quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ANVISA APROVA NOVA CLASSE DE MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DE PSORÍASE MODERADA E GRAVE

Além de atuar de forma direta em proteínas responsáveis pelo desencadeamento da doença, STELARAä (ustequinumabe) necessita de apenas quatro aplicações para manutenção do tratamento anual

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, acaba de anunciar a aprovação do STELARAä (ustequinumabe), medicamento biológico desenvolvido pela Janssen-Cilag e indicado para tratamento de psoríase moderada e grave. A psoríase é uma doença imunológica que causa graves inflamações na pele e cujos pacientes reportam insatisfação e frustração com as opções de tratamento disponíveis atualmente. Na segunda quinzena de setembro, o medicamento também foi aprovado pela agência sanitária norte-americana, FDA - Food and Drug Administration, e pelo NICE - National Institute for Health and Clinical, do Reino Unido.
A psoríase é uma doença imunológica crônica, causada pela intolerância do sistema imunológico aos componentes do próprio organismo. Como resultado, a pessoa apresenta superprodução das células da pele, que causam inflamações, manchas avermelhadas e placas que podem sangrar. Estima-se que 3% da população mundial têm psoríase, sendo que um quarto dos casos são considerados moderados a graves.
“A psoríase pode impactar de forma considerável a vida do paciente, causando estigma social, maior incidência de comorbidades e menor produtividade, pela rotina constante do tratamento. Com apenas uma dose a cada três meses, o STELARAä é eficaz no tratamento da doença e o seu uso está associado a uma melhora na qualidade de vida do paciente, tratando as inflamações sem deixar que a rotina de medicação interfira no seu dia-a-dia”, afirma José Carlos Appolinário, diretor médico da Janssen-Cilag no Brasil.
O STELARAä é uma nova classe de medicamento biológico para tratamento da psoríase, que atua nas proteínas naturais IL-12 e IL-23, responsáveis pelo desencadeamento da doença. Além da significativa melhora dos pacientes, o medicamento também tem um número reduzido de aplicações. São apenas quatro doses ao ano, ou uma a cada 12 meses na fase de manutenção, contra 104 ao ano de outros tratamentos com biológicos.
A eficácia do STELARAä foi comprovada em um dos maiores programas clínicos já realizados para tratamento da condição, que incluiu 2200 pacientes. O Programa comprovou que sete de cada dez pessoas que receberam o tratamento apresentaram melhora significativa de mais de 75% nas inflamações da pele em apenas 12 semanas de tratamento. Os bons resultados foram mantidos após um ano de tratamento contínuo.