domingo, 22 de janeiro de 2012

Aplicações clínicas do magnésio



magnésio (Mg), sétimo elemento químico mais abundante na crosta terrestre, é o principal cátion intracelular. Sua principal função é a estabilização de ATP nos músculos e tecidos moles. Participa também da formação de AMPc, do transporte de íons potássio e cálcio, além de exercer funções enzimáticas e participar do controle da excitabilidade cardíaca, da pressão sanguínea e transmissão neuromuscular.
Em linhas gerais, são muitos os sintomas e sinais clínicos relacionados à deficiência de Mg, dada a sua vasta participação em processos bioquímicos no organismo. Irritabilidade, ansiedade, mialgia, cãibras, confusão mental, insônia, diminuição da memória, tontura, zumbido ininterrupto, náuseas, astenia, constipação, formigamento, intolerância a glicose e taquicardia podem estar presentes na insuficiente ingestão.
Sua deficiência promove aumento do cálcio intracelular, formação de espécies reativas de oxigênio, de agentes pró-inflamatórios e de fatores de crescimento, além de alterações na permeabilidade de membrana. Daí sua relação com o controle da pressão arterial. Ele ainda está envolvido na formação do vasodilatador óxido nítrico.
Quadros de depressão, insônia e hiperatividade também podem estar relacionados com a baixa deste micronutriente, já que o Mg é requerido para a produção de serotonina e, portanto, também de melatonina. O humor de mulheres com TPM pode ser sensivelmente melhorado com a adequada ingestão de Mg.
O Mg é essencial para o controle do pH sanguíneo. A insuficiente ingestão favorece a acidificação sanguínea e assim, a ação do paratormônio que leva a reabsorção óssea. Portanto para a prevenção da osteoporose, a ingestão de Mg mostra-se essencial.
A avaliação bioquímica mais comum do Mg é a forma sérica, todavia seus resultados sempre tendem a normalidade e, portanto deve-se dar a atenção adequada à sintomatologia e sinais clínicos apresentados. O melhor parâmetro bioquímico para avaliação deste micronutriente é o Mg eritrocitário.
Vegetais em tons verdes escuros são as melhores fontes, seguidos de legumes, produtos marinhos, nozes, cereais e derivados de leite. O consumo excessivo de magnésio proveniente de fontes não alimentares (como sais de magnésio utilizados com propósito farmacológico) pode provocar efeitos adversos, sendo a diarréia osmótica o principal efeito relacionado.

Rápidos e eficientes


Cientistas criam programas de treino com poucos minutos de duração para prevenir a diabetes e reduzir o apetite descontrolado por chocolate

O médico Neils Vollaard examina um voluntário de sua pesquisa após ciclo de 20 segundos na bike.
Um minuto de exercício intenso por dia, três vezes por semana, seria suficiente para prevenir o aparecimento da diabetes tipo 2, associada ao sedentarismo e à obesidade? Dito assim, fica difícil resistir. Foi para facilitar a adesão dos indivíduos que não conseguem achar tempo para a atividade física que o pesquisador Neils Vollaard, da Universidade de Bath, na Inglaterra, uniu-se a cientistas de outras escolas para desenhar um programa singular e muito rápido de exercícios orientado para a prevenção da enfermidade.

No modelo, a indicação é pedalar com intensidade em três arrancadas de 20 segundos cada uma por dia. A prática deve ser repetida semanalmente, três vezes. “Isto é suficiente para reduzir os níveis de glicose no sangue e melhorar a função da insulina (hormônio que leva o açúcar para dentro das células), o que é importante para a prevenção da doença”, disse Vollaard à ISTOÉ. Na verdade, além do período de exercício intenso, cada sessão envolve alguns minutos de aquecimento e, ao final, movimentos de alongamento. Mas ainda assim o programa de Vollaard não toma mais de dez minutos por dia e, no total, 30 por semana.

Para chegar a essa conclusão, Vollaard submeteu 15 voluntários saudáveis a três sessões breves de exercícios por seis semanas. Na primeira fase, as arrancadas foram de dez segundos, subindo para 15 segundos na segunda e terceira semanas até chegar a 20 segundos nas três derradeiras. Em todas essas situações, o batimento cardíaco dos voluntários foi controlado para não superar 90% da frequência cardíaca máxima de cada um. “Um programa de exercícios com a inclusão de arrancadas breves e de ritmo intenso permite reduzir substancialmente o tempo e esforço necessários para alcançar benefícios de saúde”, disse Vollaard. “Mas isso é completamente novo e por enquanto só foi feito em laboratório.” O trabalho foi publicado na última edição da revista científica Journal of Applied Physiology.

