Uma equipe de cientistas da Universidade de Leicester publicou um estudo analítico dos malefícios das substâncias presentes em medicamentos líquidos a que os bebés prematuros podem ser expostos.
A investigação, publicada na “Fetal & Neonatal Edition of Archives of Disease in Childhood”, avançada pelo “AlphaGalileu”, e dirigida por Hitesh Pandya, conferencista sénior em saúde infantil do Departamento de Infecção, Imunidade e Inflamação da Universidade de Leicester e consultor pediatra nos Hospitais Universitários de Leicester, documentou os excipientes presentes nos medicamentos líquidos administrados a crianças prematuras na sua terapêutica e revela que as substancias químicas acrescentadas aos fármacos para melhorar o seu sabor, absorção e prolongar a sua conservação podem ser potencialmente prejudiciais a bebés muito pequenos.
Os principais compostos químicos usados são o etanol, o sorbitol e o Ponceaau 4R (um agente corante) e os investigadores revelam que os bebés prematuros são expostos a estes excipientes potencialmente prejudiciais em quantias equivalentes a mais de três canecas de cerveja por semana.
Para Pandya, «este estudo demonstra um problema mundial. Mostra que o acervo de medicamentos dado a bebés poderá, em última analise, levar a que estes sejam expostos a produtos químicos prejudiciais, com potenciais efeitos tóxicos a curto e longo prazo. A nossa investigação sublinha isto, e estamos a planejando mais estudos sobre essas substancias para avaliar exatamente que efeitos poderão desencadear nos bebes. O que o nosso estudo não fez foi encontrar alguma evidência direta na causa e efeito destes s compostoquímicos e problemas médicos por que estes bebés poderão estar se tratados».
Andrew Currie, consultor nos Hospitais da Universidade de Leicester e membro da equipa de investigadores, assegura que «os pais não devem entrar em pânico com estas descobertas. Estes compostos químicos podem ser encontrados em alimentos no mundo inteiro. O que o estudo sublinha é que temos um maior entendimento dos efeitos colaterais dos medicamentos do que temos das substancias que são muitas vezes misturados; simplesmente, não tem havido suficiente investigação. É frequentemente necessário que estes compostos sejam acrescentados aos medicamentos, e na maioria dos casos melhoram a forma como eles funcionam, mas deveríamos estar mais interessados neles e nos seus efeitos.
Pandya acrescenta que são administrados, com frequência, medicamentos a bebés ou crianças mais velhas que apenas foram formalmente testados em adultos, o que significa que estimamos as quantias que deverão ser dadas às crianças e aos bebés. Existem variadas razões para isto, tais como problemas práticos na realização dos estudos em bebés muito pequenos, preocupações que os pais poderão ter acerca de envolver as suas crianças em ensaios, e a relutância dos próprios fabricantes farmacêuticos em enfrentar o problema. O nosso estudo mostra que é preciso fazer-se mais trabalho para contornar este problema e melhorar o nosso conhecimento».
Tanto o Governo do Reino Unido como a União Europeia recentemente aprovaram legislação para incentivar as companhias farmacêuticas a desenvolver melhores medicamentos para as crianças. A nossa equipe de investigação está a planejando envolver-se com os pais e perceber como poderão ser encorajados a permitir que as suas crianças participem em ensaios clínicos de medicamentos. Estamos também numa discussão muito próxima com a Indústria Farmacêutica para perceber como poderão ser ultrapassados alguns dos obstáculos práticos que restringem a realização de ensaios clínicos com crianças muito pequenas. Temos esperança que este problema mundial possa ser abordado em benefício das futuras gerações, divulgando o tema e através de um envolvimento construtivo de todas as partes interessadas».
Pandya conclui, dizendo que «os pais devem começar a compreender que esses compostos estão nos medicamentos que são administrados aos seus filhos, mas não deverão ficar muito preocupados. Em muitos casos, poderá não haver um medicamento alternativo, e o risco será balanceado a favor do seu uso num tratamento. Como equipe de investigadores, sentimos que é importante que [as autoridades reguladoras] não apenas assegurem que todos os fabricantes forneçam informação detalhada num folheto sobre os excipientes contidos nos fármacos, mais todas as acções empreendidas no sentido de determinar se a prática actual constitui um risco e, se assim for, como poderá ser enfrentado».
