
“A farmácia nos mandou o relatório e eu entreguei em mãos e em caráter de urgência ao Ladetec, que reconheceu a contaminação e identificou a presença da furosemida e de outro diurético”, revelou ao UOL Esporte Sandra Soldan, médica da CBDA responsável pelo antidoping.
Sandra também confirmou que as amostras de urina foram testadas novamente para averiguar se o PH tinha sido alterado pela função diurética da furosemida. "Pelo PH e pela densidade, ficou provado que eles não tiveram essa intenção de mascarar outras substâncias", afirmou.
Cesar Cielo testou positivo para a furosemida, um diurético famoso por esconder outras substâncias proibidas, em exame realizado no Troféu Maria Lenk, no início de maio. Mas o resultado só foi divulgado nesta sexta-feira. Além do campeão olímpico e mundial, os nadadores Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked também testaram positivo para a substância.
O painel de Controle de Doping instaurado pela CBDA optou por “advertência aos quatro atletas uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio”. E o relatório da farmácia de manipulação de Santa Bárbara D’Oeste - cidade natal de Cielo - foi decisivo para a aplicação da punição branda.
“A gente entende que não houve negligência nem culpa. Há dois anos Cesar Cielo vai sempre na mesma farmácia e toma o mesmo suplemento fabricado nela. Já passou por vários controles de doping e nunca acusou nada. Ele tem o cuidado de consultar médicos e nutricionistas antes”, explicou Eduardo De Rose, que presidiu o painel de Controle de Doping.
Fonte: UOL.COM.BR