leila, pode haver diferenças como dosagem e absorção, mas o mais importante é conhecer o medicamento que está sendo prescrito e, além disso, dar ao paciente a possibilidade de ele escolher seu remédio.
- Se está aprovado na Anvisa, tem que ter preenchido os requisitos mínimos de qualidade. Então, ruim não pode ser.
Fonte: R7.com
Os medicamentos similares, apesar de dominar as vendas de remédios no Brasil, com 65% do mercado, dividem a opinião dos médicos com relação a sua eficácia. Enquanto alguns especialistas dizem que esses remédios são seguros e confiáveis, outros são mais resistentes e evitam receitá-los para seus pacientes.
Os similares possuem o mesmo princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características que o medicamento original, mas somente os genéricos possuem a mesma eficácia clínica e a mesma segurança que os medicamentos de referência e, por isso, são considerados seus equivalentes terapêuticos.
Remédios como o Melhoral Infantil, do laboratório DM, e o AAS, do Sanofi Aventis, por exemplo, são similares da Aspirina, o medicamento de referência feito pelo laboratório Bayer. Já os genéricos são chamados pelo nome do princípio ativo, que, no caso, é o ácido acetilsalicílico, usado como analgésico e anti-inflamatório.
Mas enquanto os genéricos são “idênticos” aos medicamentos de marca, os similares são considerados “semelhantes”. E essa diferença se mede pelos testes a que cada um é submetido.
Os similares passam pelos testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa. Enquanto o primeiro certifica que o similar contém o mesmo princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características que o medicamento de referência, o segundo se relaciona à quantidade e à velocidade de absorção do princípio ativo na corrente sanguínea.
Já os medicamentos genéricos, além de passarem pela equivalência farmacêutica, passam também pelo teste de bioequivalência, que é mais completo que o de biodisponibilidade. A bioequivalência assegura que o medicamento genérico é o equivalente terapêutico do de referência. Isso quer dizer que o genérico tem a mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao remédio de marca.
É por esse motivo que os similares não são considerados "intercambiáveis" com os medicamentos de referência, ou seja, não podem substituir completamente os de marca, como acontece com os genéricos.
Fora da receita
O presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Clínica Médica), Antonio Carlos Lopes, que é também professor titular de Clínica Médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), admite que não prescreve medicamentos similares para seus pacientes.
- O similar não passa por todos os testes, então, tecnicamente, a qualidade dele é questionável. [Por isso] não podemos aceitar o similar.
O cardiologista José Luís Aziz, professor da Faculdade de Medicina do ABC, tem uma opinião semelhante.
- O governo não tem um controle tão grande com os similares. Tem laboratórios [que produzem similares] que você nem conhece. Além disso, muitos farmacêuticos ganham comissão em cima desses remédios. Eles vendem dois e a farmácia ganha um.
Aziz afirma que, nos pacientes que acompanha, os tratamentos à base de similares são menos eficientes do que aqueles que usam os de referência e genéricos.
- Mas existem fábricas idôneas, daí a gente receita. O paciente só não pode ficar à mercê do balcão de farmácia.
Pelo fato de os genéricos gastarem mais com esses testes de aprovação, eles acabam sendo em geral mais caros que os similares. Além disso, não há identificação na embalagem mostrando que um medicamento é similar, diferente do que ocorre com os genéricos, cujas embalagens contém uma tarja amarela e a letra "G" inscrita.
Segundo o professor José Nassute, do Departamento de Farmácia da Unesp (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho), o preço mais baixo aliado à falta de identificação dos similares favorece a venda desses medicamentos. Mas ele acredita que os similares estão “com os dias contados, pois as pessoas preferem comprar os genéricos”.
No entanto, após 11 anos da lei de genéricos, que pretendia melhorar a qualidade dos medicamentos e facilitar o acesso da população aos tratamentos, o mercado de remédios no Brasil não é favorável aos genéricos. De acordo com informações fornecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os similares representam 65,31% das vendas. Já os genéricos têm 13,23% e os de marca ficam com 20,46%. Esses são os dados mais recentes e se referem ao ano de 2008.
"Similares são eficazes"
Apesar dessa resistência, a Anvisa e o Conselho Federal de Farmácia garantem que esses medicamentos são seguros e eficazes. Segundo a agência de vigilância sanitária, os testes de biodisponibilidade são suficientes para garantir que os similares tenham eficiência clinica comparável com a do medicamento de referência.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, os testes de qualidade são eficientes e a fiscalização desses medicamentos é rigorosa.
Quando qualquer desvio é registrado, a Anvisa retira os medicamentos do mercado.
Segundo Santos, os medicamentos similares poderão ser transformados em genéricos desde que façam todos os testes exigidos e sejam registrados pela Anvisa com essa classificação. Mas isso não ocorre, segundo ele, para que o preço dos similares não suba, já que, ao incluir os gastos com todos os testes, os laboratórios terão de transferir o preço a seus produtos.
De acordo com a médica Leila Beltrami Moreira, professora do Departamento de Farmacologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e coordenadora da Comissão de Medicamentos do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, os genéricos são mesmo mais testados que os similares, mas isso não representa um risco para o tratamento dos pacientes.
Para Leila, pode haver diferenças como dosagem e absorção, mas o mais importante é conhecer o medicamento que está sendo prescrito e, além disso, dar ao paciente a possibilidade de ele escolher seu remédio.
- Se está aprovado na Anvisa, tem que ter preenchido os requisitos mínimos de qualidade. Então, ruim não pode ser.
Fonte: R7.com
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Sandoz reforça time de executivos no
Empresa planeja participar mais do mercado brasileiro
A Sandoz, fabricante suíça de genéricos, reforçou seu time no Brasil. A farmacêutica controlada pela Novartis contratou dois novos executivos. João Carlos Ferreira, economista de formação, ex-diretor da Roche, com passagem pela Wyeth, Hoeschst e RBS, responderá pela área de medicamentos de prescrição da empresa no Brasil. Klaus Larsen, que trabalhou na Cristália e Medley, cuidará da gestão de portfólio e desenvolvimento de negócios. De acordo com Ferreira, a principal idéia da empresa é prover os medicamentos sem patente com o mesmo padrão de qualidade da Novartis. A Sandoz é a segunda maior fabricante de genéricos do mundo, atrás apenas da israelense Teva. No País, a empresa ocupa a quinta posição atrás da Medley (controlada pela francesa sanofi-aventis) e as brasileiras EMS, Eurofarma e Aché.
Fonte: IG - SP
A Sandoz, fabricante suíça de genéricos, reforçou seu time no Brasil. A farmacêutica controlada pela Novartis contratou dois novos executivos. João Carlos Ferreira, economista de formação, ex-diretor da Roche, com passagem pela Wyeth, Hoeschst e RBS, responderá pela área de medicamentos de prescrição da empresa no Brasil. Klaus Larsen, que trabalhou na Cristália e Medley, cuidará da gestão de portfólio e desenvolvimento de negócios. De acordo com Ferreira, a principal idéia da empresa é prover os medicamentos sem patente com o mesmo padrão de qualidade da Novartis. A Sandoz é a segunda maior fabricante de genéricos do mundo, atrás apenas da israelense Teva. No País, a empresa ocupa a quinta posição atrás da Medley (controlada pela francesa sanofi-aventis) e as brasileiras EMS, Eurofarma e Aché.
Fonte: IG - SP
EMS comemora 11 anos de genéricos
Laboratório investe em campanha para a data
O lançamento dos medicamentos genéricos no Brasil completou 11 anos ontem, dia 20 de maio. Com o objetivo de celebrar a data, a EMS, indústria farmacêutica do Brasil, por meio da sua divisão EMS Genéricos, estreou uma campanha nacional que reforça a importância da data para a empresa. A campanha, que terá duração de três meses, envolverá spots em emissoras de rádio e anúncios em jornais e revistas especializadas em saúde. Toda a ação demandará um investimento de R$ 10 milhões. Com essa iniciativa, a divisão de Genéricos da EMS espera atingir 1,2 milhão de pessoas por semana. A agência Full Jazz assina a campanha. O principal objetivo da campanha é exaltar o benefício social que o lançamento dos genéricos trouxe para a população. A empresa considera que os medicamentos revolucionaram a dinâmica de tratamentos médicos no Brasil, pois viabilizaram o acesso da população a um produto mais barato, confiável e de qualidade.
Fonte: SEGS.com.br
O lançamento dos medicamentos genéricos no Brasil completou 11 anos ontem, dia 20 de maio. Com o objetivo de celebrar a data, a EMS, indústria farmacêutica do Brasil, por meio da sua divisão EMS Genéricos, estreou uma campanha nacional que reforça a importância da data para a empresa. A campanha, que terá duração de três meses, envolverá spots em emissoras de rádio e anúncios em jornais e revistas especializadas em saúde. Toda a ação demandará um investimento de R$ 10 milhões. Com essa iniciativa, a divisão de Genéricos da EMS espera atingir 1,2 milhão de pessoas por semana. A agência Full Jazz assina a campanha. O principal objetivo da campanha é exaltar o benefício social que o lançamento dos genéricos trouxe para a população. A empresa considera que os medicamentos revolucionaram a dinâmica de tratamentos médicos no Brasil, pois viabilizaram o acesso da população a um produto mais barato, confiável e de qualidade.
Fonte: SEGS.com.br
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Alergia ou Alergia Alimentar?
O sistema imunológico, ou de defesa, pode reagir a uma proteína alimentar e produzir anticorpos contra a substância que ele não aceita, a substância alergênica. Estes anticorpos são as imunoglobulinas do tipo IgE. Quando o alimento que contém aquela substância indesejada é ingerido e entra na corrente sanguínea, imediatamente encontra a IgE específica para aquela substância . Isto desencadeia a liberação de vários mediadores inflamatórios, entre eles a histamina, que causam os sintomas de alergia. Esses sintomas variam muito, podem ser leves como uma simples coceira, erupção na pele, sinusite ou muito graves como crise de asma, edema na boca ou garganta que dificulta a respiração, acompanhado de queda da pressão sanguínea, podendo levar à parada cardio- respiratória se a pessoa não for medicada rapidamente. Os alimentos que contêm as substâncias alergênicas que causam com mais freqüência este tipo de alergia são, os frutos do mar, o amendoim, nozes, soja e ovo. Neste caso o melhor tratamento é manter-se longe dos alimentos que desencadeiam estas reações alérgicas.
Agora, existe outro tipo de alergia que nem sempre é detectada com tanta facilidade, porque o organismo não reage de maneira tão drástica e rápida e os sintomas são bem mais leves. São aquelas que envolvem outro tipo de anticorpos, as imunoglobulinas IgG. Geralmente os sintomas não ocorrem imediatamente após a ingestão do alimento alergênico e pode manifestar-se como um desconforto, coriza, nariz entupido, cefaléia, sensação de cabeça pesada, prisão de ventre freqüente, acne, fadiga, dermatite, geralmente no couro cabeludo, espirros, e em crianças, resfriados, amigdalite e dor de ouvido freqüentes. Estas reações são típicas de quem tem alergia alimentar. Os maiores causadores deste tipo de alergia são os laticínios. Outra peculiaridade deste tipo de alergia é que o consumo do alimento sensibilizante está relacionado ao prazer, causando uma dependência no indivíduo. As liberações de IgGs e as enzimas liberadas são as responsáveis por este conjunto de sintomas com manifestações físicas e emocionais que acabam sendo confundidas com outras doenças e tratadas de maneira incorreta.
Algumas pessoas podem acabar desenvolvendo alergia quando abusam de um determinado alimento, como é o caso do trigo. A maior parte das alergias alimentares é uma reação a uma proteína contida no alimento. No caso do trigo é a gliadina, uma proteína que irrita a mucosa intestinal. Quem tem algum destes sintomas quando come determinado alimento: mudança de humor, hiperatividade, dermatite seborreica freqüente, olheiras, coriza matinal, ou está sempre cansado e com a sensação de cabeça pesada deve suspeitar de alergia alimentar.