Atualmente, a orientação repetida aos pacientes em risco de diabetes ou acometidos pela doença é reservar 150 minutos semanais para uma atividade física moderada, o que equivale a 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. No entanto, um levantamento mencionado pelo pesquisador Vollaard indica que cerca de 66% do público-alvo não atinge essa recomendação. A justificativa mais frequente para a falha é a falta de tempo.

O endocrinologista Alfredo Halpern, de São Paulo, considera o novo modelo bastante interessante. “Mas sugiro que os pacientes façam uma avaliação coronariana antes de pedalar intensivamente. Se forem liberados pelo cardiologista, podem experimentar o método”, diz Halpern, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ele lembra que, para emagrecer, a carga de atividade deve ser maior. “É necessário pelo menos uma hora de atividade moderada, quatro vezes por semana.”

A explicação para os efeitos positivos do modelo estudado por Vollard é o maior gasto do glicogênio armazenado nos músculos durante os ciclos de arrancada. Glicogênio é um açúcar guardado no músculo, usado principalmente durante o exercício. Submetidas a um exercício rápido e intenso, as células musculares queimam seus estoques e precisam buscar mais açúcar do sangue para repor as reservas. Isso facilita também o trabalho da insulina, que é levar a glicose (a forma do açúcar no sangue) para dentro das células.

Pesquisadores da Universidade de Exeter descobriram mais uma aplicação surpreendentemente útil da atividade física rápida. O cientista inglês Adrian Taylor constatou que caminhadas de 15 minutos são eficientes para reduzir pela metade a quantidade de chocolate consumida por trabalhadores, mesmo em condições estressantes. O estudo avaliou 78 comedores regulares de chocolate. “A ação positiva da caminhada é reduzir manifestações do estresse, entre elas a tendência de comer doces e comidas altamente calóricas”, disse Taylor à ISTOÉ. Outros estudos recentes mostram também que a caminhada leve pode ter efeitos cumulativos, aumentando a proteção do organismo contra infecções respiratórias.





Fonte: Istoé.com

sábado, 21 de janeiro de 2012

GENÉRICOS: INSEGURANÇA JURÍDICA AFETA SETOR PRODUTIVO

O Brasil ganhou há pouco mais de uma década, com a Lei dos Genéricos, uma importante ferramenta que garantiu a uma parcela significativa da população o acesso a tratamentos de saúde a baixo custo, com segurança, qualidade e eficácia comprovadas. E também permitiu às empresas brasileiras ampliar a participação em diversos segmentos da indústria farmacêutica nos quais antes não conseguia competir. Desde que chegaram ao mercado, os genéricos trouxeram resultados benéficos e consistentes para a melhora da saúde pública, mas este cenário corre hoje um sério risco.
Recentes ações judiciais, impetradas por multinacionais, alegando que seus direitos proprietários sobre dados sigilosos relativos ao registro sanitário de medicamento foram utilizados pelas companhias produtoras de genéricos, ganharam espaço nos tribunais brasileiros. Por consequência, estas decisões judiciais, do modo como estão sendo tomadas, preocupam e estabelecem uma instabilidade jurí­dica a um setor essencial para o desenvolvimento do Brasil.
Tomemos por exemplo o caso de um antidepressivo utilizado por mais de 150 mil pacientes no Brasil desde 2003 e que, a partir de 2009, ganhou um concorrente similar e outro genérico. A multinacional fabricante do produto de referência, mesmo com patente vencida, recentemente entrou na Justiça e acusou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de utilizar os dados do estudo clí­nico apresentados para o registro de seu medicamento para serem, equivocadamente, comparados com os dados presentes no dossiê dos produtos genéricos e similares. Mas não há equívoco nessa ação, é justamente essa prática que é obrigatoriamente definida pela Lei dos Genéricos.
A multinacional apresentou sua reclamação baseada em práticas existentes em legislações de outros paí­ses, mas que não correspondem ao que é definido pela lei brasileira, que não estabelece tal direito para produtos farmacêuticos de uso humano e, assim, não existe qualquer prazo de uso exclusivo para medicamentos.
O juiz de primeira instância que tratou do caso, porém, baseando-se em um cenário equivocado, decidiu pela suspensão de registros dos medicamentos genéricos e similares ao de referência, tirando do mercado opções seguras, eficazes e acessíveis ao tratamento a milhares de brasileiros. Mais do que isso, impediu a normal função administrativa da Anvisa; criou um ambiente em que interesses particulares de empresas se justaponham ao interesse da saúde pública; e, principalmente, pode inviabilizar o registro de novos genéricos e similares no País e a comercialização daqueles já registrados, uma vez que o procedimento utilizado pela Anvisa é o mesmo para todos.
Enquanto a discussão ainda se alonga nos tribunais, a Abifina prepara, por meio de seu corpo jurídico, uma ação que será apresentada e divulgada em um futuro próximo. A entidade se dispõe a defender a lei vigente e entende ser fundamental a ampliação do debate público sobre a instabilidade nas regras e procedimentos legais que inibem o investimento no setor produtivo nacional, responsável que é pela grande evolução socioeconômica do Brasil nessa área.
É preciso que o Congresso Nacional seja alertado para essa questão, já que foi nessa Casa que foi construída a lei vigente, e não nos Parlamentos do Primeiro Mundo. Que sejam realizadas audiências a sessões plenárias que permitam a discussão deste importante tema que, de nenhum modo, se baseia em infração aos códigos nacionais vigentes, mas sim na defesa da soberania brasileira. Há de se dar clareza à legislação, de modo a não mais permitir interpretações equivocadas da lei. A sociedade não pode ficar à mercê da dúvida, sob a pena de impactarmos negativamente o desenvolvimento da indústria nacional de medicamentos e a oferta de opções terapêuticas à população.
Nelson Brasil de Oliveira é 1º Vice-Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Quí­mica Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina).

