Já o vice-presidente da ABIFINA, Nelson Brasil, realizou um discurso em homenagem ao ministro, pela sua atuação durante o segundo mandato do governo Lula. Segundo ele, Temporão "não se limitou a uma política de saúde pública meramente assistencialista, promovendo ações que visaram o fortalecimento da cadeia produtiva nacional". Na ocasião foi entregue uma placa em reconhecimento aos quase quatro anos em que Temporão esteve à frente do ministério.

José Gomes Temporão agradeceu a homenagem a ABIFINA e aos empresários presentes e apontou que o próximo governo deve assumir a questão da saúde como uma das prioridades nacionais. "A futura presidente Dilma terá uma postura aberta para debater com os empresários questões como regulamentação, pesquisas clínicas, políticas de patentes, de acesso a medicamentos, financiamentos, entre outras", afirmou.
Iniciativas
Entre as principais ações rememoradas durante o evento, estiveram a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde, lançados a partir de 2006. "Essas medidas materializaram os esforços para o desenvolvimento da cadeia produtiva da saúde, que antes eram apenas medidas rarefeitas e com resultados limitados", afirmou Jean Daniel Peter, presidente da ABIFINA.
O licenciamento compulsório de antirretrovirais e os incentivos aos genéricos e à formação de parcerias público-privadas também foram apontados como fundamentais para o renascimento da indústria farmacêutica nacional. "Desde a instituição das PPPs, o Brasil já economizou cerca de R$ 250 milhões, passando a produzir o que antes era importado", afirma Peter. "Enfrentamos hoje uma concorrência desleal que está desindustrializando amplos segmentos, por isso urge colocarmos em prática ações para fortalecer nossas indústrias".
De acordo com Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, os produtos sem marca trouxeram grande impulso à indústria nacional. Atualmente, cinco das dez maiores empresas atuando no mercado nacional são brasileiras - sendo a paulista EMS a maior do mercado -, todas atuando no setor de genéricos. "Ao contrário de outros países do mundo, cerca de 90% dos genéricos consumidos aqui têm fabricação local. Eles já representaram, desde 1999, uma economia na casa dos R$ 16 bilhões e uma arrecadação equivalente a R$ 5,6 bilhões em ICMS", comentou.
Acesse a home page (http://www.abifina.org.br/encontros.asp) as apresentações e fotos feitas durante o evento.