Fonte: UOL.com.br
Agora, existe outro tipo de alergia que nem sempre é detectada com tanta facilidade, porque o organismo não reage de maneira tão drástica e rápida e os sintomas são bem mais leves. São aquelas que envolvem outro tipo de anticorpos, as imunoglobulinas IgG. Geralmente os sintomas não ocorrem imediatamente após a ingestão do alimento alergênico e pode manifestar-se como um desconforto, coriza, nariz entupido, cefaléia, sensação de cabeça pesada, prisão de ventre freqüente, acne, fadiga, dermatite, geralmente no couro cabeludo, espirros, e em crianças, resfriados, amigdalite e dor de ouvido freqüentes. Estas reações são típicas de quem tem alergia alimentar. Os maiores causadores deste tipo de alergia são os laticínios. Outra peculiaridade deste tipo de alergia é que o consumo do alimento sensibilizante está relacionado ao prazer, causando uma dependência no indivíduo. As liberações de IgGs e as enzimas liberadas são as responsáveis por este conjunto de sintomas com manifestações físicas e emocionais que acabam sendo confundidas com outras doenças e tratadas de maneira incorreta.
Algumas pessoas podem acabar desenvolvendo alergia quando abusam de um determinado alimento, como é o caso do trigo. A maior parte das alergias alimentares é uma reação a uma proteína contida no alimento. No caso do trigo é a gliadina, uma proteína que irrita a mucosa intestinal. Quem tem algum destes sintomas quando come determinado alimento: mudança de humor, hiperatividade, dermatite seborreica freqüente, olheiras, coriza matinal, ou está sempre cansado e com a sensação de cabeça pesada deve suspeitar de alergia alimentar.
Fonte: UOL.com.br
Cresce falsificação de remédios pelo mundo, alerta OMS
Segundo a organização, os produtos ilícitos também aumentaram o problema da resistência de doenças a drogas
GENEBRA - A produção e venda de medicamentos falsificados está em ascensão em países ricos e pobres, e cada vez mais consumidores incautos as adquirem pela Internet, disseram especialistas na quarta-feira, 19.
Os remédios falsos ou abaixo do padrão costumam viajar escondidos, em sinuosos percursos, para mascarar seu país de origem, como parte de uma atividade criminal que vale bilhões de dólares, acrescentaram eles.
"Eles colocaram muita gente em risco de dano por produtos médicos que podem conter ingrediente ativo demais, de menos ou errado, e/ou conter ingredientes tóxicos", disse Margaret Hamburg, diretora da Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA). "A falsificação está crescendo em complexidade, escala e escopo geográfico", disse ela em discurso à reunião ministerial anual da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos países ricos, a falsificação envolve "hormônios caros, esteroides, medicamentos anticâncer e produtos farmacêuticos relacionados ao estilo de vida", disse a OMS. Já nos países em desenvolvimento, especialmente na África, medicamentos falsificados costumam estar disponíveis para o tratamento de doenças graves, como malária, tuberculose e Aids, disse a agência da ONU.
O delegado da Nigéria lembrou que, em fevereiro de 2009, 84 crianças do seu país morreram por causa de um xarope adulterado.
Margaret Chan, diretora-geral da OMS, disse que os produtos ilícitos também aumentaram o problema da resistência a drogas, inclusive dos importantes medicamentos para o tratamento da malária e da Aids. "Para o paciente, qualquer remédio com a segurança, eficácia ou qualidade comprometidas é perigoso", afirmou ela.
Genéricos
Índia e Brasil, importantes fabricantes de genéricos, alegam, com apoio de ativistas, que os grandes laboratórios farmacêuticos estão se aproveitando da preocupação com os remédios falsos para tentar proteger suas patentes contra concorrentes legítimos no setor de genéricos.
"Aquilo a que nos opomos é que um grupo de empresas privadas, com a ajuda do secretariado (da OMS), trave uma guerra nesta organização contra os medicamentos genéricos", disse a embaixadora do Brasil na OMS, Maria Nazareth Farani Azevedo, em seu discurso.
Chan disse que a OMS não vai entrar no debate sobre a propriedade intelectual das patentes. "O papel da OMS deve ser se concentrar na saúde pública, não no cumprimento da lei nem no cumprimento da propriedade intelectual."
Laboratórios farmacêuticos envolvidos em pesquisa e desenvolvimento de produtos dizem que os medicamentos falsificados representam uma ameaça aos pacientes, e que não são os interesses comerciais que os movem nessa campanha.
Houve no ano passado 1.693 incidentes conhecidos de medicamentos falsificados, um aumento de 7 por cento, segundo esse grupo de laboratórios, que inclui Bristol-Myers Squibb, Roche, GlaxoSmithKline e Sanofi-Aventis.
Fonte: http://www.estadao.com.br/
GENEBRA - A produção e venda de medicamentos falsificados está em ascensão em países ricos e pobres, e cada vez mais consumidores incautos as adquirem pela Internet, disseram especialistas na quarta-feira, 19.
Os remédios falsos ou abaixo do padrão costumam viajar escondidos, em sinuosos percursos, para mascarar seu país de origem, como parte de uma atividade criminal que vale bilhões de dólares, acrescentaram eles.
"Eles colocaram muita gente em risco de dano por produtos médicos que podem conter ingrediente ativo demais, de menos ou errado, e/ou conter ingredientes tóxicos", disse Margaret Hamburg, diretora da Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA). "A falsificação está crescendo em complexidade, escala e escopo geográfico", disse ela em discurso à reunião ministerial anual da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos países ricos, a falsificação envolve "hormônios caros, esteroides, medicamentos anticâncer e produtos farmacêuticos relacionados ao estilo de vida", disse a OMS. Já nos países em desenvolvimento, especialmente na África, medicamentos falsificados costumam estar disponíveis para o tratamento de doenças graves, como malária, tuberculose e Aids, disse a agência da ONU.
O delegado da Nigéria lembrou que, em fevereiro de 2009, 84 crianças do seu país morreram por causa de um xarope adulterado.
Margaret Chan, diretora-geral da OMS, disse que os produtos ilícitos também aumentaram o problema da resistência a drogas, inclusive dos importantes medicamentos para o tratamento da malária e da Aids. "Para o paciente, qualquer remédio com a segurança, eficácia ou qualidade comprometidas é perigoso", afirmou ela.
Genéricos
Índia e Brasil, importantes fabricantes de genéricos, alegam, com apoio de ativistas, que os grandes laboratórios farmacêuticos estão se aproveitando da preocupação com os remédios falsos para tentar proteger suas patentes contra concorrentes legítimos no setor de genéricos.
"Aquilo a que nos opomos é que um grupo de empresas privadas, com a ajuda do secretariado (da OMS), trave uma guerra nesta organização contra os medicamentos genéricos", disse a embaixadora do Brasil na OMS, Maria Nazareth Farani Azevedo, em seu discurso.
Chan disse que a OMS não vai entrar no debate sobre a propriedade intelectual das patentes. "O papel da OMS deve ser se concentrar na saúde pública, não no cumprimento da lei nem no cumprimento da propriedade intelectual."
Laboratórios farmacêuticos envolvidos em pesquisa e desenvolvimento de produtos dizem que os medicamentos falsificados representam uma ameaça aos pacientes, e que não são os interesses comerciais que os movem nessa campanha.
Houve no ano passado 1.693 incidentes conhecidos de medicamentos falsificados, um aumento de 7 por cento, segundo esse grupo de laboratórios, que inclui Bristol-Myers Squibb, Roche, GlaxoSmithKline e Sanofi-Aventis.
Fonte: http://www.estadao.com.br/
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Curativo vegetal
Pesquisa da USP desenvolve fibra a partir da mistura do bagaço da cana-de-açúcar e da quitosana, proteína extraída da carapaça de crustáceos. O produto pode originar novos tipos de bandagens e roupas especiais para pacientes queimados
O reaproveitamento de materiais que iriam para o lixo tem contribuído não só para a economia de recursos naturais e de energia como para a criação de produtos em diversas áreas, inclusive na de saúde. Resíduos abundantes na indústria do álcool e da pesca, o bagaço da cana-de-açúcar e a quitosana (proveniente da quitina extraída da carapaça de crustáceos) incentivaram uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) que resultou em uma fibra com enorme potencial medicinal. A partir do acréscimo de enzimas e medicamentos específicos, a equipe da Faculdade de Ciências Farmacêuticas conseguiu obter um material que, no futuro, poderá ser usado como bandagens e curativos, e originar roupas apropriadas para pacientes feridos ou com queimaduras graves.
O objetivo da pesquisa é obter um tecido inteligente que não só proteja, mas também trate a área pretendida, conforme a necessidade. Para isso, os cientistas tiveram a ideia de unir a fibra obtida da celulose do bagaço e da palha da cana-de-açúcar às propriedades medicinais da quitosana. ?A quitina é um polímero (macromolécula) extraído da carapaça de crustáceos (caranguejo, camarão, lagosta) e pode ser convertida em vários derivados, sendo um deles a quitosana, que possui propriedades bactericidas, fungicidas e cicatrizantes com grande capacidade de absorção de umidade. É um polímero abundante e um resíduo da indústria da pesca?, explica a professora Silgia Aparecida da Costa, do curso de têxtil e moda da escola de artes, ciências e humanidades da USP. Além dela, participam do estudo a pesquisadora Sirlene Maria da Costa, do Centro de Têxteis Técnicos e Manufaturados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), e o professor e coordenador do projeto, Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
Segundo os pesquisadores, pacientes portadores de necessidades especiais, que costumam desenvolver feridas na superfície da pele também conhecidas como úlceras de pressão(1) podem se beneficiar da técnica, no futuro. ?Um curativo com a presença de quitosana, quando colocado sobre esse tipo de ferimento, poderá absorver as secreções e atuar como bactericida, fungicida e, ao mesmo tempo, cicatrizante. Dessa forma, utilizando uma roupa inteligente, o paciente poderá evitar ou diminuir o uso de pomadas e outros medicamentos durante o tratamento?, destaca Silgia. Os cientistas esclarecem, ainda, que além da quitosana, é possível incorporar enzimas, fármacos e biomoléculas (compostos químicos sintetizados) que poderão atuar de forma específica, dependendo do tipo de tratamento a ser feito.
Testes
As fibras de celulose e de quitosana produzidas pelos pesquisadores da USP encontram-se em fase de testes mecânicos, químicos e bioquímicos. O objetivo é confirmar todas as propriedades existentes. De acordo com os cientistas, a próxima etapa consiste no desenvolvimento de estruturas como tecidos e malhas ou não tecidos (com aspecto parecido ao TNT) que poderão ser utilizadas na produção de roupas especiais e bandagens. ?Isso será determinado de acordo com a resistência das fibras obtidas. Quando obtivermos uma dessas estruturas, partiremos para uma nova fase de testes de propriedades, que envolverão a avaliação da capacidade de absorção do material, da resistência, das propriedades bactericidas e fungicidas, do potencial de cicatrização de ferimentos, além dos testes de tingimento e conforto?, enfatiza Sirlene.
Na visão da coordenadora do mestrado em biotecnologia da Universidade Positivo, no Paraná, Vanete Soccol, a ideia é interessante e pode vir a ser de grande utilidade para aqueles que dependem de tratamentos específicos. ?É preciso, porém, que além do cultivo celular, as fases subsequentes se realizem. Porém, como perspectiva do desenvolvimento de um curativo de celulose de cana, a pesquisa se mostra bastante interessante?, avalia.
1 - Movimentos limitados
As úlceras de pressão são feridas comuns em pessoas que ficam muito tempo sem se mover, caso de cadeirantes e pacientes hospitalizados por longos períodos. Algumas regiões da pele acabam ficando prensadas entre a superfície na qual a pessoa se apoia e o osso, originando os ferimentos, que, em alguns casos, podem se aprofundar e, assim, servir de porta de entrada para bactérias e infecções. Quando as úlceras são recobertas por uma casca escura, são chamadas de escaras.
Um curativo com a presença de quitosana (...) poderá absorver as secreções e atuar como bactericida, fungicida e, ao mesmo tempo, cicatrizante?
Silgia Aparecida da Costa, professora da USP
O reaproveitamento de materiais que iriam para o lixo tem contribuído não só para a economia de recursos naturais e de energia como para a criação de produtos em diversas áreas, inclusive na de saúde. Resíduos abundantes na indústria do álcool e da pesca, o bagaço da cana-de-açúcar e a quitosana (proveniente da quitina extraída da carapaça de crustáceos) incentivaram uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) que resultou em uma fibra com enorme potencial medicinal. A partir do acréscimo de enzimas e medicamentos específicos, a equipe da Faculdade de Ciências Farmacêuticas conseguiu obter um material que, no futuro, poderá ser usado como bandagens e curativos, e originar roupas apropriadas para pacientes feridos ou com queimaduras graves.
