O Ambulatório de Cefaléias da Faculdade de Medicina do ABC (SP) está com vagas abertas em estudo sobre tratamento preventivo da enxaqueca. Interessados devem ser maiores de 18 anos e ter dores de cabeça há mais de três meses, com pelo menos dois episódios ao mês. O objetivo é comparar a eficácia de duas medicações no tratamento preventivo da enxaqueca – uma à venda no mercado nacional e outra disponível somente fora do país. Todos os candidatos passarão por triagem, serão avaliados e receberão diagnóstico do tipo de cefaléia. A partir da seleção inicial, os pacientes que se enquadrarem nos perfis do estudo serão incluídos em grupos de tratamento gratuito. A pesquisa terá duração de três meses e o acompanhamento será por meio de consultas mensais.
Alta prevalência: A enxaqueca é uma condição comum na população geral. Considerada problema de saúde pública, promove elevado impacto na vida dos pacientes, bem como custos diretos e indiretos. O problema é prevalente em mais de 15% da população. “A enxaqueca é uma doença neurológica crônica, de extremo impacto na sociedade e no indivíduo afetado. Caracteriza-se por crises de cefaléia recorrentes que duram entre 4 e 72 horas. A dor é do tipo pulsátil, por vezes unilateral, acompanhada de sensibilidade a luz e ao barulho (fotofobia e fonofobia), náuseas e vômitos”, explica Dr. André Leite Gonçalves, médico associado do Ambulatório de Cefaléias da Medicina ABC.
Classificada como cefaléia primária, a enxaqueca é determinada geneticamente e tem entre as principais causas alterações hormonais, fatores dietéticos, mudanças ambientais, estímulos sensoriais e estresse. “Pouco ou muito sono, jejum prolongado, menstruação, álcool, aditivos alimentares, luz, claridade e odores também são reportados como provocadores de crises de enxaqueca em indivíduos suscetíveis”, acrescenta Dr. André Gonçalves.
Existem hoje tratamentos preventivos com medicações específicas associadas a intervenções comportamentais, que incluem exercícios físicos, alimentação regular, manutenção adequada do sono e da rotina diária. “O tratamento da enxaqueca deve ser realizado em duas frentes simultaneamente: tratamento agudo para analgesia das crises e tratamento preventivo ou profilático”, explica o coordenador do Ambulatório de Cefaléias da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, Dr. Mário Peres. A profilaxia da enxaqueca é o conceito de tratamento mais importante. É indicada com intuito de evitar que as crises apareçam e para diminuir a intensidade, duração e frequência – eventualmente até aboli-las. “Várias opções podem ser utilizadas, divididas em medidas medicamentosas e não medicamentosas. Muitas são as drogas disponíveis, entre as quais betabloqueadores, antidepressivos, bloqueadores de canal de cálcio e, mais recentemente, as drogas antiepilépticas, também chamadas de neuromoduladores”, completa o coordenador.
Serviço: Interessados em participar do estudo sobre tratamento preventivo da enxaqueca devem comparecer ao Ambulatório de Cefaléias da Faculdade de Medicina do ABC, localizado no Anexo 2 do campus em Santo André (Av. Príncipe de Gales, 821), para agendar avaliação. A marcação ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, e é necessária apresentação de RG, CPF e cartão do SUS. Outras informações nos telefones 11 6448-2184 e 4993-5458 ou pelo e-mail cefaleia@fmabc.br
Fonte: SNIF.COM.BR