A praça da Sé, no centro de São Paulo, abriga um esquema ilegal de venda de receitas azuis, usadas para a venda de remédios controlados, de tarja preta. Esse tipo de prescrição recebe uma numeração específica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e só pode ser feita por médicos, mas por cerca de R$ 100 é possível comprar o documento.
O problema é que, além de ilegal, o esquema pode acabar em prejuízo para o comprador. Equipes da Rede Record tentaram usar a receita obtida no centro de São Paulo para comprar o medicamento Rivotril, mas o documento foi recusado em três das quatro farmácias visitadas.
Remédios tarja preta precisam de controle rigoroso, já que têm efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso ou age como sedativo, podendo causar vício. Somente podem ser comprados com apresentação de uma receita de cor azul ou amarela, as duas controladas pela Vigilância Sanitária. A prescrição fica retida na farmácia