O objetivo da pesquisa é obter um tecido inteligente que não só proteja, mas também trate a área pretendida, conforme a necessidade. Para isso, os cientistas tiveram a ideia de unir a fibra obtida da celulose do bagaço e da palha da cana-de-açúcar às propriedades medicinais da quitosana. ?A quitina é um polímero (macromolécula) extraído da carapaça de crustáceos (caranguejo, camarão, lagosta) e pode ser convertida em vários derivados, sendo um deles a quitosana, que possui propriedades bactericidas, fungicidas e cicatrizantes com grande capacidade de absorção de umidade. É um polímero abundante e um resíduo da indústria da pesca?, explica a professora Silgia Aparecida da Costa, do curso de têxtil e moda da escola de artes, ciências e humanidades da USP. Além dela, participam do estudo a pesquisadora Sirlene Maria da Costa, do Centro de Têxteis Técnicos e Manufaturados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), e o professor e coordenador do projeto, Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
Segundo os pesquisadores, pacientes portadores de necessidades especiais, que costumam desenvolver feridas na superfície da pele também conhecidas como úlceras de pressão(1) podem se beneficiar da técnica, no futuro. ?Um curativo com a presença de quitosana, quando colocado sobre esse tipo de ferimento, poderá absorver as secreções e atuar como bactericida, fungicida e, ao mesmo tempo, cicatrizante. Dessa forma, utilizando uma roupa inteligente, o paciente poderá evitar ou diminuir o uso de pomadas e outros medicamentos durante o tratamento?, destaca Silgia. Os cientistas esclarecem, ainda, que além da quitosana, é possível incorporar enzimas, fármacos e biomoléculas (compostos químicos sintetizados) que poderão atuar de forma específica, dependendo do tipo de tratamento a ser feito.
Testes
As fibras de celulose e de quitosana produzidas pelos pesquisadores da USP encontram-se em fase de testes mecânicos, químicos e bioquímicos. O objetivo é confirmar todas as propriedades existentes. De acordo com os cientistas, a próxima etapa consiste no desenvolvimento de estruturas como tecidos e malhas ou não tecidos (com aspecto parecido ao TNT) que poderão ser utilizadas na produção de roupas especiais e bandagens. ?Isso será determinado de acordo com a resistência das fibras obtidas. Quando obtivermos uma dessas estruturas, partiremos para uma nova fase de testes de propriedades, que envolverão a avaliação da capacidade de absorção do material, da resistência, das propriedades bactericidas e fungicidas, do potencial de cicatrização de ferimentos, além dos testes de tingimento e conforto?, enfatiza Sirlene.
Na visão da coordenadora do mestrado em biotecnologia da Universidade Positivo, no Paraná, Vanete Soccol, a ideia é interessante e pode vir a ser de grande utilidade para aqueles que dependem de tratamentos específicos. ?É preciso, porém, que além do cultivo celular, as fases subsequentes se realizem. Porém, como perspectiva do desenvolvimento de um curativo de celulose de cana, a pesquisa se mostra bastante interessante?, avalia.
1 - Movimentos limitados
As úlceras de pressão são feridas comuns em pessoas que ficam muito tempo sem se mover, caso de cadeirantes e pacientes hospitalizados por longos períodos. Algumas regiões da pele acabam ficando prensadas entre a superfície na qual a pessoa se apoia e o osso, originando os ferimentos, que, em alguns casos, podem se aprofundar e, assim, servir de porta de entrada para bactérias e infecções. Quando as úlceras são recobertas por uma casca escura, são chamadas de escaras.
Um curativo com a presença de quitosana (...) poderá absorver as secreções e atuar como bactericida, fungicida e, ao mesmo tempo, cicatrizante?
Silgia Aparecida da Costa, professora da USP
Farmacêuticas inovam na embalagem
Uso de alumínio aumenta
As farmacêuticas têm, cada vez mais, investido em embalagens de alumínio para os medicamentos. A medida, que busca contemplar as rigorosas medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), procura facilitar a abertura e o manuseio do invólucro pelo consumidor. As mudanças geralmente ocorrem em blister, strip, sachês, membranas para frascos e bisnagas para creme e gel. As folhas de alumínio são utilizadas pelos fabricantes de medicamentos devido às vantagens em relação ao outros tipos de materiais, como a impermeabilidade, a resistência à corrosão e a opacidade. Além disso, o metal impede a oxidação, fundamental para a conservação do medicamento. Além de ser uma excelente barreira aos fatores de risco, o alumínio se destaca por inibir qualquer tipo de violação, pois o material faz com que essa seja facilmente percebida pelo consumidor.
Fonte: Valor Econômico - SP
As farmacêuticas têm, cada vez mais, investido em embalagens de alumínio para os medicamentos. A medida, que busca contemplar as rigorosas medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), procura facilitar a abertura e o manuseio do invólucro pelo consumidor. As mudanças geralmente ocorrem em blister, strip, sachês, membranas para frascos e bisnagas para creme e gel. As folhas de alumínio são utilizadas pelos fabricantes de medicamentos devido às vantagens em relação ao outros tipos de materiais, como a impermeabilidade, a resistência à corrosão e a opacidade. Além disso, o metal impede a oxidação, fundamental para a conservação do medicamento. Além de ser uma excelente barreira aos fatores de risco, o alumínio se destaca por inibir qualquer tipo de violação, pois o material faz com que essa seja facilmente percebida pelo consumidor.
Fonte: Valor Econômico - SP
terça-feira, 18 de maio de 2010
Brasil alerta sobre barreiras para medicamento genérico
O governo brasileiro fez um alerta nesta segunda-feira, 17, durante a 63ª Assembleia Mundial de Saúde, que está ocorrendo em Genebra, Suíça, sobre o risco da criação de barreiras para a comercialização de medicamentos genéricos no mundo. Ao lado de países da América do Sul, da África e do sudeste asiático, o Brasil defende a revisão do debate sobre medicamentos falsificados, deflagrada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A discussão feita até agora incorpora temas relacionados à propriedade intelectual e às questões de saúde - uma mistura interpretada como um risco em potencial para a livre circulação de remédios.
Países querem que esse debate seja revisto e passe a ser conduzido diretamente pelos membros da OMS. Os trabalhos apresentados até o momento são resultado das orientações da Força-Tarefa Internacional Anti-Contrafação de Produtos Médicos (em inglês, Impact), um grupo criado pela própria OMS, com representantes de vários setores. A equipe defende que a discussão sobre falsificação de remédios vá além de questões de saúde pública e passe também a avaliar a origem e o respeito do produto às normas relacionadas à marca e à patente.
"O combate à falsificação de medicamentos, nossa responsabilidade comum, não pode servir de pretexto para que a dimensão comercial sobreponha-se à saúde pública. Propriedade intelectual não se confunde com medicamentos falsificados. Vítimas de violações aos direitos de propriedade intelectual são empresas; vítimas de medicamentos falsificados são pacientes - e são estes que requerem a proteção da OMS", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante seu discurso na assembleia.
O receio parte das experiências registradas nos últimos dois anos, quando cerca de 30 carregamentos de genéricos em trânsito de países como China e Índia para outros em desenvolvimento foram bloqueados em portos europeus. As apreensões foram feitas com base em uma legislação da União Europeia, que permite a apreensão de cargas suspeitas de desrespeitar propriedade intelectual. Em dezembro de 2008, uma carga de 500 quilos do medicamento genérico Losartan, adquirido pela brasileira EMS de uma empresa indiana, foi apreendido no porto de Roterdã, com base na legislação da UE.
Na última semana, o Brasil e a Índia apresentaram uma denúncia na Organização Mundial do Comércio para discutir a legalidade da apreensão de medicamentos genéricos em portos europeus. A justificativa das autoridades europeias é a de que produtos eram suspeitos de desrespeitar a propriedade intelectual, precedente que, de acordo com normas da União Europeia, permite a apreensão dos produtos.
Fonte: Estadão.com
Países querem que esse debate seja revisto e passe a ser conduzido diretamente pelos membros da OMS. Os trabalhos apresentados até o momento são resultado das orientações da Força-Tarefa Internacional Anti-Contrafação de Produtos Médicos (em inglês, Impact), um grupo criado pela própria OMS, com representantes de vários setores. A equipe defende que a discussão sobre falsificação de remédios vá além de questões de saúde pública e passe também a avaliar a origem e o respeito do produto às normas relacionadas à marca e à patente.
"O combate à falsificação de medicamentos, nossa responsabilidade comum, não pode servir de pretexto para que a dimensão comercial sobreponha-se à saúde pública. Propriedade intelectual não se confunde com medicamentos falsificados. Vítimas de violações aos direitos de propriedade intelectual são empresas; vítimas de medicamentos falsificados são pacientes - e são estes que requerem a proteção da OMS", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante seu discurso na assembleia.
O receio parte das experiências registradas nos últimos dois anos, quando cerca de 30 carregamentos de genéricos em trânsito de países como China e Índia para outros em desenvolvimento foram bloqueados em portos europeus. As apreensões foram feitas com base em uma legislação da União Europeia, que permite a apreensão de cargas suspeitas de desrespeitar propriedade intelectual. Em dezembro de 2008, uma carga de 500 quilos do medicamento genérico Losartan, adquirido pela brasileira EMS de uma empresa indiana, foi apreendido no porto de Roterdã, com base na legislação da UE.
Na última semana, o Brasil e a Índia apresentaram uma denúncia na Organização Mundial do Comércio para discutir a legalidade da apreensão de medicamentos genéricos em portos europeus. A justificativa das autoridades europeias é a de que produtos eram suspeitos de desrespeitar a propriedade intelectual, precedente que, de acordo com normas da União Europeia, permite a apreensão dos produtos.
Fonte: Estadão.com
Pesquisadores apontam Brasil e Cuba como modelo para remédios baratos
TORONTO - Pesquisadores canadenses destacaram a cooperação entre o Instituto Finlay de Cuba e a empresa brasileira Bio-Mangunhos como um modelo de colaboração entre empresas biotecnológicas de países em desenvolvimento que estão melhorando o acesso de remédios nas áreas mais pobres do mundo.
Pesquisadores de cinco países em desenvolvimentos em colaboração com o Centro MCLaughlin-Rotman de Saúde Global do Canadá (MRC) publicaram nesta segunda-feira, 10, na revista médica "Nature Biotechnology" o primeiro estudo em grande escala da colaboração "Sul-Sul" no campo da biotecnologia relacionado com a saúde.
Eles disseram que as empresas biotecnológicas nos países em desenvolvimento dependem cada vez menos das companhias de países mais industrializados e que as relações futuras entre instituições do Sul e do Norte serão cada vez mais equilibradas.
Colaborações contra surtos e epidemias
Halla Thorsteinsdóttir, diretora do estudo e integrante do Centro MCLaughlin-Rotman, disse que a relação entre o Instituto Finlay e a Bio-Mangunhos para responder a um surto de meningite na África em 2007 é um modelo dessas colaborações.
"Em 2007 aconteceu um surto de meningite no "cinto de meningite", uma faixa de países subsaarianos da África que cobre do Senegal à Etiópia. A Organização Mundial da Saúde (OMC) começou a buscar uma companhia que pudesse produzir uma vacina adequada para a epidemia", declarou Thorsteinsdóttir.
A OMC determinou que a colaboração entre o Instituto Finlay, que tem uma ampla experiência na luta contra meningite no país caribenho, e a empresa Bio-Mangunhos era a melhor opção.
"As vacinas contra a meningite produzidas pelas grandes empresas farmacêuticas eram mais complexas e caras que as produzidas pelo Brasil ou Cuba porque estão desenhadas para combater vários tipos de meningite", explicou Thorsteinsdóttir. "E não cobriam o tipo da África. Por outro lado, as vacinas de empresas ocidentais custavam US$ 80 a unidade enquanto o preço da produzida pela cooperação entre Cuba e Brasil era de menos de US$ 1" acrescentou.
Doenças "esquecidas"
O esquecimento das grandes companhias farmacêuticas de doenças que afetam aos países em vias de desenvolvimento é um dos principais motores que impulsionam o crescente número de relações Sul-Sul.
No continente asiático, empresas de Bangladesh e da Índia estão desenvolvendo de forma conjunta uma nova vacina para lutar contra os persistentes surtos de cólera que matam centenas de pessoas todos os anos. Se pesquisa terminar bem, a vacina será produzida pela empresa indiana Bilogical E.