NOVAS AQUISIÇÕES EM BIOTECNOLOGIA

As maiores companhias farmacêuticas da Europa devem apostar em aquisições de empresas de biotecnologia este ano, depois de gastar dinheiro em 2011 em recompras de acções e dividendos mais elevados, num esforço para acalmar os accionistas, relatou quinta-feira a BusinessWeek, citada pelo site FirstWord.
Em 2011, as 10 maiores empresas farmacêuticas da Europa gastaram 2,1 mil milhões de dólares em aquisições, abaixo dos 42,7 mil milhões de dólares que tinham gasto no ano anterior, com as farmacêuticas a evitarem as grandes aquisições em que tinham apostado em anos anteriores. Ao mesmo tempo, as farmacêuticas intensificaram os programas de recompra de ações, com a AstraZeneca a anunciar uma iniciativa de recompra de ações de 5 mil milhões de dólares, a GlaxoSmithKline a lançar planos de recompra de ações no valor de 3,5 mil milhões de dólares e a Sanofi a gastar 1,4 mil milhões de dólares na recompra de ações.
A AstraZeneca, por exemplo, é provável que retome em breve as aquisições, gastando até 5 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para ganhar um acesso mais amplo a terapias de baixo custo em mercados emergentes fora da China e do México, de acordo com o analista da UBS Gbola Amusa. A porta-voz da AstraZeneca, Isabelle Jouin, referiu que "em termos de aquisições, sempre dissemos que não estamos à procura de aquisições em grande escala, mas considero de pequenas aquisições, desde que haja um bom ajuste estratégico".
Por sua parte, o CFO da GlaxoSmithKline, Simon Dingemans, disse esta semana que a farmacêutica também vai manter uma estratégia de pequenas aquisições, que se encaixam nos seus negócios já existentes, enquanto que o CEO da Sanofi, Chris Viehbacher, disse que está a planear aquisições até 2 mil milhões de euros este ano. No mês passado, o CEO da Roche, Severin Schwan, disse que a empresa está aberta a um negócio tão grande quanto 3 mil milhões de dólares, enquanto o CEO da Novartis, Joe Jimenez, disse no ano passado que a empresa também teria em consideração medicamentos genéricos, biotecnologia ou compra dede diagnósticos.

