domingo, 2 de maio de 2010

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA FAZ PARCERIA COM CENTROS DE PESQUISA BRASILEIROS PARA ESTIMULAR INOVAÇÃO NO PAÍS

Interfarma - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa -, incentiva a aproximação entre grandes laboratórios multinacionais e pesquisadores brasileiros.

Melhorar a competitividade do País, por meio de investimentos em conhecimento e inovação, é o objetivo da parceria entre a Interfarma e o Cietec - Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia -, um dos mais importantes centros incubadores da América Latina. Esta é a segunda grande parceria realizada desde o final do ano passado, quando a Interfarma fechou um acordo de cooperação com a Fundação Biominas, instituição dedicada a promover e desenvolver empresas de biociências no Brasil.
Segundo Antônio Britto, presidente executivo da Interfarma, a parceria com o Cietec, além de aproximar os laboratórios multinacionais dos pesquisadores brasileiros, prevê a realização de rodadas de discussão para identificar possíveis projetos em conjunto e a identificação das principais dificuldades enfrentadas pelo setor. Com base nestas informações, a Interfarma será responsável por levar estas questões aos parlamentares e ao Governo.
“Este acordo é muito importante para nós. Em termos globais, o Brasil gera 2% de todo o conhecimento do planeta, no entanto, sua participação no comércio mundial ainda é muito tímida. A aproximação entre setor privado e acadêmico é fundamental para revertermos este cenário e melhorarmos a nossa competitividade”, avalia Claudio Rodrigues, presidente do Cietec.
De acordo com Britto, a parceria com o Cietec abre uma via de mão dupla. “Os grandes laboratórios farmacêuticos de pesquisa buscam inovações e os pesquisadores nacionais precisam de investimentos”, explica.

A indústria farmacêutica
O acordo com o Cietec foi firmado durante o encontro em comemoração aos 20 anos da Interfarma, em abril, e contou com a participação de executivos do setor farmacêutico. Para Rubens Pedrosa, presidente da AstraZeneca, a iniciativa irá ajudar na transição da ciência básica em aplicada. “Existem, milhares de projetos com potencial para se tornar ciência aplicada, porém, isso não ocorre por falta de financiamento. Esta é uma forma para que as boas ideias não morram nas universidades ou nos laboratórios de pesquisa.”
Na avaliação de Rainer Krause, diretor geral da Bayer Schering Pharma, este tipo de cooperação gera uma oportunidade para que a inovação aconteça.

Fonte: http://www.snifbrasil.com.br