Segundo o estudo, companhias do Brasil, China, Cuba, Egito, Índia e África do Sul iniciaram quase 280 colaborações Sul-Sul para o desenvolvimento de remédios e tratamentos. O país que mais tem é Brasil, com 64, seguido pela África do Sul, com 61, e Índia, com 54. Cuba tem 34, 7 mais que a China.
Os investigadores também afirmaram que os países da África Subsaaariana importam quase 90% de seus remédios, mas que este número pode ser reduzido rapidamente com o aumento das colaborações entre as empresas.
O diretor do MRC, o doutor Peter Singer, explicou a situação com uma imagem clássica das histórias em quadrinhos. "Há cinco bilhões de cérebros nos países em desenvolvimento. Quando se conectarem, as lâmpadas realmente começarão a brilhar. E quanto mais trabalharem juntos, menos dependerão do mundo industrializado" disse.
Fonte: Estadao.com
Pesquisadores de cinco países em desenvolvimentos em colaboração com o Centro MCLaughlin-Rotman de Saúde Global do Canadá (MRC) publicaram nesta segunda-feira, 10, na revista médica "Nature Biotechnology" o primeiro estudo em grande escala da colaboração "Sul-Sul" no campo da biotecnologia relacionado com a saúde.
Eles disseram que as empresas biotecnológicas nos países em desenvolvimento dependem cada vez menos das companhias de países mais industrializados e que as relações futuras entre instituições do Sul e do Norte serão cada vez mais equilibradas.
Colaborações contra surtos e epidemias
Halla Thorsteinsdóttir, diretora do estudo e integrante do Centro MCLaughlin-Rotman, disse que a relação entre o Instituto Finlay e a Bio-Mangunhos para responder a um surto de meningite na África em 2007 é um modelo dessas colaborações.
"Em 2007 aconteceu um surto de meningite no "cinto de meningite", uma faixa de países subsaarianos da África que cobre do Senegal à Etiópia. A Organização Mundial da Saúde (OMC) começou a buscar uma companhia que pudesse produzir uma vacina adequada para a epidemia", declarou Thorsteinsdóttir.
A OMC determinou que a colaboração entre o Instituto Finlay, que tem uma ampla experiência na luta contra meningite no país caribenho, e a empresa Bio-Mangunhos era a melhor opção.
"As vacinas contra a meningite produzidas pelas grandes empresas farmacêuticas eram mais complexas e caras que as produzidas pelo Brasil ou Cuba porque estão desenhadas para combater vários tipos de meningite", explicou Thorsteinsdóttir. "E não cobriam o tipo da África. Por outro lado, as vacinas de empresas ocidentais custavam US$ 80 a unidade enquanto o preço da produzida pela cooperação entre Cuba e Brasil era de menos de US$ 1" acrescentou.
Doenças "esquecidas"
O esquecimento das grandes companhias farmacêuticas de doenças que afetam aos países em vias de desenvolvimento é um dos principais motores que impulsionam o crescente número de relações Sul-Sul.
No continente asiático, empresas de Bangladesh e da Índia estão desenvolvendo de forma conjunta uma nova vacina para lutar contra os persistentes surtos de cólera que matam centenas de pessoas todos os anos. Se pesquisa terminar bem, a vacina será produzida pela empresa indiana Bilogical E.
Segundo o estudo, companhias do Brasil, China, Cuba, Egito, Índia e África do Sul iniciaram quase 280 colaborações Sul-Sul para o desenvolvimento de remédios e tratamentos. O país que mais tem é Brasil, com 64, seguido pela África do Sul, com 61, e Índia, com 54. Cuba tem 34, 7 mais que a China.
Os investigadores também afirmaram que os países da África Subsaaariana importam quase 90% de seus remédios, mas que este número pode ser reduzido rapidamente com o aumento das colaborações entre as empresas.
O diretor do MRC, o doutor Peter Singer, explicou a situação com uma imagem clássica das histórias em quadrinhos. "Há cinco bilhões de cérebros nos países em desenvolvimento. Quando se conectarem, as lâmpadas realmente começarão a brilhar. E quanto mais trabalharem juntos, menos dependerão do mundo industrializado" disse.
Fonte: Estadao.com
Carnes processadas aumentam risco de doenças vasculares, diz estudo
LONDRES - Salsichas e outros tipos de carne processada aumentam o risco de sofrer doenças vasculares, segundo estudo americano divulgado pela rede de televisão britânica BBC.
Arquivo/AESal e os conservantes utilizados na carne processada seriam responsáveis pelo aumento dos riscosApós analisar vários estudos que tiveram participação de mais de um milhão de voluntários, uma equipe da Universidade de Harvard chegou à conclusão de que o consumo de apenas 50 gramas de carne processada por dia aumenta também o risco de diabetes.
Consumir o dobro de carne que não passou por processamento não causa os mesmos riscos, apesar de os dois tipos de alimentos terem quantidade semelhante de impurezas. Por isso, os cientistas, que publicaram seu estudo no jornal acadêmico Circulation, acreditam na hipótese de o sal e os conservantes utilizados na carne processada (que inclui cortes defumados, curados ou salgados) serem os responsáveis pelo aumento dos riscos.
O sal pode aumentar a pressão sanguínea em algumas pessoas, enquanto em experimentos com animais foi demonstrado que os conservantes de nitrato podem contribuir para a arteriosclerose e reduzem a tolerância à glicose.
Segundo o estudo, o consumo diário de 50 gramas de carne processada por dia, o equivalente a uma salsicha ou uma porção de bacon, aumenta em 42% o risco de desenvolver uma doença cardiovascular e em 19% o de diabetes.
Fonte: LONDRES - Salsichas e outros tipos de carne processada aumentam o risco de sofrer doenças vasculares, segundo estudo americano divulgado pela rede de televisão britânica BBC.
Fonte: Estadão.com
Arquivo/AESal e os conservantes utilizados na carne processada seriam responsáveis pelo aumento dos riscosApós analisar vários estudos que tiveram participação de mais de um milhão de voluntários, uma equipe da Universidade de Harvard chegou à conclusão de que o consumo de apenas 50 gramas de carne processada por dia aumenta também o risco de diabetes.
Consumir o dobro de carne que não passou por processamento não causa os mesmos riscos, apesar de os dois tipos de alimentos terem quantidade semelhante de impurezas. Por isso, os cientistas, que publicaram seu estudo no jornal acadêmico Circulation, acreditam na hipótese de o sal e os conservantes utilizados na carne processada (que inclui cortes defumados, curados ou salgados) serem os responsáveis pelo aumento dos riscos.
O sal pode aumentar a pressão sanguínea em algumas pessoas, enquanto em experimentos com animais foi demonstrado que os conservantes de nitrato podem contribuir para a arteriosclerose e reduzem a tolerância à glicose.
Segundo o estudo, o consumo diário de 50 gramas de carne processada por dia, o equivalente a uma salsicha ou uma porção de bacon, aumenta em 42% o risco de desenvolver uma doença cardiovascular e em 19% o de diabetes.
Fonte: LONDRES - Salsichas e outros tipos de carne processada aumentam o risco de sofrer doenças vasculares, segundo estudo americano divulgado pela rede de televisão britânica BBC.
Fonte: Estadão.com
Hormônio do crescimento aumenta risco de câncer de mama, diz estudo
O hormônio do crescimento (IGF-1), que potencializa a divisão celular, aumenta o risco do desenvolvimento de câncer de mama como consequência da multiplicação descontrolada das células, constata um estudo publicado pela revista científica Lancet.
Esse hormônio costuma ser utilizado durante a infância para potencializar o crescimento da criança. Também há estudos sobre suas propriedades contra o envelhecimento e para tratamentos cosméticos.
A relação entre esse hormônio e o câncer de mama já tinha sido apontada por outras pesquisas, mas esta nova, realizada por cientistas da Universidade Oxford, analisa os casos de aproximadamente 5 mil mulheres com câncer de mama de 12 países diferentes.
Também foram levados em conta os resultados de até 17 pesquisas sobre o assunto, para estudá-las de forma conjunta.
Segundo o estudo, 20% das mulheres com altos níveis de hormônio do crescimento no sangue têm 28% mais chances de desenvolver câncer de mama que os 20% de mulheres com os menores níveis desse hormônio.
"Ver conjuntamente todas as informações disponíveis sobre o tema nos fornece evidências conclusivas que demonstram que, quanto maior for o nível de IGF-1 no sangue, maior é o risco de câncer de mama", afirmou Tim Key, um dos autores do estudo.
Key apontou que a dieta pode ser um dos fatores que contribuem para aumentar os níveis desse hormônio no sangue.
Outro dos autores do estudo, Lesley Walker, indicou que o hormônio IGF-1 também pode causar câncer de próstata.
Fonte: Estadão.com
Esse hormônio costuma ser utilizado durante a infância para potencializar o crescimento da criança. Também há estudos sobre suas propriedades contra o envelhecimento e para tratamentos cosméticos.
A relação entre esse hormônio e o câncer de mama já tinha sido apontada por outras pesquisas, mas esta nova, realizada por cientistas da Universidade Oxford, analisa os casos de aproximadamente 5 mil mulheres com câncer de mama de 12 países diferentes.
Também foram levados em conta os resultados de até 17 pesquisas sobre o assunto, para estudá-las de forma conjunta.
Segundo o estudo, 20% das mulheres com altos níveis de hormônio do crescimento no sangue têm 28% mais chances de desenvolver câncer de mama que os 20% de mulheres com os menores níveis desse hormônio.
"Ver conjuntamente todas as informações disponíveis sobre o tema nos fornece evidências conclusivas que demonstram que, quanto maior for o nível de IGF-1 no sangue, maior é o risco de câncer de mama", afirmou Tim Key, um dos autores do estudo.
Key apontou que a dieta pode ser um dos fatores que contribuem para aumentar os níveis desse hormônio no sangue.
Outro dos autores do estudo, Lesley Walker, indicou que o hormônio IGF-1 também pode causar câncer de próstata.
Fonte: Estadão.com
sábado, 15 de maio de 2010
Presidente da Câmara recebe farmacêuticos
Num dia de intensas atividades em Brasília, os farmacêuticos e estudantes de farmácias reunidos na manifestação chamada pela Fenafar realizam uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios, foram recebidos pelo ministro das Relações Institucionais, ocuparam a galeria da Câmara dos Deputados e tiveram um encontro com o presidente da Câmara, Michel Temer.
A luta dos farmacêuticos é para que seja votado e aprovado o PL 4385/94 que transforma a farmácia em estabelecimento de saúde. Michel Temer que recebeu a Fenafar no final da tarde, disse que apóia o projeto e vai trabalhar para que entre na pauta. Ele destacou que é de fundamental importância que a Fenafar e todas as entidades que defendem o projeto devem conversar com os deputados, particularmente com os líderes das bancadas, e conseguir a compromisso de todos com a votação do projeto.
Vamos intensificar esta semana o contato com os deputados e, principalmente, com os líderes partidários para garantir o apoio de todos e, assim, fazer com que a próxima reunião do colégio de líderes, na próxima terça, inclua o nosso projeto na pauta de votação”, reforçou a presidente da Fenafar, Célia Chaves. Ela destacou, ainda, que todos os sindicatos, entidades estudantis, conselhos e outras entidades que apóiam o substitutivo do deputado Ivan Valente entrem em contato através de e-mail, fax, telefonemas e até audiências com os deputados para potencializar a mobilização. Clique aqui e acesse a lista de todos os líderes da Câmara. Envie sua manifestação e exija o apoio do seu parlamentar.
O deputado Ivan Valente (PSol/SP) falou da importância da mobilização da Fenafa. “Estamos aqui relembrando que há exatos 13 anos nós aprovamos, na comissão de Defesa do Consumidor esse substitutivo, depois de uma audiência pública com mais de 500 pessoas e mais de 3 mil pessoas neste gramado exigindo a aprovação do proejto”, relembrou enquanto falava aos manifestantes durante o ato que a Fenafar promoveu do lado de fora da Câmara.