Medicamentos prescritos a crianças não oferecem segurança suficiente
A conclusão é retirada de uma análise aos atos de prescrição em serviços de saúde alemães, da autoria do farmacologista Bernd Mühlbauer e colegas, publicada na revista “Deutsches Ärzteblatt International”, onde se constata que, frequentemente se prescrevem, em ambulatório, medicamentos a crianças que não foram licenciados para tal uso.
Em 2005, cerca de 14 milhões de crianças e adolescentes viram ser-lhes prescritos medicamentos comparticipados pelos fundos estatais. No entanto, nem todos os fármacos prescritos foram licenciados para uso neste grupo etário.
O artigo em questão contém a primeira análise de prescrições médicas de 289.000 pacientes com idades compreendidas entre os 0 e os 16 anos, assegurados pelo GEK, o fornecedor alemão de seguros de saúde.
O uso off-label tem como principal deficiência a segurança, que nem sempre é garantida nas crianças. Só 42,5% das prescrições para recém-nascidos foram aprovadas e apenas 82,8% para bebés. Estes números são abaixo da média; as prescrições para crianças com mais idade estavam, na maioria, de acordo com as especificações aprovadas.
Ao mesmo tempo, os autores examinaram sistematicamente a qualidade dos Resumos das Características dos Medicamentos (RCM), ou seja, da informação dirigida aos médicos sobre a medicação em questão, e devido à falta ou deficiente informação, foi impossível determinar o estatus de licença de um em cada cinco fármacos.
Fonte: http://industria.netfarma.pt
O Blog visa divulgar informações importantes, assuntos polêmicos, legislações que influenciam o varejo farmacêutico e cuidados referente a utilização de medicamentos.
Medicamentos exigem cuidados no armazenamento
Cortar comprimidos, abrir cápsulas e não armazenar corretamente os medicamentos, além de descartá-los de maneira inadequada, podem trazer sérios danos à saúde e ao meio ambiente.
, não se deve partir comprimidos ou abrir cápsulas, não só porque o usuário nunca poderá ter certeza na quantidade de medicamento que será ingerido, mas também porque existem muitos produtos de "liberação sustentada", ou seja, que liberam aos poucos as substâncias no organismo, às vezes até durante um dia inteiro.
"Esses tipos de produtos jamais devem ser partidos, abertos e muito menos triturados ou mastigados, pois a absorção de maneira inadequada pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. No caso de comprimidos sulcados, esta prática deve ser feita somente com o aval do médico".
Um outro alerta é em relação ao reaproveitamento de medicamentos já abertos ou por outro membro da família ou em ocasião de recorrência da doença no mesmo paciente. "Os antibióticos, por exemplo, jamais devem ser reutilizados, mesmo que haja sobra nos vidros e frascos. Eles são eficazes sempre para um certo tipo de bactéria e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa irá funcionar. Eles devem ser tomados até o fim, exceto quando o médico der instruções para parar".
Já as embalagens, devem ser bem lavadas antes de ir para o lixo e, no caso dos vidros, devem ser reciclados. Também não se deve jogar seringas e agulhas no lixo. Eles devem ser entregues na farmácia mais próxima, que possui um lixo especial para resíduos, feito de papelão".
A última orientação fica por conta do local adequado para armazenar medicamentos em cada. "Muita gente guarda remédios no banheiro. É o pior lugar da casa, pois os medicamentos devem ser guardados em local arejado, longe da umidade".
Este pó é para o resfriado. As gotas são para a dor de barriga provocada pelo pó e . ...
e a pomada é para a coceira provocada pelas gotas...
Um jovem ficou com dor de garganta. Foi ao médico, que receitou penicilina para a inflamação. A dor de garganta desapareceu. Três dias depois, no entanto, ficou com coceira e vergões vermelhos em todo o corpo. Um médico diagnosticou corretamente uma alergia à penicilina e receitou anti-histamínicos. A alergia desapareceu.
Os anti-histamínicos fizeram o jovem ficar sonolento e ele cortou a mão no trabalho. A enfermeira da empresa colocou pomada antibacteriana no ferimento. A pomada tinha penicilina e a alergia voltou. Achando que havia a possibilidade de uma grave reação anafilática, já que a alergia acontecia pela segunda vez, o médico receitou cortisona. A alergia desapareceu de novo.
Infelizmente, o paciente ficou com dores abdominais e reparou que suas fezes continham sangue. O diagnóstico foi hemorragia por úlcera péptica, causada pela cortisona. Não foi possível controlar a hemorragia por métodos normais e o próximo passo foi uma gastrectomia parcial (retirada cirúrgica de parte do estômago). A operação foi um sucesso. As dores desapareceram e a hemorragia acabou.