Fonte: Folha Online

MÉDICOS E ADVOGADOS CRIAM FRENTE NACIONAL POR MAIS RECURSOS PARA A SAÚDE

Sancionada no último dia 16 de janeiro pela presidente Dilma Rousseff, com quinze vetos, a Lei Complementar nº 141/2012, que regulamenta a Emenda Constitucional 29, é motivo de insatisfação entre médicos, profissionais da saúde e no seio da sociedade civil. Depois de mais de dez anos de espera e de muita pressão social, o resultado frustrou as expectativas de solucionar o grave problema do sub-financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), mantendo as bases de cálculo da União, dos Estados e Municípios nos parâmetros atuais.
Dessa forma, o SUS deixará de ter incrementados recursos novos de cerca de R$ 35 bilhões, o que ocorreria se a opção fosse pela aprovação do projeto original do Senado, o PLS 121/2007, de autoria do senador Tião Viana. Entre médicos, advogados e sociedade civil, o entendimento é que perdeu-se oportunidade histórica de respeito prático ao Artigo 196 da Constituição Federal que estabelece: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Projeto de Lei de Iniciativa Popular e Reivindicação
A AMB, OAB, Academia Nacional de Medicina e APM já iniciaram ampla mobilização para reverter o quadro. Já têm novas adesões e estão em contato com diversas instituições da entidade civil, para angariar novos apoios à Frente Nacional Por Mais Recursos à Saúde. O lançamento oficial da Frente e do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para mudar a lei Complementar 141/2012 ocorrerão em 3 de fevereiro de 2012, na sede da Associação Médica Brasileira.
“O aumento dos recursos para a saúde que pleiteávamos, lamentavelmente não se concretizou”, afirma Florentino Cardoso, presidente da AMB. “Entretanto, somos firmes em nossas convicções e não retrocederemos. A saúde do Brasil necessita de mais investimentos e essa é uma luta da qual não abrimos mão, inclusive em respeito aos nossos queridos pacientes. O Projeto de Lei de Iniciativa Popular visa, entre outras premissas, garantir legalmente que a União invista 10% da Receita Corrente Bruta (RCB) na saúde pública”.
“A despeito de o próprio ministro da Saúde já haver declarado publicamente a necessidade de mais R$ 45 bilhões para estruturar o sistema público de saúde do Brasil, os investimentos no setor continuarão praticamente nos mesmos patamares de hoje, conforme a Lei 141/2012, sancionada pela Presidência da República, complementa Florisval Meinão, presidente da APM. “Entendemos que o SUS não consegue atender plenamente as necessidades da população, em parte porque seu financiamento é insuficiente. Para se tornar um país desenvolvido, o Brasil precisa seguir o que as nações de primeiro mundo e da própria América do Sul já estão investindo hoje em saúde, isto é, em média, no mínimo 10% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 70% de investimento público. Atualmente, aplicamos cerca de 8% do PIB, porém 4,5% relativos ao sistema privado e apenas 3,5% em saúde pública, ou seja, metade do que seria o mínimo adequado, ainda mais tendo em vista nossa proposta de atendimento integral”.
Vale ressaltar que, simultaneamente ao lançamento da Frente e do projeto de Lei de Iniciativa Popular, as entidades também iniciarão amplo movimento contra a corrupção em todos os níveis de poder.


Fonte: SnifBrasil.com.br

AÇÕES DIGITAIS AMPLIAM RELACIONAMENTO DA INDÚSTRIA COM A CLASSE MÉDICA

Semana de atividades do site Dr. Teuto pretende explorar o universo feminino e levar informações e dicas do cotidiano para as médicas
Na próxima semana, entre os dias 23 e 27 de janeiro, o Laboratório Teuto promove uma semana especial de conteúdos voltados para a mulher médica. A ação acontecerá através do blog Dr. Teuto, site institucional voltado para médicos, bem como seus perfis no Twitter e no Facebook.
De acordo com Thaísa Cristina, da Inédita Propaganda, a ação, batizada de MeDicas, vai trazer conteúdos que de alguma maneira se relacionem com o dia a dia do universo profissional das médicas. "Serão dicas sobre moda, beleza, saúde, nutrição, família, filhos etc através de postagens no blog da empresa voltado para a classe médica", explica.
"A MeDicas também contará com sugestões enviadas por fãs e seguidores, além de depoimentos das próprias médicas", complementa Thaísa.
Segundo o diretor de marketing, Ítalo Melo, uma das filosofias do Dr. Teuto é a pesquisa - com o objetivo de atender às necessidades específicas do público médico. Durante uma dessas pesquisas, a equipe identificou a palavra "médicas" como um dos termos mais buscados do Google. E então, surgiu a ideia do trocadilho MeDicas - dicas para médicas.
"Estamos moldando o site para a classe, todo o conteúdo é pensado para eles. Estamos sempre em busca de informações relevantes que possam contribuir de alguma maneira no dia a dia do médico. Além disso, é uma forma inovadora de relacionamento, uma forma da indústria interagir e se relacionar de maneira mais efetiva com o público médico", finaliza o diretor.

Fonte: SnifBrasil.com.br