Valente disse é hora de “fazer votar o substitutivo e garantir o direito do povo brasileiro a uma assistência farmacêutica integral. É isso que estamos discutindo. Esse projeto tem unanimidade em toda a área de saúde pública no Brasil, tem apoio do Ministério da Saúde e da Anvisa, mas por razões escusas ele não consegue ser votado. Não se trata de um proejto coorporativo, embora ele exija a presença do profissional farmacêutico na farmácia. Ele garante essa presença, porque isso é um direito do cidadão. Nosso projeto define que a farmácia é um estabelecimento sanitário, ponto de linha do sistema de saúde, o que configura um grande avanço da saúde pública. Sua aprovação é uma espécie de lei orgânica da farmácia e vai impedir que outros projetos que tentam transformar o medicamento numa mercadoria sejam eliminados. Essa manifestação é importantíssima para ajudar a garantir a sua aprovação”, concluiu.
Fonte: http://www.fenafar.org.br
Algumas doenças poderão ser prevenidas a partir da flora intestinal
Algumas doenças poderão ser prevenidas a partir da flora intestinal
Algumas doenças podem ser prevenidas a partir da flora intestinal. A conclusão é de um estudo realizado por cientistas europeus. De acordo com os investigadores, uma análise aos intestinos pode ajudar a distinguir entre pessoas saudáveis e doentes.
Fonte: tv1.rtp.pt
Descoberta proteína que pode ajudar a combater infecção intestinal
A proteína PPAR-gama regula as defesas contra bactérias no intestino"
Cientistas europeus anunciaram a descoberta de uma proteína que pode ser estimulada com medicamentos e alimentos para restaurar as defesas naturais contra infecções intestinais, o que poderia representar um novo tratamento para doenças hoje incuráveis (crónicas), como a "doença de Crohn".
Sob comando de cientistas do Instituto Pasteur de Lille, na França, os pesquisadores descobriram que ter níveis baixos da proteína PPAR-gama, que regula as defesas contra certas bactérias no intestino, pode deixar os pacientes incapazes de enfrentar infecções intestinais. Por isso, o estímulo à proteína PPAR-gama poderia proteger contra essas doenças.
Mathias Chamaillard, que dirigiu o estudo, disse por telefone que os resultados mostram que drogas já usadas contra outras doenças podem ser eficazes também no caso da doença de Crohn.
Segundo ele, é o caso do Avandia (nome genérico: rosiglitazone), contra diabete, do laboratório GlaxoSmithKline, que comprovadamente restaura a defesa intestinal por meio da activação da PPAR-gama, e do Actos (pioglitazone), do laboratório Takeda, que age do mesmo modo.
A doença Inflamatória intestinal como a doença de Crohn e a colite ulcerativa afectam cerca de 0,5 por cento da população dos países desenvolvidos, e são notoriamente difíceis de tratar.
A equipa europeia, que teve o seu trabalho publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciência dos EUA, usou ratos manipulados geneticamente para terem baixos níveis da proteína PPAR-gama, e concluiu que eles eram menos capazes de enfrentar infecções bacterianas no cólon, em comparação a ratos normais.
Amostras retiradas do cólon de humanos vítimas da doença de Crohn mostram também níveis reduzidos de peptídeos antimicrobianos (defesas do organismo reguladas pela proteína PPAR-gama), segundo o artigo.
Chamaillard afirmou que alimentos e dietas contendo o ácido linoleico conjugado (CLA) podem estimular a actividade da PPAR-gama, e comprovadamente ajudam pacientes com colite e cancro associado à colite. O CLA é encontrado principalmente no leite e em carnes.
"A curto prazo, administrar a doença é o que procuramos, mas também pode ser que no futuro desenvolvamos uma forma de a parar", disse Chamaillard.
Ele acrescentou que a cura da doença de Crohn implicaria identificar pacientes sob risco antes de desenvolverem a enfermidade, para então reforçar as defesa associadas ao PPAR-gama e evitar o desenvolvimento da doença.
De acordo com os cientistas, ambas essas áreas ainda precisam de mais estudos.
Reuters | Health
Kate Kelland LONDON Mon Apr 26, 2010 3:01pm EDT
(Editing by Louise Ireland)
Artigo original da Reuters em inglês:
http://crohn.netne.net/index.php/noticias/798-study-scientists-find-new-protein-key-to-bowel-disease
Cientistas europeus anunciaram a descoberta de uma proteína que pode ser estimulada com medicamentos e alimentos para restaurar as defesas naturais contra infecções intestinais, o que poderia representar um novo tratamento para doenças hoje incuráveis (crónicas), como a "doença de Crohn".
Sob comando de cientistas do Instituto Pasteur de Lille, na França, os pesquisadores descobriram que ter níveis baixos da proteína PPAR-gama, que regula as defesas contra certas bactérias no intestino, pode deixar os pacientes incapazes de enfrentar infecções intestinais. Por isso, o estímulo à proteína PPAR-gama poderia proteger contra essas doenças.
Mathias Chamaillard, que dirigiu o estudo, disse por telefone que os resultados mostram que drogas já usadas contra outras doenças podem ser eficazes também no caso da doença de Crohn.
Segundo ele, é o caso do Avandia (nome genérico: rosiglitazone), contra diabete, do laboratório GlaxoSmithKline, que comprovadamente restaura a defesa intestinal por meio da activação da PPAR-gama, e do Actos (pioglitazone), do laboratório Takeda, que age do mesmo modo.
A doença Inflamatória intestinal como a doença de Crohn e a colite ulcerativa afectam cerca de 0,5 por cento da população dos países desenvolvidos, e são notoriamente difíceis de tratar.
A equipa europeia, que teve o seu trabalho publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciência dos EUA, usou ratos manipulados geneticamente para terem baixos níveis da proteína PPAR-gama, e concluiu que eles eram menos capazes de enfrentar infecções bacterianas no cólon, em comparação a ratos normais.
Amostras retiradas do cólon de humanos vítimas da doença de Crohn mostram também níveis reduzidos de peptídeos antimicrobianos (defesas do organismo reguladas pela proteína PPAR-gama), segundo o artigo.
Chamaillard afirmou que alimentos e dietas contendo o ácido linoleico conjugado (CLA) podem estimular a actividade da PPAR-gama, e comprovadamente ajudam pacientes com colite e cancro associado à colite. O CLA é encontrado principalmente no leite e em carnes.
"A curto prazo, administrar a doença é o que procuramos, mas também pode ser que no futuro desenvolvamos uma forma de a parar", disse Chamaillard.
Ele acrescentou que a cura da doença de Crohn implicaria identificar pacientes sob risco antes de desenvolverem a enfermidade, para então reforçar as defesa associadas ao PPAR-gama e evitar o desenvolvimento da doença.
De acordo com os cientistas, ambas essas áreas ainda precisam de mais estudos.
Reuters | Health
Kate Kelland LONDON Mon Apr 26, 2010 3:01pm EDT
(Editing by Louise Ireland)
Artigo original da Reuters em inglês:
http://crohn.netne.net/index.php/noticias/798-study-scientists-find-new-protein-key-to-bowel-disease
Comer nozes pode ajudar a baixar os níveis de colesterol
Estudo norte-americano associa consumo do fruto à redução dos níveis de lípidos no sangue
"Noz pode ajudar a reduzir concentração de colesterol"
Comer nozes pode ajudar a baixar os níveis de colesterol no sangue, de acordo com um estudo publicado nos Archives of Internal Medicine da American Medical Association.
Liderado por Joan Sebate, da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, o estudo comparou indivíduos que não comiam nozes com os que ingeriam o mesmo fruto seco.
Durante a investigação foram analisados 25 testes realizados em sete países, envolvendo homens e mulheres entre os 19 e os 86 anos com níveis altos ou normais de colesterol.
A conclusão foi clara: as pessoas que comeram 67 gramas de nozes por dia registaram uma queda de 5,1 por cento da concentração total de colesterol e uma diminuição de 7,4 por cento na lipoproteína LDL-C, o colesterol de baixa densidade, conhecido como mau colesterol.
Os indivíduos com altos níveis de triglicerídeos que comeram nozes registaram uma queda de 10,2 por cento nos níveis de lípidos no sangue.
Fonte: CiênciaHoje
Artigo em inglês »» http://archinte.ama-assn.org/cgi/content/abstract/170/9/821
Author Affiliations: Departments of Nutrition (Dr Sabaté) and Epidemiology and Biostatistics (Dr Sabaté and Mr Oda), Loma Linda University, Loma Linda, California; and Unitat de Lípids, Servei d’Endocrinologia i Nutrició, Institut d’Investigacions Biomèdiques August Pi Sunyer, Hospital Clínic de Barcelona, and Centro de Investigación Biomédica en Red Fisiopatología de la Obesidad y Nutrición, Instituto de Salud Carlos III, Barcelona, Spain (Dr Ros).
"Noz pode ajudar a reduzir concentração de colesterol"
Comer nozes pode ajudar a baixar os níveis de colesterol no sangue, de acordo com um estudo publicado nos Archives of Internal Medicine da American Medical Association.
Liderado por Joan Sebate, da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, o estudo comparou indivíduos que não comiam nozes com os que ingeriam o mesmo fruto seco.
Durante a investigação foram analisados 25 testes realizados em sete países, envolvendo homens e mulheres entre os 19 e os 86 anos com níveis altos ou normais de colesterol.
A conclusão foi clara: as pessoas que comeram 67 gramas de nozes por dia registaram uma queda de 5,1 por cento da concentração total de colesterol e uma diminuição de 7,4 por cento na lipoproteína LDL-C, o colesterol de baixa densidade, conhecido como mau colesterol.
Os indivíduos com altos níveis de triglicerídeos que comeram nozes registaram uma queda de 10,2 por cento nos níveis de lípidos no sangue.
Fonte: CiênciaHoje
Artigo em inglês »» http://archinte.ama-assn.org/cgi/content/abstract/170/9/821
Author Affiliations: Departments of Nutrition (Dr Sabaté) and Epidemiology and Biostatistics (Dr Sabaté and Mr Oda), Loma Linda University, Loma Linda, California; and Unitat de Lípids, Servei d’Endocrinologia i Nutrició, Institut d’Investigacions Biomèdiques August Pi Sunyer, Hospital Clínic de Barcelona, and Centro de Investigación Biomédica en Red Fisiopatología de la Obesidad y Nutrición, Instituto de Salud Carlos III, Barcelona, Spain (Dr Ros).
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Justiça mantém venda de dipirona em farmácias e drogarias
Em votação unânime, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região de Brasília determinou que os medicamentos à base de dipirona podem continuar a ser vendidos em farmácias e drogarias. A decisão ocorreu depois de o Ministério Público Federal entrar com pedido para que medicamentos com o princípio ativo fossem dispensados somente mediante apresentação de receita médica, com distribuição exclusiva pelos hospitais.
A alegação do Ministério Público Federal tinha por base os possíveis efeitos colaterais em pacientes tratados com a dipirona, entre os quais a agranulocitose e alterações cutâneas.
No entanto, a defesa do desembargador Fagundes de Deus usou um parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aponta que a incidência de efeitos colaterais é baixa em comparação ao número de apresentações farmacêuticas que contêm dipirona, e que os benefícios do medicamento excedem o risco. Recomendou ainda que a substância seja usada racionalmente, sob orientação do médico ou do farmacêutico.
Esta última recomendação vai ao encontro do que preconiza o CRF-SP ao alertar a população a fazer valer seus direitos de consumidor, solicitando sempre ao farmacêutico que o oriente sobre os riscos do uso de medicamentos – inclusive os isentos de prescrição.
Fonte; CRF-SP
A alegação do Ministério Público Federal tinha por base os possíveis efeitos colaterais em pacientes tratados com a dipirona, entre os quais a agranulocitose e alterações cutâneas.
No entanto, a defesa do desembargador Fagundes de Deus usou um parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aponta que a incidência de efeitos colaterais é baixa em comparação ao número de apresentações farmacêuticas que contêm dipirona, e que os benefícios do medicamento excedem o risco. Recomendou ainda que a substância seja usada racionalmente, sob orientação do médico ou do farmacêutico.
Esta última recomendação vai ao encontro do que preconiza o CRF-SP ao alertar a população a fazer valer seus direitos de consumidor, solicitando sempre ao farmacêutico que o oriente sobre os riscos do uso de medicamentos – inclusive os isentos de prescrição.
Fonte; CRF-SP
Relatório sobre segurança da dipirona aponta "eficácia inquestionável"
A Anvisa realizou em 2001, o Painel Internacional de Avaliação da Segurança da Dipirona. O objetivo do encontro foi discutir aspectos de segurança do analgésico e antitérmico, freqüentemente questionados por diversos segmentos médico-científicos e representantes de setores envolvidos com a defesa do consumidor.