O paciente perdeu tanto sangue com as hemorragias e a cirurgia, que foi indicada uma transfusão. Tomou um litro de sangue e logo contraiu hepatite, em decorrência da transfusão. Jovem e cheio de energia, recuperou-se da hepatite. No entanto, no local da transfusão, apareceu um inchaço vermelho e doloroso, indicando uma provável infecção.
Como já havia o problema anterior com a penicilina, o medicamento usado foi a tetraciclina. A infecção melhorou imediatamente. A flora intestinal foi afetada pela tetraciclina e apareceram espasmos abdominais dolorosos e uma diarréia muito forte. O paciente recebeu um antiespasmódico e, tanto a diarréia quanto os espasmos, desapareceram.
Infelizmente, esse medicamento era da fórmula da beladona, um sedativo que contém atropina, que alivia espasmos e dilata a pupila. Esse efeito prejudicou a visão do rapaz, que bateu com o carro numa árvore e morreu instantaneamente. Esta é uma história verdadeira
Fonte: Artigo do Dr. Leonard Tishkin, em The Myth of Modern Medicine ( O Mito da Medicina Moderna ).
Possíveis Interações Medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília-SP.
Resumo
A terapêutica atual pode envolver muitos medicamentos e é comum a prescrição de dois ou mais fármacos para um mesmo indivíduo. Durante ou após o tratamento estes medicamentos acabam se acumulando nas residências, aliado a esse fator está a facilidade na aquisição de novos medicamentos de venda livre, que acabam se tornando verdadeiros arsenais, podendo incorrer em interações medicamentosas se utilizados concomitantemente ou se associados ao álcool. Assim, nosso objetivo é demonstrar as possíveis interações medicamentosas em residências de um bairro do município de Marília. Para tal, foram aplicados questionários semi estruturados com informações relacionadas ao objetivo do estudo em 150 residências, no período de março a julho de 2006 . Como resultado, 98% das residências possuíam algum tipo de medicamento, que se utilizados simultaneamente poderiam resultar em 98 possíveis interações, mais de 50% destas IM ocorreram nos domicílios com mais de 6 fármacos. Das interações envolvendo medicamento x medicamento 65,71% foram frutos de prescrição médica, já as possíveis interações envolvendo álcool, 54,3% proveniente da automedicação.
. Concluímos que a falta de informação da população pode provocar varias interações medicamentosas e considerando que muitos medicamentos são considerados um bem para muitos pacientes e que muitas vezes estes não se desfazem dos mesmos, a grande quantidade destes medicamentos nas residências, favorecem potencialmente as interações medicamentosas.
CONCLUSÃO
Os hábitos de vida da população, aliado à falta de informação sobre a farmacoterapia e sobre o medicamento em si, bem como o acúmulo destes nas residências, são apontados por este trabalho como variáveis significativas na ocorrência de possíveis IM, podendo resultar na alteração da ação terapêutica da terapia proposta, tornando-se um risco permanente para a saúde dos usuários. Orientar o usuário e desenvolver ações educativas sobre medicamentos, é um desafio para os novos profissionais de saúde.
Fonte: Elias Fernando Daniel, submetida a publicação,Rev. Bras. Farm., 90(1), 2009
Confira o artigo na integra, disponivel em:
http://www.abf.org.br/pdf/2009/RBF_R1_2009/pag_54a58_193_ocorrencia_interacoes.pdf
Histórias que inspiram Homens e mulheres que marcaram a sua geração e até hoje são inspiração
Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou.
Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi.
Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi.
No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz.
Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar.
Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s.
Alguns de seus ensinamentos:
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais. ’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter."
"Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor”.
“Todos os homens são iguais”
"O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons."
"Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”.
"Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor.”Foram as últimas palavras de Martin Luther King."Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma". -D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr
A união faz a força
Fico agradecido pela sua presença no meu blog. Espero que gostem dos informativos e textos. Semanalmente estarei apresentando temas diferentes a respeito da prática profissional farmacêutica. Se quiserem algum material ou outras informações, basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail.
Em breve também abrirei espaço para discussão de casos sobre o mercado Farmacêutico e também questões de interesse publico
Grato pela atenção, e por favor, ajude-nos a divulgar este blog.
Elias Fernando Daniel
Farmacêutico CRF-SP
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