As alterações do funcionamento intestinal podem esconder uma doença inflamatória.
As alterações do funcionamento normal do intestino, como diarreia persistente ou diminuição da consistência das fezes, devem ser mantidas sob vigilância e comunicadas ao médico de família se persistirem por períodos superiores a uma semana. Segundo um comunicado enviado à TVNET, por trás de um problema que se supõe passageiro podem estar situações mais graves, tais como a Colite Ulcerosa ou a Doença de Crohn.
"O intestino é um regulador das diversas funções do nosso organismo, sendo responsável pela absorção de nutrientes e a eliminação de detritos orgânicos. Quando as suas funções se alteram podem ser sinal de doenças graves e nem sempre relacionadas com o funcionamento deste órgão. É necessário que as pessoas dêem a devida atenção a situações de diarreia prolongada, dores abdominais intensas e necessidade urgente e inesperada de evacuar. Sintomas como estes podem ser indicativos de Doença Inflamatória Intestinal e devem ser comunicados ao Médico de Família que, posteriormente, encaminhará o doente para uma consulta de Gastroenterologia", alerta Francisco Portela, Gastroenterologista dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC) e Presidente do Grupo de Estudos de Doença Inflamatória Intestinal (GEDDI).
A Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa são patologias crónicas e que afetam cerca de 15 mil portugueses. Caracterizam-se por inflamação crónica, de causa desconhecida, do tubo digestivo, sobretudo do intestino delgado, no caso da Doença de Crohn, e do cólon e recto, na Colite Ulcerosa. Atualmente não têm cura. No entanto, existem terapêuticas biológicas muito eficazes capazes de controlar os sintomas, conseguir remissão clínica e garantir uma qualidade de vida normal aos doentes.
http://tvnet.sapo.pt