Cientistas nacionais e estrangeiros, além de ouvintes representando diversas instituições, inclusive o Ministério Público, participaram do Painel e elaboraram Relatório Final (em formato pdf) sobre o assunto.
De acordo com o Relatório, a "eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é inquestionável". Os participantes do Painel também concluíram que os riscos atribuídos à utilização da dipirona na população brasileira são baixos. Segundo eles, dados científicos apontam que a ocorrência desses riscos não são suficientes para indicar uma alteração do status regulatório, que é a venda da dipirona sem prescrição médica.
A dipirona está no mercado mundial há oitenta anos. É comercializado em mais de 100 países, entre eles Alemanha, Itália, França, Holanda, Finlândia, Espanha, Argentina e México.
No Brasil, a dipirona é o analgésico e antitérmico mais utilizado pela população e já recebeu inúmeros ataques e defesas em relação a sua segurança. O Relatório elaborado durante o Painel contém o que de mais moderno e consistente existe na literatura científica correlata, em conjunto com as experiências científicas dos diversos participantes nacionais e estrangeiros.
Acesse o link abaixo Relatório Final de Avaliação da Segurança da Dipirona
Baixe em pdf o documento na integra do PAINEL INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO
DA SEGURANÇA DA DIPIRONA.” realizado em 2001 pela ANVISA.
http://www.anvisa.gov.br/divulga/informes/relatoriodipirona2.pdf
Fonte: WWW.ANVISA.GOV.BR
Cientistas nacionais e estrangeiros, além de ouvintes representando diversas instituições, inclusive o Ministério Público, participaram do Painel e elaboraram Relatório Final (em formato pdf) sobre o assunto.
De acordo com o Relatório, a "eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é inquestionável". Os participantes do Painel também concluíram que os riscos atribuídos à utilização da dipirona na população brasileira são baixos. Segundo eles, dados científicos apontam que a ocorrência desses riscos não são suficientes para indicar uma alteração do status regulatório, que é a venda da dipirona sem prescrição médica.
A dipirona está no mercado mundial há oitenta anos. É comercializado em mais de 100 países, entre eles Alemanha, Itália, França, Holanda, Finlândia, Espanha, Argentina e México.
No Brasil, a dipirona é o analgésico e antitérmico mais utilizado pela população e já recebeu inúmeros ataques e defesas em relação a sua segurança. O Relatório elaborado durante o Painel contém o que de mais moderno e consistente existe na literatura científica correlata, em conjunto com as experiências científicas dos diversos participantes nacionais e estrangeiros.
Acesse o link abaixo Relatório Final de Avaliação da Segurança da Dipirona
Baixe em pdf o documento na integra do PAINEL INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO
DA SEGURANÇA DA DIPIRONA.” realizado em 2001 pela ANVISA.
http://www.anvisa.gov.br/divulga/informes/relatoriodipirona2.pdf
Fonte: WWW.ANVISA.GOV.BR
Mobilização histórica em Brasília
CRF-SP e outras entidades farmacêuticas juntam-se a profissionais e estudantes para pedir apoio dos parlamentares para votação e aprovação do substitutivo do Projeto de Lei do deputado Ivan Valente
Mais de mil pessoas, entre farmacêuticos e estudantes de Farmácia de todo o país, concentraram-se na quarta-feira (12 de maio) em frente à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para manifestar apoio ao substitutivo ao PL 4385/94, que transforma definitivamente a farmácia em um estabelecimento de saúde.
O CRF-SP foi uma das entidades participantes da mobilização, representada pelos diretores dr. Pedro Menegasso e dra. Margarete Akemi Kishi, além de conselheiros e diretores regionais.
O objetivo da ida a Brasília foi sensibilizar os parlamentares quanto à votação e aprovação do substitutivo ao Projeto de Lei, de autoria do deputado federal Ivan Valente. O texto do substitutivo garante a assistência farmacêutica como parte de uma política nacional de saúde, combatendo uma visão que trata o medicamento como mercadoria comum.
Receptividade
Os parlamentares receberam os farmacêuticos com receptividade e demonstraram total apoio ao substitutivo, que aguarda votação do plenário da Câmara há 16 anos, mas que em março passado foi incluído pela bancada de líderes na lista dos projetos prioritários.
“O substitutivo trata da farmácia em sua essência”, avaliou a deputada e também farmacêutica dra. Vanessa Grazziotin. “Trata-se de um dos projetos de lei mais importantes, não só porque valoriza o profissional, mas sim porque garante melhor assistência farmacêutica à população”.
A também farmacêutica e deputada dra. Alice Portugal, que coordena a Frente Parlamentar de Assistência Farmacêutica, elogiou a iniciativa dos profissionais e entidades que se deslocaram a Brasília. “Na medida em que a categoria torna públicos seus interesses, fica mais fácil implementá-los junto ao poder público”.
De acordo com o autor da proposta, o deputado Ivan Valente, a ideia é que em breve sejam realizadas audiências públicas para discutir o substitutivo. “O projeto de lei não é corporativo. Representa um grande avanço do ponto de vista da saúde pública”, reiterou.
No período da tarde, os representantes do CRF-SP e das demais entidades farmacêuticas, entre as quais sindicatos e outros Conselhos Regionais de Farmácia, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Michel Temer, que disse ser favorável ao substitutivo e se propôs a discutir novamente a matéria.
O diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, fez um balanço da mobilização em Brasília. “Não há como mudar a realidade do país se não for com mobilizações como a que fizemos hoje. O apoio da categoria e dos estudantes futuramente irão assumir o mercado de trabalho está sendo fundamental”.
Além do dr. Pedro e da dra. Margarete, participaram da mobilização os conselheiros dra. Priscila Dejuste, dra. Laise Ponce Leon Simões e dr. Paulo José Teixeira; os diretores regionais dr. Marco Aurélio Poe Santana (Araçatuba); dr. Rogério Gomes da Silveira (Sorocaba), dr. Glicério Diniz Maia (Registro) e dra. Priscila Valtier (Mogi das Cruzes); além do assessor dr. Paulo Silas.
Fonte: CR-SP
Mais de mil pessoas, entre farmacêuticos e estudantes de Farmácia de todo o país, concentraram-se na quarta-feira (12 de maio) em frente à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para manifestar apoio ao substitutivo ao PL 4385/94, que transforma definitivamente a farmácia em um estabelecimento de saúde.
O CRF-SP foi uma das entidades participantes da mobilização, representada pelos diretores dr. Pedro Menegasso e dra. Margarete Akemi Kishi, além de conselheiros e diretores regionais.
O objetivo da ida a Brasília foi sensibilizar os parlamentares quanto à votação e aprovação do substitutivo ao Projeto de Lei, de autoria do deputado federal Ivan Valente. O texto do substitutivo garante a assistência farmacêutica como parte de uma política nacional de saúde, combatendo uma visão que trata o medicamento como mercadoria comum.
Receptividade
Os parlamentares receberam os farmacêuticos com receptividade e demonstraram total apoio ao substitutivo, que aguarda votação do plenário da Câmara há 16 anos, mas que em março passado foi incluído pela bancada de líderes na lista dos projetos prioritários.
“O substitutivo trata da farmácia em sua essência”, avaliou a deputada e também farmacêutica dra. Vanessa Grazziotin. “Trata-se de um dos projetos de lei mais importantes, não só porque valoriza o profissional, mas sim porque garante melhor assistência farmacêutica à população”.
A também farmacêutica e deputada dra. Alice Portugal, que coordena a Frente Parlamentar de Assistência Farmacêutica, elogiou a iniciativa dos profissionais e entidades que se deslocaram a Brasília. “Na medida em que a categoria torna públicos seus interesses, fica mais fácil implementá-los junto ao poder público”.
De acordo com o autor da proposta, o deputado Ivan Valente, a ideia é que em breve sejam realizadas audiências públicas para discutir o substitutivo. “O projeto de lei não é corporativo. Representa um grande avanço do ponto de vista da saúde pública”, reiterou.
No período da tarde, os representantes do CRF-SP e das demais entidades farmacêuticas, entre as quais sindicatos e outros Conselhos Regionais de Farmácia, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Michel Temer, que disse ser favorável ao substitutivo e se propôs a discutir novamente a matéria.
O diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, fez um balanço da mobilização em Brasília. “Não há como mudar a realidade do país se não for com mobilizações como a que fizemos hoje. O apoio da categoria e dos estudantes futuramente irão assumir o mercado de trabalho está sendo fundamental”.
Além do dr. Pedro e da dra. Margarete, participaram da mobilização os conselheiros dra. Priscila Dejuste, dra. Laise Ponce Leon Simões e dr. Paulo José Teixeira; os diretores regionais dr. Marco Aurélio Poe Santana (Araçatuba); dr. Rogério Gomes da Silveira (Sorocaba), dr. Glicério Diniz Maia (Registro) e dra. Priscila Valtier (Mogi das Cruzes); além do assessor dr. Paulo Silas.
Fonte: CR-SP
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Túnel do Tempo
Brasil desperdiça R$ 1 bilhão em medicamentos vencidos
Falhas na compra e no armazenamento levam a desperdício de R$ 1 bilhão com medicamentos
Os governos federal, estaduais e municipais desperdiçam todo ano cerca de R$ 1 bilhão com medicamentos.
A estimativa é do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que calcula que, em média, 20% dos medicamentos comprados no varejo pelo poder público e pelos hospitais privados são desperdiçados anualmente.
Isso acontece, segundo o conselho, por falhas na aquisição e no armazenamento dos remédios e por problemas na gestão dos produtos.
Entretanto, não é apenas culpa do governo, mas da mesma forma, os consumidores também contribuem com o desperdício. O Conselho avalia que, por ano, uma família de classe média com quatro pessoas joga fora em torno de R$ 60 em medicamentos vencidos.
Outros problemas relacionados à ineficiência da gestão farmacêutica são o alto índice de intoxicação, o uso irracional de medicamentos e a não adesão de pacientes aos tratamentos.
Em 2007, 30,3% dos casos de intoxicação registrados no Brasil foram causados por uso inadequado de remédios, como superdosagem e automedicação. Naquele ano, segundo dados da Fiocruz, 34.068 pessoas apresentaram intoxicação medicamentosa
Os governos federal, estaduais e municipais desperdiçam todo ano cerca de R$ 1 bilhão com medicamentos.
A estimativa é do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que calcula que, em média, 20% dos medicamentos comprados no varejo pelo poder público e pelos hospitais privados são desperdiçados anualmente.
Isso acontece, segundo o conselho, por falhas na aquisição e no armazenamento dos remédios e por problemas na gestão dos produtos.
Entretanto, não é apenas culpa do governo, mas da mesma forma, os consumidores também contribuem com o desperdício. O Conselho avalia que, por ano, uma família de classe média com quatro pessoas joga fora em torno de R$ 60 em medicamentos vencidos.
Outros problemas relacionados à ineficiência da gestão farmacêutica são o alto índice de intoxicação, o uso irracional de medicamentos e a não adesão de pacientes aos tratamentos.
Em 2007, 30,3% dos casos de intoxicação registrados no Brasil foram causados por uso inadequado de remédios, como superdosagem e automedicação. Naquele ano, segundo dados da Fiocruz, 34.068 pessoas apresentaram intoxicação medicamentosa
terça-feira, 11 de maio de 2010
Participe de grande ato pela Farmácia como Estabelecimento de Saúde
Farmacêuticos dos quatro cantos do país mobilizam-se em caravanas para grande ato, no dia 12 de maio, em Brasília, pela votação e aprovação do substitutivo ao projeto de lei 4385/94, que transforma a farmácia em estabelecimento de saúde. A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) convoca toda a categoria e também os estudantes da área para participarem da manifestação, pressionando os deputados em prol de uma bandeira histórica e tão importante. Organize sua entidade, vá e leve os colegas. Integre esse grande movimento nacional.
O ato pretende sensibilizar a população sobre a necessidade de ter, nas farmácias - ao invés de simples estabelecimentos comerciais - locais de atendimento e promoção de saúde, com acesso aos medicamentos e à necessária orientação. Para chamar a atenção para o assunto, é preciso a presença de todos.
Já estão confirmadas verdadeiras comitivas, que chegarão em caravanas de ônibus saídas de Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Minas Gerais - além daqueles que se organizam para irem de avião. A Fenafar faz um chamamento especial aos farmacêuticos e estudantes do próprio Distrito Federal, para que compareçam em massa a esse encontro histórico da categoria.
A concentração da atividade será na Esplanada dos Ministérios, ao lado da Catedral de Brasília, às 9h do dia 12 de maio. A ideia é pressionar os parlamentares, primeiro, para que o substitutivo entre em votação e, principalmente, para que seja aprovado.
A proposta
O texto, que tramita há cerca de 12 anos no Congresso Nacional, garante a assistência farmacêutica como parte de uma política nacional de saúde, combatendo uma visão que trata o medicamentos como mercadoria comum. O intuito do substitutivo é que a farmácia não seja mais vista como mais um estabelecimento comercial lucrativo, onde qualquer produto é vendido, mas sim como um ambiente que cumpre um papel de interesse social.
O projeto define a farmácia como estabelecimento sanitário e prevê a presença obrigatória do farmacêutico profissional em tempo integral. A matéria tem, portanto, também grande repercussão no mercado de trabalho da categoria.
A ideia é acabar com a prática frequente de o balconista de farmácia indicar medicamentos ao cliente, sem ter competência para isso. De acordo com o deputado federal Ivan Valente, autor do substitutivo, estatísticas provam que a ingestão de remédios sem receita e orientação ocupa o primeiro lugar nos casos de morte e intoxicação no país. As pesquisas também mostram que os índices indiscriminados de auto-medicação têm aumentado com o passar do tempo.
A campanha para transformar a farmácia em estabelecimento de saúde tem o apoio do Ministério da Saúde, câmaras de vereadores, assembleias legislativas e de todas as entidades que defendem a saúde pública e a assistência farmacêutica integral. Em 2008, fruto da mobilização da Federação Nacional dos Farmacêuticos, foi lançada inclusive uma Frente Parlamentar de Assistência Farmacêutica na Câmara dos Deputados, que estimula a mobilização em Brasília.
Fonte: http://www.fenafar.org.br
O ato pretende sensibilizar a população sobre a necessidade de ter, nas farmácias - ao invés de simples estabelecimentos comerciais - locais de atendimento e promoção de saúde, com acesso aos medicamentos e à necessária orientação. Para chamar a atenção para o assunto, é preciso a presença de todos.
Já estão confirmadas verdadeiras comitivas, que chegarão em caravanas de ônibus saídas de Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Minas Gerais - além daqueles que se organizam para irem de avião. A Fenafar faz um chamamento especial aos farmacêuticos e estudantes do próprio Distrito Federal, para que compareçam em massa a esse encontro histórico da categoria.
A concentração da atividade será na Esplanada dos Ministérios, ao lado da Catedral de Brasília, às 9h do dia 12 de maio. A ideia é pressionar os parlamentares, primeiro, para que o substitutivo entre em votação e, principalmente, para que seja aprovado.
A proposta
O texto, que tramita há cerca de 12 anos no Congresso Nacional, garante a assistência farmacêutica como parte de uma política nacional de saúde, combatendo uma visão que trata o medicamentos como mercadoria comum. O intuito do substitutivo é que a farmácia não seja mais vista como mais um estabelecimento comercial lucrativo, onde qualquer produto é vendido, mas sim como um ambiente que cumpre um papel de interesse social.
O projeto define a farmácia como estabelecimento sanitário e prevê a presença obrigatória do farmacêutico profissional em tempo integral. A matéria tem, portanto, também grande repercussão no mercado de trabalho da categoria.
A ideia é acabar com a prática frequente de o balconista de farmácia indicar medicamentos ao cliente, sem ter competência para isso. De acordo com o deputado federal Ivan Valente, autor do substitutivo, estatísticas provam que a ingestão de remédios sem receita e orientação ocupa o primeiro lugar nos casos de morte e intoxicação no país. As pesquisas também mostram que os índices indiscriminados de auto-medicação têm aumentado com o passar do tempo.
A campanha para transformar a farmácia em estabelecimento de saúde tem o apoio do Ministério da Saúde, câmaras de vereadores, assembleias legislativas e de todas as entidades que defendem a saúde pública e a assistência farmacêutica integral. Em 2008, fruto da mobilização da Federação Nacional dos Farmacêuticos, foi lançada inclusive uma Frente Parlamentar de Assistência Farmacêutica na Câmara dos Deputados, que estimula a mobilização em Brasília.
Fonte: http://www.fenafar.org.br
Fenafar intensifica pressão no Congresso pela votação do PL 4385/94
A Federação Nacional dos Farmacêuticos realiza no próximo dia 12 de Maio uma grande manifestação em Brasília para pressionar os parlamentares do Congresso Nacional a colocarem em votação o substitutivo ao projeto de lei 4385/94, que transforma a farmácia em estabelecimento de saúde. Leia entrevista da presidente da Fenafar, Célia Chaves, ao Portal da CTB.
A Fenafar tem travado uma intensa luta no Congresso Nacional para que o Projeto de Lei 4385/94 entre na pauta da Câmara Federal. Como estão as conversas agora?
Célia: Ele está como prioridade para entrar em votação. O que quer dizer tudo e não quer dizer nada. Afinal, são muitos projetos importantes também. Desde nossa última mobilização, em 2008, ele recebeu o apoio de diversos parlamentares, de líderes partidários. Fizemos essa manifestação, à época, para desengavetá-lo e isso nós conseguimos. Agora vamos fazer uma nova manifestação no dia 12 de Maio, em Brasília, para ver se ele entra na pauta de votação.
Faz um bom tempo que o projeto está emperrado no congresso. De onde vem a resistência?
Célia: Na realidade a resistência está no comércio varejista e farmacêutico. Porque disciplina o comércio farmacêutico e dificulta a venda indiscriminada de medicamentos, como estabelecido pela RDC- Resolução da Diretoria Colegiada n°44/2009 – da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - que criou critérios e condições mínimas para o cumprimento das boas práticas farmacêuticas. Como a retirada dos medicamentos das prateleiras nas farmácias. Então, esse atraso no andamento do PL demonstra que a resistência que a medidas encontra por tentar colocar um pouco de ordem no setor. O PL 4385 não é resolução, como no caso da ANVISA, ele restringe as ações mercadológicas. Visa mudar esse caráter de mercado encontrado nas farmácias. O problema é que no congresso encontramos projetos igualmente prioritários. Então se torna um jogo político. Temos o apoio de centenas de parlamentares. Mas precisamos continuar pressionando.
Quais os benefícios que esse projeto trará para a população?
Célia: Ele tem o principal objetivo de fazer com que a farmácia deixe de ser um estabelecimento comercial. De ter esse caráter de venda, de empurrar os medicamentos. A perspectiva é que comece a ser vista pela população como um estabelecimento de saúde. Fortalecerá a obrigatoriedade de manter um farmacêutico em tempo integral a disposição da população. Isso já é uma lei, mas nem sempre aplicada. O que também favorece a categoria. Isso só ocorre no setor, porque quando queremos consultar um médico, um advogado, por exemplo, não aceitamos ser atendidos por outro tipo de profissional. Precisamos mudar a ótica que a farmácia é um mero comércio. Aquele produto tem que se acompanhado por algum tipo de orientação, com a indicação de um profissional. Outro destaque, diz respeito à abertura de novas farmácias, que necessitaria de aval dos conselhos municipais, que verificaria a necessidade de mais de um estabelecimento no local. Porque essa abertura indiscriminada eleva a prática da concorrência, que afeta a prestação de serviços à população. Como a oferta de medicamentos falsos, baixa qualidade, péssima prestação de serviços. Temos que mostra que o remédio não é uma mercadoria que se pode comprar indiscriminadamente. Já que essa venda muitas vezes é induzida, principalmente por propagandas sem critérios.
O PL é a saída para reverter esse quadro?
Célia: O projeto é uma das medidas que vão ajudar na conscientização das pessoas. Vai dar mais força à ANVISA, para que se faça outras regulamentações, mais rigorosas. Temos leis que fazem essas restrições, elas têm algumas restrições, mas está defasada. Precisa de um aprimoramento, uma atualização. Ela sozinha não dá conta.
Como está mobilização para o Dia 12 de Maio?
Célia: Pretendemos levar um grande numero de profissionais. Estamos mobilizando sindicatos filiados, conselhos, estudantes, diversas entidades dos movimentos sociais e sindical. Pretendemos unir forças com profissionais e acadêmicos num movimento permanente. Faremos uma caminhada, tentaremos conversar ministros, como fizemos à época lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, em 2008. Conseguimos a adesão de centenas de parlamentares. No dia 07 de abril, também promovemos uma atividade. No Dia mundial da Saúde, realizamos um café da manhã, no restaurante da Câmara com a presença de dezenas de pessoas. Agora para o dia 12 de maio, pretendemos mobilizar duas mil pessoas, em Brasília.
Há pouco tempo a Fenafar se filiou à CTB. Qual a contribuição que a Central pode dar para essa luta específica?
Célia: Esperamos uma mudança radical. Nós estávamos muito afastados da Central a qual estávamos filiados. Agora queremos uma proximidade. Esperamos o apoio político e logístico, no sentido de nos ajudar a mobilizar a categoria e os apoiadores. Se a gente consegue o apoio da central e de outros sindicatos, isso fortalece, e muito, o movimento e mostra que essa não é uma luta corporativa, apenas da categoria, mas sim, da população. É nisso, é fundamental ter o apoio da Central.
Como se deu a escolha pela central que representariam os 80 mil farmacêuticos brasileiros?
Célia: Fizemos uma boa discussão nesse sentido, com a presença de cinco centrais. Os delegados tiveram a oportunidade de ouvir inclusive a central na qual estávamos filiados. Tivemos um debate, uma discussão profunda antes de fazer essa escolha. Foram colocadas para a categoria as bandeiras de cada central. Entre outros pontos, o que fez a diferença foi a questão da contribuição e da unicidade sindical. Atualmente, enfrentamos o enfraquecimento da categoria, pelo fato de haver duas federações. Houve um racha. Por isso defendemos a unicidade, uma bandeira da CTB. Esses, entre outros pontos, fizeram partes da discussão. Juntamente como a análise da posição política e de luta na defesa dos direitos dos trabalhadores, que as centrais têm. Tudo isso foi determinante. E pelo resultado expressivo, a eleição mostrou que a categoria considerou a CTB a melhor escolha para a defesa dos interesses dos farmacêuticos do Brasil.
Fonte: http://www.fenafar.org.br
A Fenafar tem travado uma intensa luta no Congresso Nacional para que o Projeto de Lei 4385/94 entre na pauta da Câmara Federal. Como estão as conversas agora?
Célia: Ele está como prioridade para entrar em votação. O que quer dizer tudo e não quer dizer nada. Afinal, são muitos projetos importantes também. Desde nossa última mobilização, em 2008, ele recebeu o apoio de diversos parlamentares, de líderes partidários. Fizemos essa manifestação, à época, para desengavetá-lo e isso nós conseguimos. Agora vamos fazer uma nova manifestação no dia 12 de Maio, em Brasília, para ver se ele entra na pauta de votação.
Faz um bom tempo que o projeto está emperrado no congresso. De onde vem a resistência?
Célia: Na realidade a resistência está no comércio varejista e farmacêutico. Porque disciplina o comércio farmacêutico e dificulta a venda indiscriminada de medicamentos, como estabelecido pela RDC- Resolução da Diretoria Colegiada n°44/2009 – da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - que criou critérios e condições mínimas para o cumprimento das boas práticas farmacêuticas. Como a retirada dos medicamentos das prateleiras nas farmácias. Então, esse atraso no andamento do PL demonstra que a resistência que a medidas encontra por tentar colocar um pouco de ordem no setor. O PL 4385 não é resolução, como no caso da ANVISA, ele restringe as ações mercadológicas. Visa mudar esse caráter de mercado encontrado nas farmácias. O problema é que no congresso encontramos projetos igualmente prioritários. Então se torna um jogo político. Temos o apoio de centenas de parlamentares. Mas precisamos continuar pressionando.
Quais os benefícios que esse projeto trará para a população?
Célia: Ele tem o principal objetivo de fazer com que a farmácia deixe de ser um estabelecimento comercial. De ter esse caráter de venda, de empurrar os medicamentos. A perspectiva é que comece a ser vista pela população como um estabelecimento de saúde. Fortalecerá a obrigatoriedade de manter um farmacêutico em tempo integral a disposição da população. Isso já é uma lei, mas nem sempre aplicada. O que também favorece a categoria. Isso só ocorre no setor, porque quando queremos consultar um médico, um advogado, por exemplo, não aceitamos ser atendidos por outro tipo de profissional. Precisamos mudar a ótica que a farmácia é um mero comércio. Aquele produto tem que se acompanhado por algum tipo de orientação, com a indicação de um profissional. Outro destaque, diz respeito à abertura de novas farmácias, que necessitaria de aval dos conselhos municipais, que verificaria a necessidade de mais de um estabelecimento no local. Porque essa abertura indiscriminada eleva a prática da concorrência, que afeta a prestação de serviços à população. Como a oferta de medicamentos falsos, baixa qualidade, péssima prestação de serviços. Temos que mostra que o remédio não é uma mercadoria que se pode comprar indiscriminadamente. Já que essa venda muitas vezes é induzida, principalmente por propagandas sem critérios.
O PL é a saída para reverter esse quadro?
Célia: O projeto é uma das medidas que vão ajudar na conscientização das pessoas. Vai dar mais força à ANVISA, para que se faça outras regulamentações, mais rigorosas. Temos leis que fazem essas restrições, elas têm algumas restrições, mas está defasada. Precisa de um aprimoramento, uma atualização. Ela sozinha não dá conta.
Como está mobilização para o Dia 12 de Maio?
Célia: Pretendemos levar um grande numero de profissionais. Estamos mobilizando sindicatos filiados, conselhos, estudantes, diversas entidades dos movimentos sociais e sindical. Pretendemos unir forças com profissionais e acadêmicos num movimento permanente. Faremos uma caminhada, tentaremos conversar ministros, como fizemos à época lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, em 2008. Conseguimos a adesão de centenas de parlamentares. No dia 07 de abril, também promovemos uma atividade. No Dia mundial da Saúde, realizamos um café da manhã, no restaurante da Câmara com a presença de dezenas de pessoas. Agora para o dia 12 de maio, pretendemos mobilizar duas mil pessoas, em Brasília.
Há pouco tempo a Fenafar se filiou à CTB. Qual a contribuição que a Central pode dar para essa luta específica?
Célia: Esperamos uma mudança radical. Nós estávamos muito afastados da Central a qual estávamos filiados. Agora queremos uma proximidade. Esperamos o apoio político e logístico, no sentido de nos ajudar a mobilizar a categoria e os apoiadores. Se a gente consegue o apoio da central e de outros sindicatos, isso fortalece, e muito, o movimento e mostra que essa não é uma luta corporativa, apenas da categoria, mas sim, da população. É nisso, é fundamental ter o apoio da Central.
Como se deu a escolha pela central que representariam os 80 mil farmacêuticos brasileiros?
Célia: Fizemos uma boa discussão nesse sentido, com a presença de cinco centrais. Os delegados tiveram a oportunidade de ouvir inclusive a central na qual estávamos filiados. Tivemos um debate, uma discussão profunda antes de fazer essa escolha. Foram colocadas para a categoria as bandeiras de cada central. Entre outros pontos, o que fez a diferença foi a questão da contribuição e da unicidade sindical. Atualmente, enfrentamos o enfraquecimento da categoria, pelo fato de haver duas federações. Houve um racha. Por isso defendemos a unicidade, uma bandeira da CTB. Esses, entre outros pontos, fizeram partes da discussão. Juntamente como a análise da posição política e de luta na defesa dos direitos dos trabalhadores, que as centrais têm. Tudo isso foi determinante. E pelo resultado expressivo, a eleição mostrou que a categoria considerou a CTB a melhor escolha para a defesa dos interesses dos farmacêuticos do Brasil.
Fonte: http://www.fenafar.org.br
domingo, 9 de maio de 2010
FDA adverte Roche e Shire sobre publicidade enganosa de fármacos
FDA adverte Roche e Shire sobre publicidade enganosa de fármacos
A entidade reguladora norte-americana dos EUA, a FDA, advertiu a Genentech, unidade da Roche Holding AG, e a Shire Plc sobre promoções enganosas de fármacos para o cancro e para o intestino, segundo cartas divulgadas na quarta-feira, citadas pela agência Reuters.
Numa carta de 29 de Abril, a FDA disse que o material promocional da Genentech fazia reivindicações não comprovadas da eficácia do fármaco para o cancro Rituxan® e não mencionou informações de risco importantes.
"O efeito geral dessas publicidades enganosas prejudica a comunicação de informações de risco importantes, sugerindo que o Rituxan® é mais seguro do que tem sido demonstrado", disse a FDA sobre os materiais que eram destinados a médicos.
O porta-voz da Genentech Edward Lang afirmou que a empresa vai trabalhar para remover todos os materiais enganosos.
A FDA escreveu duas cartas à Shire opondo-se a materiais de vendas de medicamentos para tratar a colite ulcerosa, uma inflamação crónica no intestino.
A agência disse que uma brochura da Shire, desenvolvida para médicos, exagera na eficácia e omite algumas informações sobre o medicamento Lialda®. Outra promoção para médicos fazia reivindicações não comprovadas da eficácia do fármaco da empresa, o Pentasa®.
O porta-voz da Shire Matt Cabrey disse que a empresa deixou de usar as promoções citadas pela FDA e está a trabalhar com a agência para resolver as questões levantadas nas cartas.
Fonte: DE Portugal News
A entidade reguladora norte-americana dos EUA, a FDA, advertiu a Genentech, unidade da Roche Holding AG, e a Shire Plc sobre promoções enganosas de fármacos para o cancro e para o intestino, segundo cartas divulgadas na quarta-feira, citadas pela agência Reuters.
Numa carta de 29 de Abril, a FDA disse que o material promocional da Genentech fazia reivindicações não comprovadas da eficácia do fármaco para o cancro Rituxan® e não mencionou informações de risco importantes.
"O efeito geral dessas publicidades enganosas prejudica a comunicação de informações de risco importantes, sugerindo que o Rituxan® é mais seguro do que tem sido demonstrado", disse a FDA sobre os materiais que eram destinados a médicos.
O porta-voz da Genentech Edward Lang afirmou que a empresa vai trabalhar para remover todos os materiais enganosos.
A FDA escreveu duas cartas à Shire opondo-se a materiais de vendas de medicamentos para tratar a colite ulcerosa, uma inflamação crónica no intestino.
A agência disse que uma brochura da Shire, desenvolvida para médicos, exagera na eficácia e omite algumas informações sobre o medicamento Lialda®. Outra promoção para médicos fazia reivindicações não comprovadas da eficácia do fármaco da empresa, o Pentasa®.
O porta-voz da Shire Matt Cabrey disse que a empresa deixou de usar as promoções citadas pela FDA e está a trabalhar com a agência para resolver as questões levantadas nas cartas.
Fonte: DE Portugal News
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Medicamentos exigem cuidados no armazenamento
Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente.
, não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro.
"Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico".
Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar".
Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão".
A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".
Este pó é para o resfriado. As gotas são para a dor de barriga provocada pelo pó e . ...
e a pomada é para a coceira provocada pelas gotas...
Um jovem ficou com dor de garganta. Foi ao médico, que receitou penicilina para a inflamação. A dor de garganta desapareceu. Três dias depois, no entanto, ficou com coceira e vergões vermelhos em todo o corpo. Um médico diagnosticou corretamente uma alergia à penicilina e receitou anti-histamínicos. A alergia desapareceu.
Os anti-histamínicos fizeram o jovem ficar sonolento e ele cortou a mão no trabalho. A enfermeira da empresa colocou pomada antibacteriana no ferimento. A pomada tinha penicilina e a alergia voltou. Achando que havia a possibilidade de uma grave reação anafilática, já que a alergia acontecia pela segunda vez, o médico receitou cortisona. A alergia desapareceu de novo.
Infelizmente, o paciente ficou com dores abdominais e reparou que suas fezes continham sangue. O diagnóstico foi hemorragia por úlcera péptica, causada pela cortisona. Não foi possível controlar a hemorragia por métodos normais e o próximo passo foi uma gastrectomia parcial (retirada cirúrgica de parte do estômago). A operação foi um sucesso. As dores desapareceram e a hemorragia acabou.
O paciente perdeu tanto sangue com as hemorragias e a cirurgia, que foi indicada uma transfusão. Tomou um litro de sangue e logo contraiu hepatite, em decorrência da transfusão. Jovem e cheio de energia, recuperou-se da hepatite. No entanto, no local da transfusão, apareceu um inchaço vermelho e doloroso, indicando uma provável infecção.
Como já havia o problema anterior com a penicilina, o medicamento usado foi a tetraciclina. A infecção melhorou imediatamente. A flora intestinal foi afetada pela tetraciclina e apareceram espasmos abdominais dolorosos e uma diarréia muito forte. O paciente recebeu um antiespasmódico e, tanto a diarréia quanto os espasmos, desapareceram.
Infelizmente, esse medicamento era da fórmula da beladona, um sedativo que contém atropina, que alivia espasmos e dilata a pupila. Esse efeito prejudicou a visão do rapaz, que bateu com o carro numa árvore e morreu instantaneamente. Esta é uma história verdadeira
Fonte: Artigo do Dr. Leonard Tishkin, em The Myth of Modern Medicine ( O Mito da Medicina Moderna ).
Possíveis Interações Medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília-SP.
Resumo
A terapêutica atual pode envolver muitos medicamentos e é comum a prescrição de dois ou mais fármacos para um mesmo indivíduo. Durante ou após o tratamento estes medicamentos acabam se acumulando nas residências, aliado a esse fator está a facilidade na aquisição de novos medicamentos de venda livre, que acabam se tornando verdadeiros arsenais, podendo incorrer em interações medicamentosas se utilizados concomitantemente ou se associados ao álcool. Assim, nosso objetivo é demonstrar as possíveis interações medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília. Para tal, foram aplicados questionários semi estruturados com informações relacionadas ao objetivo do estudo em 150 residências, no período de março a julho de 2006 . Como resultado, 98% das residências possuíam algum tipo de medicamento, que se utilizados simultaneamente poderiam resultar em 98 possíveis interações, mais de 50% destas IM ocorreram nos domicílios com mais de 6 fármacos. Das interações envolvendo medicamento x medicamento 65,71% foram frutos de prescrição médica, já as possíveis interações envolvendo álcool, 54,3% proveniente da automedicação.
. Concluímos que a falta de informação da população pode provocar varias interações medicamentosas e considerando que muitos medicamentos são considerados um bem para muitos pacientes e que muitas vezes estes não se desfazem dos mesmos, a grande quantidade destes medicamentos nas residências, favorecem potencialmente as interações medicamentosas.
CONCLUSÃO
Os hábitos de vida da população, aliado à falta de informação sobre a farmacoterapia e sobre o medicamento em si, bem como o acúmulo destes nas residências, são apontados por este trabalho como variáveis significativas na ocorrência de possíveis IM, podendo resultar na alteração da ação terapêutica da terapia proposta, tornando-se um risco permanente para a saúde dos usuários. Orientar o usuário e desenvolver ações educativas sobre medicamentos, é um desafio para os novos profissionais de saúde.
Fonte: Elias Fernando Daniel, submetida a publicação,Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009
Confira o artigo na integra, disponivel em:
http://www.abf.org.br/pdf/2009/RBF_R1_2009/pag_54a58_193_ocorrencia_interacoes.pdf
Histórias que inspiram Homens e mulheres que marcaram a sua geração e até hoje são inspiração
Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou.
Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi.
Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi.
No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz.
Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar.
Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s.
Alguns de seus ensinamentos:
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. ’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter."
"Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor”.
“Todos os homens são iguais”
"O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons."
"Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”.
"Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor.”Foram as últimas palavras de Martin Luther King."Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma". -D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr
A união faz a força
Fico agradecido pela sua presença no meu blog. Espero que gostem dos informativos e textos. Semanalmente estarei apresentando temas diferentes a respeito da prática profissional farmacêutica. Se quiserem algum material ou outras informações, basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail.
Em breve também abrirei espaço para discussão de casos sobre o mercado Farmacêutico e também questões de interesse publico
Grato pela atenção, e por favor, ajude-nos a divulgar este blog.
Elias Fernando Daniel
Farmacêutico CRF-SP
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